Artigo - Um táxi para a eternidade

15/2/2019
Alexsander Soares Menezes

"Interessante como só percebemos o quanto alguém é presente em nossas vidas quando nos deparamos com a sua ausência (Migalhas 4.542 – 14/2/19 – Um táxi para a eternidade). Boechat entrava em nossas vidas e nos inseria na sua convivência como nunca imaginei. Conheci Dona Mercedes, sua amada mãe, sua doce Veruska, suas princesas Valentina e Catarina, as quais invariavelmente todos os dias ele nos brindava com notícias de um cotidiano lúdico em permeio a notícias áridas do cenário nacional. Quantas vezes me peguei rindo sozinho no carro das agruras diárias pelas quais ele passava para cumprir sua rotina multimídia, cujos horários (que ele sempre dilatava) eram seu inimigo constante. Nesse aspecto, nunca faltaram menções sobre seu valente Renaut Twingo, ou as caronas de moto pelas avenidas de São Paulo. Foram mais de dez anos ouvindo sua voz no rádio ou vendo sua 'fina estampa' pelas manhãs durante o café, e como em toda convivência, travamos discussões homéricas que muitas vezes fizeram minha doce Marielle me chamar de louco por estar falando com a TV. Doce Marielle, depois de alguns dias você percebeu que eu não era louco, pois vejo sua saudade quando ligamos a TV pela manhã e ele não está lá. Em seu lugar está o peso de sua ausência. Saudades meu amigo."

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