Toga de sunga - feriado de 47 juízes foi patrocinado pela Febraban

13/9/2006
Adauto Suannes

"Deu no Indefectível Diuturno (Migalhas 1.494 – 12/9/06 – "Yes, nós temos migalheiros") – 'A pedido de dois conselheiros, o CNJ vai discutir se aprova resolução proibindo juízes de viajar para participar de congressos com despesas de hospedagem e transporte pagas por entidades que tenham interesse em causas judiciais.' - No meu tempo de juventude havia um remédio chamado simancol, que era, como então se dizia, 'batata'. Ou 'tiro e queda', como também se comentava. E havia um dispositivo, não eletrônico, chamado desconfiômetro. Com o tal progresso, acho que aquele remédio, tanto quanto a Emulsão de Scott e o Regulador Xavier, saiu de moda. Quanto ao aparelho, não mais o vi à venda nas lojas de bom senso. Aliás, os que tinham cultura apenas mediana conheciam um fato singular: durante certa celebração religiosa, o atrevido Publius Clodius Pulcher conseguiu entrar no templo disfarçado de mulher, pois homem não participava daquela cerimônia. Em face desse sacrilégio, do qual não foi provavelmente culpada, Pompeia recebeu uma ordem de divórcio. César, o reclamante, admitiu publicamente que não a considerava responsável por aquilo, mas justificou a sua ação com a célebre máxima: A mulher de César, tal como César, tem que estar acima de qualquer suspeita. Clodius é uma corruptela de claudius, isto é, manco. E pulcher queria dizer bonito. Creio que o CNJ poderia iniciar o acórdão dizendo aos seus ministros: 'muito bonito isso que Vossas Excelências fizeram!' E, ao longo do voto, justificar: 'nossos insignes colegas positivamente deram uma enorme mancada!'. Do homem cuja capacidade de assombrar-se é ilimitada,"

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