Vestimenta

10/5/2019
Liara da Cruz Santos

"Tenho me conservado calada diante desta situação, mas vendo a repercussão do presente caso, fui tentada a escrever, esclarecendo de antemão que ao fazê-lo, estou devidamente munida de um escudo de metal resistente enorme, pois as flechadas serão muitas, e disso eu estou certa, pelo que preciso estar preparada (Migalhas 4.599 – 10/5/19 – Uma roupa, um problema). Sou mulher, sou advogada e sinceramente não entendo os trajes que alguns colegas e algumas colegas usam no exercício da profissão, nunca entenderei. Acredito que usar uma roupa condizente com alguém que está representando os bens mais preciosos do indivíduo (vida, propriedade, liberdade e bens) não importa em nenhum problema, e como bem ressaltou a pesquisa feita entre os magistrados, uma vestimenta adequada traduz respeito. Acredito ainda que não só às advogadas tal exigência seja válida, mas a todos os operadores do Direito. Outro dia fiz uma audiência com uma juíza que estava vestindo um vestidinho florido daqueles de fazer faxina em casa, uma piranha cor-de-rosa nos cabelos e um tamanco laranja, de salto Anabela de rolha com os dedos de fora, e ainda por cima, esta mesma juíza atendeu o telefone três vezes durante o ato solene brigando com um filho. Lhes questiono: tais situações são condizentes com o cargo ou com a profissão? Pedindo um milhão de vênias eu finalizo com a minha opinião muito pessoal: uma imagem pessoal alinhada e respeitosa por parte dos operadores do Direito traz muitos benefícios, tanto a estes quanto aos jurisdicionados, eis que (na minha humilde opinião), representa a importância dos bens que são levados a juízo!"

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