Dia da Consciência Negra

10/11/2006
Fernando Bartolo do Poço - empresário, cidadão paulistano

"Caros Migalheiros: Descobri este interessante sítio de informações através de uma colega vossa, porém não sou advogado, quando muito, um 'rábula'! Li com atenção todas as explanações dos migalheiros quanto à legalidade ou não do referido feriado. Chama-me a atenção o fato de, em nenhum momento da discussão, haver qualquer questionamento quanto à praticidade, viabilidade e bom senso de tal festividade. Somos um país formado por uma vasta mistura racial, com representantes do mundo inteiro. Não há mais o branco, negro, amarelo; há, sim, uma grande mistura. Desta forma, todos têm o direito a um dia de lembrança, de comemoração. E isto não existe, exceto, desde 2004, uma referência a raça negra. E isto sim, a meus olhos, é a mais pura declaração de racismo. Mas não vou entrar neste mérito. O que me choca é a existência de mais um dia de 'IMPRODUTIVIDADE' num país necessitado de emprego, de geração de renda, de oportunidades. Por que o dia da consciência negra não é comemorado, lembrado ou exaltado da mesma forma que se faz com o dia dedicado a nossas mães, pais ou até mesmo com os indivíduos de opção sexual diversa: num determinado domingo de determinado mês? E nestes citados domingos, a vida não necessariamente pára! As atividades econômicas, o comércio não precisam interromper suas atividades para 'louvar' ou lembrar certo acontecimento. O Brasil precisa crescer e para isso, precisa trabalhar! Infelizmente, nossos políticos, sem generalização, são eleitos por uma maioria sem acesso à informação, ao estudo e que não entende que seus impostos custeiam a máquina do governo, incluindo os salários milionários dos representantes do povo. Agora pergunto: como o empresário brasileiro pode gerar postos de trabalho, aumentar a remuneração do trabalhador tão necessitado se não há dias úteis para poder produzir e vender? No meu ponto de vista, este tipo de feriado somente serve de política de 'pão e circo', além de facilitar mais uma ponte na tão estafante agenda de nosso políticos. Fica aqui um pensamento: Se político ganhasse seu salário em função dos dias úteis trabalhados, ou eles morreriam de fome ou até dia de Natal seria dia útil."

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