Crítica

15/1/2007
Carlos Mário da Silva Velloso

"Leitor assíduo de Migalhas, desde quando integrava o Supremo Tribunal Federal, e leitor assíduo tendo em vista a seriedade desse importante informativo, causou-se profunda estranheza os injustos comentários feitos por Migalhas ao Dr. Roberto Busato, presidente do Conselho Federal da OAB. Hoje, tendo retornado à advocacia, já que me aposentaram, assim inscrito na OAB, penso que não posso calar-me no dar o meu testemunho a respeito da atuação profissional do cidadão que deixa a presidência da OAB nacional. O Dr. Busato sempre pautou a sua vida pela independência e pela coragem moral, não tendo faltado com essa coragem e independência no exercício da presidência do Conselho Federal da OAB. São totalmente descabidas, portanto, as agressões que lhe foram dirigidas, agressões que não passam de aleivosias. Cordialmente,"

Carlos Mário da Silva Velloso

Nota da Redação - Exmo. migalheiro. Permita-nos, antes do julgamento sumário, apresentar nossa defesa prévia. Em Migalhas 1.573, uma leitora nos criticava por dar ciência aos leitores de críticas feitas - aí sim - ao dr. Busato, pela revista CartaCapital. Acreditamos que isso tenha induzido a crítica de V. Exa., que como a da leitora, vem com endereçamento putativo. Abaixo a nota de Migalhas 1.572, que gerou a confusão :

OAB nacional

A OAB nacional informa que Cezar Britto será o novo presidente da casa. A eleição acontece dia 31, e Britto será candidato único. O sobrinho do ministro Carlos Ayres Britto é advogado trabalhista e tem 44 anos. Segundo a revista CartaCapital, "Ele assume o posto máximo da entidade com posições progressistas. Fará, certamente, um contraponto ao perfil conservador de Busato, muito mais adequado, por sinal, à tradição da entidade que, em 1964, apoiou o golpe militar que derrubou João Goulart da Presidência da República."

Tal fizemos, para que os doutos leitores, e V. Exa. encontra-se no sobranceiro deles, pudessem se manifestar. Aliás é o que diuturnamente estamos fazendo (há mais de 6 anos) : pinçamos as notícias, migalhas, sobre o mundo jurídico, e esparramamos para os migalheiros se informarem e, querendo, comentarem. Não raro, já damos nosso ponto de vista. Neste caso específico, entretanto, não fizemos - como se pode ver - nenhuma crítica ao batonnier da advocacia. Ante o exposto, requeremos seja o presente recurso recebido, para que ao final seja a r. decisão modificada, dirigindo assim a crítica a quem de direito, ou seja, a revista. No entanto, caso não seja assim entendido, pedimos seja proibida a veiculação - inclusive no YouTube - de nossa execução, caso algum dos algozes filme a cena.

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