Migalheiro em Belém 16/1/2007 Cleanto Farina Weidlich - migalheiro, Carazinho/RS "Migalheiro, ainda em Belém: (ainda as voltas com o 'reino das águas', volto e mando notícias) A história que vou contar, remonta ao descobrimento, o coração vai falar, ecos dum triste lamento. Viajei para outro mundo, conheci o Algodoal, é uma ilha lá no fundo, nosso mar meridional. Lá motor só água puxa, e o transporte é animal, tem golfinho até na ducha, é tudo sensacional. Tem carimbó de raiz, desses que mexe c'a gente, eu escapei por um triz, um gaúcho nunca mente. O Algodoal cansa, aconselhou Dona Margarida, o sol castiga quem dança, precisa ter muita vida. Pouso na Estrela do Sol, com caldeirada e vinho, tudo deixa o nego mol, faz ir direto pro ninho. Banho de mar é bem longe, um cruzo de meia légua, não cabe roupa de monge, o calor não te dá trégua. As areias são bem finas, água quente e transparente, brilho aceso nas retinas, conserta a alma da gente. Realmente muito meigo, pra não dizer muito bacana, égua, ... gaúcho leigo, tá chegando minha chalana. Uma última impressão, achei o lugar perfeito, aqui não tem contra-mão, nem vereador ou prefeito. Briga agora é decidir, Marajó, ... pra não ficar só, e na hora de partir, Algodoal, ... pra não ficar mal. De Belém eu vou fugindo, dos aromas e mistérios, também, vou me despedindo, (pra Capitú e Bentinho, um abraço com carinho) e do Ver-o-peso gaudério." Envie sua Migalha