PAC - Pacote de Aceleração do Crescimento

29/1/2007
Paulo Sergio Belizário - estudante de Direito, São Paulo/SP

"É de admirar a facilidade com que, da noite para o dia, surgem novos 'economistas', de toda ordem, a criticarem a implementação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Não entendem que num país como o Brasil, de desigualdades dantescas, não se pode apenas, e simplesmente, falar em números, mas, também, em princípios. E um dos maiores princípios do aludido programa é justamente uma maior participação e comprometimento do Estado (ao contrário do que acontece em São Paulo, onde construtoras desempenham o papel do Estado, fiscalizando-se a si mesmas), que como muito bem escreveu o Professor Paulo Nogueira Batista Jr. em 'Desenvolvimentismo "light"?', Folha de S. Paulo, caderno Dinheiro, de 25/1: 'o PAC traduz uma mudança na orientação da política econômica (...) reflete uma nova concepção em que o Estado volta a ter um papel mais ativo na promoção do desenvolvimento, como investidor em áreas estratégicas e indutor de investimentos privados. A mudança em curso pode ser excessivamente cautelosa ou lenta, mas ela é significativa'. Alguns surpreendem-se pois não sabem de onde o governo vai tirar R$ 500 bi, sem ter de privatizar nem de aumentar tributos, mas sabe-se muito bem, que parte do financiamento do Programa (0,5 %), virá do que hoje é destinado ao superávit primário, que será reduzido de 4,25 para 3,75% do PIB, além é claro do financiamento direto por parte de empresas estatais, como é o caso da Petrobras e de investimentos privados."

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