Porte de arma para advogados

6/3/2007
Dávio Antonio Prado Zarzana Júnior

"Este tema do porte de arma para advogados é muito complexo, já que existem argumentos muito bons a favor e contra a adoção dessa polêmica medida. Pessoalmente, sou contra e concordo com a OAB/SP (Migalhas 1.606 – 5/3/07 – "Migas – 5" – clique aqui), por uma simples razão: o número de advogados é tão grande quanto é diversa a sua formação pessoal e seu temperamento. No caso citado acima, pelo nobre colega Luciano Cesar Pereira, graças a Deus deu tudo certo. Mas infelizmente os jornais também publicam os casos de reação em que pessoas morrem justamente porque existia mais uma arma disponível. Trata-se de um debate aprofundado, que deve ser realizado unindo as experiências pessoais com uma aprofundada análise dos efeitos práticos da medida a ser tomada. Eu também já vivi a situação de ter uma arma engatilhada na minha cabeça, e outra apontada para um familiar. Mas me recordo do que uma arma é capaz de produzir (CPOR), e honestamente acho que ela traz a ilusão de que pode resolver por algum tempo, até a pessoa se confrontar com outra que sabe atirar melhor. E isso é o aumento da violência, e não uma proteção a mais. No final das contas, ter uma arma em casa ou no carro fica parecido com a ilusão moderna de que morar em um prédio de apartamentos é mais seguro do que morar numa casa. Já existem arrastões especializados em assaltar prédios e condomínios, mesmo os mais 'seguros'. Enfim, são apenas argumentos para o sadio debate. Uma arma pode até ajudá-lo hoje, mas se você não é da polícia ou de uma empresa de segurança, uma arma é uma bomba-relógio que pode explodir na sua própria mão."

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