Fidelidade partidária

3/4/2007
Caleb Salomão Pereira

"Senhor Diretor (ainda está aí? Ou também já foi demitido?), Fidelidade partidária sempre foi um valor que somente alguns de nós considerávamos necessário. Por isso coloco o TSE – e os regionais também – ao lado dos parlamentares que ignoravam completamente esse postulado do regime democrático que deveria orientar a política partidária. A estranheza vem desta moralidade tardiamente expressa pela Corte Superior eleitoral. Não chego a dizer, com a 'Folha', que a decisão é inoportuna, até porque o uso desse qualificativo demandaria explicações, especialmente: sob qual ótica [e de quem] a decisão é inoportuna? – Curiosamente, diversas decisões, das diversas Cortes eleitorais, sempre negaram a lógica que agora vem a público numa embalagem de novidade. Ministros daquela Corte vêm à telinha (que coisa irresistível! Bauman, Bauman... a modernidade não é só líquida, ela é colorida) para afirmar o óbvio e nos inspirar inevitáveis perguntas: era oportuno ou inoportuno? E para quem? – Justiça, senhores, não se faz com casuísmos. E um País, como se sabe, não se faz sem Justiça. Saudações a todos que diuturnamente se esforçam para nos apresentar esse brilhante 'rotativo'!"

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