Schin x Brahma

18/3/2004
Antonio Minhoto

"Com relação às observações feitas pelo migalheiro Anderson Carvalho Barbosa sobre o affair Schin, Brahma e Zeca Pagodinho, penso que o caso não demanda grande reflexão. Pagodinho fez o que fez por dinheiro. E ponto. Claro que, para o consumidor, Pagodinho passou uma imagem mercantilista que, aliás, é o justo ônus decorrente deste tipo de postura. Nesta estória toda, quem se chamuscou mesmo, portanto, foi o pagodeiro de Xerém. Por outro lado, e particularmente, não penso que a atitude da Brahma tenha sido antiética, até porque, exatamente como na advocacia, o "cochilo" do ex adversus pode e deve ser explorado pelo bom advogado. A Schin sabia ou deveria saber em que tipo de negócio está atuando, um ramo em que 1% de mercado equivale a R$ 80 milhões de faturamento/ano. Tudo o que a Brahma -- na verdade AMBEV -- puder fazer para derrubar a Schin, certamente o fará. De todo modo, se é que isso serve de alento à cervejaria de Itu, o fato é que salvo alguma bobagem administrativa grossa, a Schin veio para ficar e o que ela conquistou de market share dificilmente será integralmente perdido. Em suma, a Schin não voltará a ser a cerveja caseira de priscas eras."

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