Campanha eleitoral

4/6/2004
Bruno Calil Fonseca - advogado em Itaberaí/GO

"Quais as melhores chances de se eleger: um candidato de reeleição ou um neófito? Na grande maioria dos casos será eleito o candidato neófito se tiver uma capacidade média de articulação, e sendo capaz de montar e operar uma campanha moderna e eficiente. A vitória eleitoral sempre agracia a campanha mais organizada. A comunicação eficaz da mensagem clara e relevante ao eleitorado. Hoje é um princípio primário da campanha eleitoral, universalmente confirmado e válido para qualquer campanha e em especial, para as eleições próximas de vereadores e prefeitos. Em se falando de campanha eleitoral existe duas forças de dificuldades e críticas: dinheiro e o espaço temporal. A captação dos recursos da campanha eleitoral são invariavelmente inferiores ao que necessita. De outra parte, numa campanha, pode-se comprar tudo, menos o tempo. Há um número limitado e fixo de semanas, dias, horas que estão disponíveis para a realização da campanha. Se não forem aproveitados, não há como recuperá-los, pois, são de modo geral preclusivos. A estratégica para o melhor uso dos recursos e do tempo disponíveis é portanto um desafio logístico e pessoal do candidato e principalmente da sua equipe. Esta é a grande e fundamental responsabilidade do programa duma campanha. O planejamento é imperativo e não uma opção para quem se propõe a vencer uma eleição. Fazer o planejamento significa, entre outras coisas, e desde logo, adquirir o hábito de boas idéias no papel e exeqüível. O risco da reeleição mesmo em uma campanha bem articulada é enorme, mormente pelas propostas da eleição anterior e não cumpridas. A reeleição é um instrumento de risco e novas alianças se formam, pois, as alianças da eleição anterior é letra morta e desacreditada. Promessas vãs. Peregrinações como via sacra e as portas se fecham, pelo não cumprimento das promessas da eleição anterior. Assim o desfecho da eleição começa a repercutir negativamente em cada nova investida. A campanha do candidato à reeleição em primeiro momento parece ser imbatível. O cordão de cabos eleitorais é enorme e vigoroso. E só começa a se tornar falível e tênue, quando os atuais cargos de confiança são negociados para o futuro e distribuídos, com os novos apoiadores em alianças medíocres e de cunho puramente eleitoreiro. Por este modo o candidato à reeleição se não tiver uma densidade eleitoral e pessoal, bem como, a credibilidade enorme o fracasso será iminente. Por isso o caminho da reeleição é o mesmo do fracasso! Não aconselharia um amigo então ao cargo de reeleição, pois, o povo precisa de novos lideres e isto é natural, para que os políticos reciclem também o poder."

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