Democracia

17/12/2007
Iracema Palombello

"É uma nova concepção de democracia. O povo não outorga o poder a um homem ou a uma instituição, o poder é o povo. Isso se permeia para baixo por meio dos conselhos populares, de trabalhadores, camponeses, estudantes, pescadores, etc. Eles terão um orçamento e serão administradores. Quem melhor conhece os problemas é quem vive no local. Receberão, por lei, 5% do Orçamento nacional. Haverá gente do governo e da oposição. Se numa localidade a maioria dos moradores elegerem um conselho de oposição, ele receberá os mesmos recursos que um conselho cuja maioria for do governo. O que vai acontecer é que o Estado vai ao mais profundo da sociedade, onde não chegava antes, nem pelos prefeitos. Mas a ação desses conselhos vai se coordenar com prefeitos e governadores. A palavra final será dos conselhos, dos cidadãos. Já existem muitas experiências comunais que vêm funcionando, nas quais os cidadãos se reúnem, organizam as comunidades, prestam os serviços, estabelecem as prioridades quanto à resolução dos problemas. Essa é uma democracia diferente, que avança para o socialismo como um modelo diferente, que parte justamente da consulta popular, em eleições plurais. Quando a oposição ganha num referendo, ela tem a vitória reconhecida."

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