Judiciário

18/12/2007
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Ontem, conversando com um dos meus filhos, que é Administrador de Empresas, a quem sempre mostro meus e-mails para Migalhas e outros, ele disse-me que eu deveria temer a minha atuação como advogado depois do que eu escrevo. Eu respondi-lhe que, se fosse assim, eu deveria descrer da Justiça, na acepção da palavra, pois tenho certeza de que a maioria dos juízes pensam como eu, reportando-me ao que declarou há década ou mais, no Estadão, o Deputado Roger de Oliveira, que era Desembargador em São Paulo, que (diga-se de passagem) dispus em meu livro 'A Justiça não Só Tarda... Mas Também Falha', homenageando-o; e até recentemente declararam os Ministros do STF Marco Aurélio e Joaquim Barbosa. Além disso, tenho um outro filho Juiz Federal, a quem não peço opiniões, quando esposo as minhas idéias, mas tenho certeza da maneira que o criei, na defesa absoluta da moral e da ética, que nunca misturaria, numa sentença, opinião pessoal, minha ou de advogado, outrem, que pensasse como eu,  com os casos que defendem, mas julgariam de acordo com as leis que regem a matéria: isso é Justiça! O Juiz que misturasse, ou misture alhos e bugalhos, data venia não merece ser juiz Eis porque não entendo, quando advogados e a própria OAB não se opõem, quando de sentenças erradas e até inidôneas e até espúrias, assim como não entendo do porquê o Legislativo acolhe tudo que o Judiciário impõe, quer nas leis, criando obstáculos intransponíveis a que haja Justiça, tais como, empecilhos para evitar recursos, quer nas sentenças, quer nos acórdãos ,mesmo porque há no Legislativo juristas que, obviamente, percebem o que está errado, como no caso recente da fidelidade partidária, em que o Dep. Roger de Oliveira reagiu a que o Judiciário criasse lei, que não é de sua competência, absolutamente. Impossível é acreditar que o Judiciário, pelo fato de ser composto de juízes, seriam todos magistri dixerunt e possam não errar, quando errare humanum est, etiam judices errant (errar é humano,também os juízes erram), como disponho no meu livro."

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