Honorários

15/1/2008
Armando Bergo Neto – advogado, OAB/SP 132.034

"Alguns magistrados desrespeitando a legislação, no que 'pertine' ao arbitramento de honorários (Migalhas 1.815 – 10/1/08 – "Migas – 3" – clique aqui)? Honorários irrisórios e aviltantes, aquém dos parâmetros legais? Isto é inaceitável! Resta cada vez mais inviabilizado o exercício da advocacia. Por que será que há tanta hostilidade contra a classe dos advogados? Parece até que uma parcela de juízes, promotores, legisladores e de cidadãos (que pouco apreciam ter de pagar honorários advocatícios contratados) não têm a mínima simpatia pelos advogados, na medida em que, no transcorrer dos anos, parece que o advogado não é mais tão indispensável à administração da justiça, como determina ainda o artigo 133 da Constituição brasileira (já que referido dispositivo continua hígido, ao que se sabe). Muito embora proliferem cursos de Direito pelos quatro cantos do Brasil, penso que com o decorrer dos anos, serão poucos os heróis a continuarem militando. Ou serão funcionários públicos concursados, ou utilizarão o diploma tão-somente para conseguirem uma colocação no mercado de trabalho, noutras áreas profissionais. Em países desenvolvidos, tal como os EUA, o advogado é extremamente respeitado e valorizado. Aqui, verifica-se o paradoxo de que nem mesmo operadores do Direito dão valor ao trabalho desenvolvido pelos advogados. É uma pena, mas é a mais pura realidade."

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