Fernanda Caingangue - primeira indígena mestre em Direito no país

22/1/2008
Deusdedith Carmo

"A história de Fernanda Caingangue - JÓFEJ - só vem demonstrar o quanto o país está atrasado nas políticas de inclusão social do índio (Migalhas 1.822 – 21/1/08 – "Migas – 4" – clique aqui). Durante anos nos ensinaram que o índio é um individuo preguiçoso e bruto. Nos ensinaram até a renegar o pouco de sangue indígena que nós temos. Quando estive no Pará e no Amazonas fiquei surpreso em ver pessoas de acentuadas características indígenas negarem peremptoriamente serem índias. Os negros por serem mais urbanos tiveram maior acesso à informação e passaram a se assumir como negros, já os índios sentem vergonha de serem índios. É preciso acabar com isto. Como diz Fernanda Caingangue, 'Não basta formar comissões nas universidades para dar apoio moral. Precisamos de políticas públicas com recursos e de condições de permanência'. Este é o problema. Tudo o mais é conversa de político para ganhar votos, ou bate-papo de patricinhas ou mauricinhos que querem parecer bonzinhos. O índio ou as pessoas dele descendentes, mesmo que no se reconheçam como tal, não precisam de nossa compaixão, de nossa tolerância, precisam sim de respeito a seus direitos, direitos garantidos na Constituição Federal a todos os que vivem em nossa terra."

Envie sua Migalha