Antigas histórias dos calouros

"Primeiramente, quero cumprimentá-los pela elevada qualidade dos temas divulgados. Por isso, me vi 'tentada' a participar também, com o seguinte relato da vida acadêmica (Migalhas 1.844 - 25/2/08 - "Calouros" - clique aqui). Sou formada em Psicologia, profissão que 'amo' e exerço até hoje, pela OSEC (atual UNISA - Universidade de Santo Amaro), de 1987 a 1991. O 'trote', nessa época, foi doar sangue para o Hospital Universitário da instituição. Em 1996, a mesma instituição, agora UNISA, abriu a primeira turma de Direito e, é claro, eu estava entre os calouros, mas... calouros de quem, se éramos os primeiros? No ano seguinte, quando nós já estávamos no 2º ano, houve os 'trotes', mais constrangedores aos calouros, mas também resolvemos fazer algo mais criativo: alguns de nossa turma, de mais idade, vindos de outras formações superiores e com 'cara' de professor (inclusive eu, que por essa época, já contava 29 anos) estávamos devidamente trajados, e incumbidos de dar as 'aulas inaugurais' aos alunos de 1º ano, como se fôssemos realmente os professores: fazer chamada, expor o programa de aula, o sistema de avaliação, expor o conteúdo (que, além de tudo, descobria-se depois que era totalmente incoerente e desconexo...), e os alunos tomavam nota acreditando que éramos mesmo os professores e que os assuntos eram sérios... depois que a aula acabava, seguíamos para a sala dos professores, para dar mais 'realismo' à encenação. Em mesma 'preparei' uma aula que misturava a Sociologia com a Psicologia e o Direito - o que nem sabia que, anos mais tarde, seria um segmento importantíssimo em minha carreira como psicóloga, a Psicologia Jurídica. Como eu não levava jeito para fazer paródias de aulas, até que o conteúdo não era tão absurdo assim. Mas outros colegas preparavam aulas com conteúdos absurdos, fazendo 'piada' e os alunos nem percebiam, achavam que era tudo verdade... No dia seguinte, entrava o verdadeiro professor para dar as aulas para a turma do 1º ano, enquanto os alunos nos viam entrar na sala do 2º ano, e sentarmos nas carteiras escolares... Por fim, acabávamos todos rindo muito da situação! Abraços,"