Exame da OAB

3/3/2008
José Roberto Guedes de Oliveira - bacharel em Direito – do MNBD

"Os amigos e integrantes do MNBD, que estiveram na Audiência Pública na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no dia 26 de fevereiro passado, demonstraram, com altivez, propriedade e educação, os desarranjos, desvios de conduta e prepotência dos integrantes da direção nacional da OAB e das suas secções estaduais, no que concerne ao 'famigerado' exame de ordem praticado pela entidade. Um dos nossos colegas de luta chegou a falar sobre o medo de certos setores nacionais, quando da campanha presidencial em que o nosso mandatário principal, Luiz Inácio Lula da Silva, estava prestes a vencer (como venceu) as eleições. As diversas vozes que se levantaram na época, diziam que o Brasil entraria num verdadeiro caos, tendo um simples metalúrgico como Presidente. Haveria uma debandada geral de empresas aqui estabelecidas e a economia entraria num ritmo de poço, isto é, o país ficaria paupérrimo e com convulsões sociais de toda espécie. Pois bem. Nada disso aconteceu. Ao que pese muita coisa ainda a fazer, com disparidades sociais visíveis e falta de políticas públicas em diversos segmentos, o país caminha na mais absoluta normalidade. E, mais ainda, o Presidente foi reeleito e está aí pelo sufrágio universal e pela concordância da maioria. A direção nacional da OAB e suas secções estaduais estão preocupadas com a inserção, no mercado de trabalho, dessa plêiade de entusiastas e, ao meu modo de pensar, 'sangue novo', para eliminar, de vez, com retrógrados que temem novos profissionais no Brasil. Este temor não tem procedência, a não ser a 'pavura' que domina certas mentes que sempre ganharam às custas dos mais simples: donos de cursinhos, vendedores de ilusão, promotores de exame de ordem, etc. A reflexão que faço, neste momento, é que 'A OAB somos todos nós bacharéis'. Nada mais que isto, exigimos, como cumprimento constitucional. Será preciso abrir a cabeça dessa gente para introduzir a nossa Constituição de 1988? O glorioso MNBD tem demonstrado, em todos os sentidos, a sua coerência, a sua capacidade de exigir o fim do exame de ordem da OAB e, mais ainda, um sentido maior de dar trabalho para todos os bacharéis que cumpriram as suas determinações escolares e penam, neste exato momento, por não serem nada e não estarem inseridos no contexto brasileiro. Enfim, estes bacharéis estão à margem, penando, sofrendo e, perplexos, não compreendem que a OAB possa discriminá-los de tal forma. O MNBD avança e, por certo, tem mostrado a todos os que compõem a direção da OAB que só a unidade fortalece a ordem. Os antagonismos não são próprios para a coesão. Mais uma vez repito: será preciso abrir a cabeça dessa gente para esta verdade? Portanto, fica aqui, como um 'slogan' da nossa caminhada ao cimo da montanha: 'A OAB somos todos nós bacharéis'."

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