MASP

10/3/2008
Conrado de Paulo

"Pelo que se lia nos jornais da época (2005), o que se pretendia era erguer um mirante ao lado do prédio do museu, projeto modernista de Lina Bo Bardi, com intenção de arrecadar fundos para a instituição que passava, e que continua passando até hoje, por problemas financeiros. O que impediu que isso viesse a ocorrer foi o veto de uma conselheira representante do Instituto de Arquitetos do Brasil, que alegava que isso iria descaracterizar as áreas envoltórias. Não era essa a opinião de seis de seus ex-presidentes, bem como as manifestações favoráveis recebidas de ex-presidentes do Iphan, do Condephaat, da Asbea, de professores de arquitetura e, ainda, de presidentes da Associação Paulista Viva e de diversas outras entidades de grande representatividade, inclusive no âmbito nacional. Não gostar de um projeto ou ver com reservas seus proponentes não é justificativa legítima para vetá-lo. Cabe lembrar que a construção da torre implicaria na criação de cursos de pós-graduação em diversas áreas artísticas. A questão, que suponho seja pertinente, consiste em se resolver que: se é para salvar o Masp, por então não ignorar a opinião de uma única conselheira que, por acaso, tem o poder de veto?"

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