Dia Internacional da Mulher

10/3/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Caro Migalheiro Romeu A. L. Prisco. Tudo isso que o amigo bem referiu teria acontecido agora, em 2008. Mas em priscas eras, nosso presidente, após muito meditar, recolhido em seu agradável aprisco, por exemplo em 2005, falando sobre o Dia Internacional da Mulher, no Assentamento Milagre, em Apodi, no Rio Grande do Norte, brindou as presentes, dizendo dos direitos que tinham, com os limites que deveriam respeitar, é claro, advertindo-as a que não fossem tão desaforadas e não começassem logo a pensar na presidência da República: 'vai devagar com essa pressa de poder'. Afinal, nós homens, classe em que o presidente se inclui, já permitimos que as mulheres votem, fumem, dirijam carros... que vão devagar com o andor. Isso, talvez, não responda, mas explique sua indagação. Dilma pode ser, sim, a mãe do Pac. Mas, nunca o pai. A propósito, no ano seguinte, em 2006, em mais um Dia Internacional da Mulher, nosso presidente, dando uma de Vinícius, 'poetou': 'mão de homem foi feita para fazer carinho na mulher e não para bater'. Isso em Nova Esperança, na região noroeste, onde fazia um comício, onde estabelecia os limites dos gastos femininos, ao lado de Marta Suplicy: 'nem todas podem ser uma Marta, mas mulher não pode depender do marido para tudo. Meu bem, me dá R$ 5,00 para comprar uma meia, um batom! Não, a mulher tem de ter a sua renda!'. E explicou que sempre entregou o seu (dele, é claro) salário para a 'galega' (Dna. Marisa) e – isso não explicou – deixou em suas (dela) também, o cartão corporativo, já que, meia e batom a R$ 5,00, tenha a santa 'paciênça benhê'."

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