Cartões corporativos

17/3/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Migalhas duram uma semana. Daí, outros assuntos aparecem e os antes tratados ficam esquecidos. A mídia, de uma forma geral é assim. Uma vez andei pensando que os grandes informativos deveriam numerar certas informações de impacto, para que os leitores, de quando em quando pudessem perguntar: 'E o assunto número tal? Como está? Alguma novidade?'. Tenho notado o esforço do colega migalheiro Conrado de Paulo para que o assunto 'Cartões Corporativos' não caia no esquecimento. Por isso, para não dizer – para não apenas dizer – que assino embaixo seu último comentário sobre os cartões corporativos, assino embaixo mesmo, para mantê-lo aberto, mas páginas de Migalhas:

'A CPI dos cartões corporativos, desde sua origem, já começou por ser tramada na cozinha da pizzaria. Jamais seria possível investigar o quanto, e onde, foram gastos os milhões de reais pelos milhares de portadores dessa verdadeira lâmpada mágica. O certo seria extinguir os cartões já, sumariamente, sem CPI. Cada CPI serve para acobertar uma anterior, que acaba servindo como cortina de fumaça, para que nenhuma delas venha a surtir nenhum efeito. São verdadeiras bolas de neve, criadas só para tapear os eleitores. A única que surtiu algum efeito foi a que terminou com a morte de PC Farias, nos tempos do Collor. Qualquer CPI, ainda que apure alguma coisa de concreto, dá em nada, pelo fato de que quase todos os membros das comissões estarem envolvidos. Nenhum deles vai querer atirar no próprio pé. O que urge mudar é a vergonha na cara dos politicastros, evitando assim darem motivo para novas CPIs surgirem. Coisa que, lamentavelmente, parece ser impossível.' Conrado de Paulo  

Na opinião do presidente Lula, quando estava lá na base brasileira na Antártida, 'o cartão corporativo foi a coisa mais decente que foi criada, ainda no governo anterior', e que 'a idéia de que os cartões são prejudiciais é, no mínimo, ignorância de quem fala. Porque os cartões são a coisa mais moderna que existe. É uma coisa fantástica'. Considerando que os gastos da presidência da república, só os da presidência da república, que eram, com os cartões, em 2000, de R$ 760 mil, estavam em R$ 7,7 milhões em 2004, é mesmo fantástico. Mas, é possível que o migalheiro Conrado de Paulo e eu não passemos de ignorantes. Pode ser. Caso haja mais ignorantes, que se manifestem."

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