xHomem grávido

8/4/2008
Dávio Antonio Prado Zarzana Júnior

"Migalheiro Paulo Iotti - no tema do Homem Grávido: realmente podemos conversar, sim. Mesmo havendo discordâncias. Essa sempre foi minha postura. É que alguns temas são mais delicados do que outros. No presente caso, o meu questionamento sobre a existência de valores absolutos possui um sentido. Eu concordo com o exemplo levantado: o respeito é um valor absoluto. Para mim, está relacionado ao princípio do 'não faça ao outro o que não queres que te faça', e este princípio, por sua vez, está diretamente ligado a uma frase de Jesus, 'amar ao próximo como a si mesmo'. A questão toda é: todos nós admitimos a existência de valores absolutos, sem os quais a vida em sociedade não é possível. Havendo ou não a relação com a religiosidade, certo é que determinados pressupostos são indispensáveis. Se você sente uma espécie de indignação quando o fator 'respeito' é questionado, pode compreender quando os religiosos vêem o fator 'fé', presente em todas as sociedades, sendo relegado a um plano pretensamente inferior (coisa que não é na prática). O que estou tentando dizer, voltando agora para o 'respeito', é que, neste momento, há pessoas trabalhando ativamente para que o mesmo 'respeito' não seja mais um elemento fundamental para a vida em sociedade. Aí você vai me dizer: bem, isso é uma daquelas teorias da conspiração etc., ou tal hipótese é loucura, ou impossível de ser praticada. Veja bem, até ontem a vida humana desde a concepção era um valor absoluto - para mim continua sendo -, mas hoje já há pessoas que pensam diferente. O problema começa na motivação de algumas dessas pessoas, aquilo que o geneticista Jerome Lejeune chamava de 'planejamento de destruição da civilização judaico-cristã, feito por sociedades não reveladas'. A Organização Mundial da Saúde, em outro tema por nós debatido, retirou o homossexualismo, por sua vez, do rol de doenças, não porque estivesse convencida cientificamente de que não se tratava de um problema médico, mas por pressões de grupos. O que precisa ser difundido para a população é que alguns desses grupos não eram nem mesmo representantes dos gays (ou gayzistas, como Olavo de Carvalho dizia). Há uma tremenda onda de eugenia sendo tramada há décadas na Europa, a ser aplicada nos países do terceiro mundo, principalmente (a famosa expressão 'gays=procriação zero'). A questão do homem grávido trouxe de volta esse debate. O valor da pessoa humana continua, independentemente de sua sexualidade, a princípio. O problema, repito, é que a mentira tem reinado no campo da problemática sexual ao redor do mundo, e não a verdade imparcial (veja o chamado 'Relatório Kissinger'). Gastam-se milhões de dólares anualmente, compram-se juízes, cientistas são subornados - fábula? -para que 'novas verdades' (o neologismo da mentira) sejam estabelecidas, e correspondam a interesses de uma pequena elite dominante, interesses que não têm nada a ver com sexualidade. Paulo Iotti, eu peço que você reutilize suas qualidades de investigador para checar essas informações que passo, via internet. Leia ou Releia, se possível, o decálogo de Lenin, o Relatório Kissinger, o trabalho de Jerome Lejeune, e o livro 'O Jardim das Aflições' de Olavo de Carvalho (são apenas alguns textos, há muitos outros que poderia exemplificar). No final, você verá que a 'luta' pelos direitos gays, que você defende com veemência, está sendo usada - isso mesmo, usada - por gente inescrupulosa, para fins bem diversos. Acredite, bem diversos. Independentemente dos problemas relativos à ordem moral ou psíquica, há gente usando os homossexuais, no pior sentido da palavra, e fazendo com que eles pensam que a causa é deles. Em suma, se você acredita que há valores absolutos - como eu acredito - pode saber: há gente trabalhando agora mesmo para relativizá-los. Todos eles. E nosso dever é mantermo-nos firmes naquilo que é certo. E não há coisa mais certa do que o Amor de Deus e o respeito que devemos ter, em primeiro lugar, a Deus. Em segundo lugar, a todos os seres humanos. Deus é Amor, e onde está o Amor Verdadeiro, não há espaço para promiscuidade, impureza ou mentiras. O assunto é bem mais amplo do que o tema do homem grávido. Valores absolutos sempre continuarão absolutos, e o nefasto dia - sua expressão - em que eles forem atacados, não retirará sua qualidade de absolutos. Dentre eles, o maior valor é o próprio Deus. E o respeito a essa fé também deve ser preservado. É por isso que, quando se fala em 'Estado laico', não se pode impor, igualmente, aos homens deste Estado, que sejam ateus ou agnósticos, na marra. Todo homem religioso que seja Ministro, Advogado, Juiz, Promotor, Político ou outro cargo ou função qualquer, tem o dever - o dever - de agir conforme o caráter religioso impresso em sua alma, porque esse caráter tem um primeiro e único sentido: o Amor, a Justiça e a Verdade, e a luta contra o pecado e contra o mal. Não seria razoável para uma pessoa que crê em Deus executar sua própria consciência. A fé diferencia homens de animais, não apenas a razão. Ambas colaboram, em diálogo perene, para o progresso da humanidade (veja a Encíclica Fides et Ratio). A complexidade suscitada pelo tema do homem grávido é, repita-se, maior do que o mero debate sobre a normalidade ou a aberração em si mesmos considerados. Você pode discordar confortavelmente de tudo o que eu escrevi ou penso, mas pelo menos leia os documentos mencionados, ou parte deles. A civilização que está se querendo montar - se é que se pode chamar civilização, para arrepio do Orwell ou do Huxley - não possui nenhum respeito. Nada. Mas vai utilizar argumentos demagógicos e emocionais para atingir esse objetivo. Você acredita num mundo em que não há mais respeito, propriedade privada, liberdade econômica e de expressão? Pode acreditar: ter fé em Deus será um diferencial positivo, para escapar ao que vem por aí."

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