Governo Lula

14/4/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Mas, colega Olavo Príncipe Credidio (Migalhas dos leitores – "Governo Lula" – clique aqui), enquanto tivermos governantes que preferem manter o povo dentro das necessidades, sem cultura e sem saúde, fornecendo esmolas travestidas de paternais bolsas saúde, vivendo da seca do nordeste, em vez de resolver o problema, teremos sempre um 'curral eleitoral', ignorante e ávido para votar nesses 'pais da pátria', que muito falam e nada fazem. Veja o tal do PAC eleitoreiro, às vésperas das eleições, como a história da seca do nordeste, meio de vida dos 'donos' dos currais nordestinos, que vivem da política de lá, que nunca abandonam o 'osso' e que jamais se interessam pelo problema. Veja a saúde do Brasil, caótica, morrendo gente em todo o território nacional, e todos nós tendo que ouvir que nunca neste país esteve tão boa. Enquanto isso, sufocam-se CPIs, fala-se em heranças malditas e tudo fica como está. Os outros, antes fizeram? Sim, fizeram. E daí? Eram melhores? Não. Eram piores? E daí? Temos que passar por tudo isso de novo, só porque os que vieram antes fizeram também? Caro migalheiro, vamos convir, você, eu e os demais migalheiros pertencemos a uma classe que não se vê atingida pelos males que os políticos causam ao Brasil. Mas Lula, sua base aliada e o que os apóiam não são diferentes dos que vieram antes. E essa história de que se preocupa com as camadas mais baixas da população, pelo amor de Deus, dar esmolas em troca de votos, para que tudo fique como está, historicamente já é um filme assistido e surrado. A política, no Brasil, é podre, e não vai ser um terceiro mandato que vai melhorá-la. Enquanto não tivermos alguém sério no poder, nada muda, os que estão na camada mais baixa da população vão continuar lá, com esmola ou sem, com bolsa família ou não. Reunirem-se e mexerem na Constituição só serve aos interesses de quem está no poder, para ficar lá, gozando as delícias de lá estar, porque é bom viver o poder, principalmente para quem nunca lá esteve. Quanto ao povo, o povo, ora o povo... O povo que tenha paciência."

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