Homenagem - José Roberto Fanganiello Melhem

16/4/2008
José Renato Melhem

"Queria informá-los do Ato em homenagem a José Roberto Fanganiello Melhem, ex-presidente do CONDEPHAAT, que está sendo organizado pela família e pelos amigos. O convite é aberto a todos que o conheceram e será uma oportunidade para lembrarmos um pouco do legado dele. Local: Faculdade de Direito do Largo São Francisco - sala dos Estudantes - no centro de São Paulo Data: 16 de abril - quarta-feira, as 18:30 horas. Estou colocando abaixo um texto que minha mãe escreveu sobre ele. Abraço, José Renato.

'José Roberto Fanganiello Melhem, nasceu em São Paulo/SP em 1944, viveu em trânsito entre São Vicente/SP e Santos/SP dos 3 aos 18 anos, quando voltou a residir na Capital paulista, onde cumpriu seus estudos universitários. Apaixonado pela idéia de um mundo mais justo, democrático e igualitário, desde a época da academia no Largo São Francisco tentou fazer a sua parte, através de uma militância política que nunca interrompeu, embora tenham tentado interrompê-la quando o prenderam e processaram durante a ditadura militar. Ocupou vários cargos públicos com a democratização, destacando-se a função de Secretário Adjunto da Secretaria Estadual de Administração (década de 90) e, em seguida, por muitos anos, de Presidente do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico - CONDEPHAAT do Estado de São Paulo. Era membro dos Conselhos Curador da Fundação Padre Anchieta e de Administração do Instituto de Pesquisa Tecnológicas - IPT por ocasião de seu falecimento. Além disso, foi advogado por profissão e escritor por vício. Mas tendo sido perfeccionista e rigoroso demais com o que escreveu, jogou muita coisa fora e dificilmente se rendeu à sedução de simplesmente mostrar o que fazia. Por isso publicou um único livro de contos, Moscas (Ed. Página Viva), em 2000. Mas deixou um segundo volume pronto, a ser editado ainda em 2008. Poucas situações conseguiam realmente tirá-lo do sério, deixando-o roxo de raiva. Assim, não se considerava um palmeirense roxo, mas verde. Uma de suas maiores alegrias era estar com pessoas amigas – e por isso mesmo deixou de aceitar convites para cerimônias fúnebres quaisquer, sobretudo quando tais eventos eram protagonizados por algumas dessas pessoas. Esta recusa não impediu que centenas de amigos comparecessem ao seu velório, na segunda feira passada, e lastimassem profundamente sua perda junto à sua esposa Célia, seu filho José Renato e sua filha Margarida, sua nora, seus seis sobrinhos e seu irmão, todos inconsoláveis.'"

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