Isabella

16/4/2008
Luiz Garcia

"Pelo visto, ouvido e lido, querem de fato poupar o assassino (ou assassinos) da menina Isabella! Por isso, nada presta, no procedimento investigatório. Prestam, sim, os exitosos matadores, ou o torturador e matador já desculpados de tudo por toda essa eloqüência do lero-lero abonador da canalha que bate, sangra e mata indefesos e crianças! Desafortunada menina Isabella, que foi transformada em razão de ser de tantas e tantas 'defesas' técnicas, 'eruditas', do possível bandido (ou prováveis bandidos) que a espancaram e mataram sem piedade Agora, neste País de tradicional franquia para os grandes crimes, com as impunidades sem conta, acrescentar mais essa e poupar quem tirou a vida da garotinha de cinco anos é cômodo, super econômico, bem mais fácil, até bem mais 'intelectual', mais 'racional', 'mais' 'imparcial', mais 'jurídico', mais 'democrático', mais 'humano', mais apropriado ao elevado quilate de civilização 'progressista', enfim ao 'direito' dos vivos (e o assassino, ou assassinos, está ou estão antecipadamente defendidos!) , porque os mortos...estão mortos, e seus direitos lá se foram com eles para a cova e para o esquecimento eterno. Com é fácil pensar, falar e escrever assim, de modo alheio à dor lancinante da vítima e dos que a amam, deveras; e, melhor, como é tão aprazível agir assim, sem prova alguma de defesa real e honesta, de cara, apogisticamente, com a simpatia consagrada aos agentes do mal, quaisquer que sejam eles, não é mesmo?"

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