Governo Lula

17/4/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Quanto ao comentário do migalheiro Olavo Príncipe Credidio, no qual considera que não defendeu Lula, a não ser quanto às bolsas alimentares, ao mesmo tempo em que agradece algumas informações que prestei, a maioria que, segundo ele, ignorava, tenho algumas outras, a respeito do assunto restante. É que a Bolsa Família, o principal programa social do governo Lula, também não vem cumprindo seu objetivo, qual seja o de manter as crianças e adolescentes na escola. Hoje, um em quatro brasileiros recebe do governo ajuda desse programa, em dinheiro vivo, em troca da obrigação de que os jovens completem, ao menos, o ensino fundamental. Um levantamento dos ministérios do Desenvolvimento Social e da Educação, publicado em jornais de grande circulação, ministérios do próprio governo Lula, apontam que a evasão escolar, ou seja, o abandono da 1ª a 8ª séries, cresceu de 2002 a 2005. O abandono, segundo o levantamento, aumentou em 45,5%, o que mostra que, quanto a esse item, o programa é absolutamente ineficaz. Desde o início do governo Lula, a evasão escolar mais que dobrou. Por outro lado, um levantamento resultante de pesquisas eleitorais, mostra que nos mesmos municípios estudados pelos ministérios do Desenvolvimento Social e da Educação, o desempenho de Lula, como candidato, melhorou muito, é imbatível mesmo. Essa pesquisa, eleitoral, foi feita antes da reeleição. Mas, o programa, até hoje, é o mesmo, tornou-se um meio de vida. Como afirmei antes, no nordeste, em razão do programa, ex-agricultores preferem ficar em casa, sacando mensalmente sua bolsa família e já há falta de mão de obra para a lavoura. De acordo com os números do próprio governo, os 'beneficiados' pelo Bolsa Família estão, majoritariamente, nos estados nordestinos. Mas, como a eficiência do programa está a desejar, a dependência do povo tende a se tornar permanente, o que caracteriza o programa menos como social e mais como eleitoreiro. A população pobre, essa que interessa ao colega, acabará em uma pobreza permanente, uma vez que não existe no programa absolutamente nada, nenhuma forma de incentivar as pessoas a deixarem de ser 'clientes' do Estado. É um caso típico do 'toma lá, dá cá', toma lá um dinheirinho, dá cá seu voto. Repetindo suas próprias palavras, acorda, caro amigo. Informações e do próprio governo, disponíveis em sites oficiais, também são boas fontes. Abraços."

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