Bons tempos

28/4/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Quem não se lembra daqueles tempos do pré-primário, quando a gente ia na 'escolinha' e passava o dia aprendendo/brincando? E depois, já no primário, aquelas brincadeiras alegres, com os coleguinhas? 'Eta' tempinho bom, sem preocupações, só alegria, jogos e diversão. Mesmo no colégio, no ginásio – como se chamava na época – a gente estudava, mas havia espaço para muita diversão. Ainda hoje, todos temos recordações daqueles tempos. E guardamos, com carinho, as fotos da faculdade, das assembléias, aquela bagunça. E as eleições, então? Nós, que cursamos as Arcadas, na época do fim do governo Jânio e início do governo militar, e que lá estávamos fazendo política no pátio da faculdade, e na Praça, no território livre, salvando o país. Que época, que dias! Fora os tempos de faculdade, mais sérios devido à época, os anos que antecederam poderiam ter sido eternos, e se manterem para sempre, em brincadeiras entre os coleguinhas. Não deveríamos ter envelhecido. Deveríamos ter permanecido sempre crianças, sempre irresponsáveis, sempre despreocupados, sempre sem ter que pensar no futuro, sempre sem stress, sempre alegres e risonhos. Sempre prontos a acordar na hora em que desejássemos, seguirmos para o nosso 'trabalho', encontrarmos os 'coleguinhas' e termos mais um dia alegre e divertido. Tudo alegria a brincadeira. Fosse assim e a gente viveria 100 anos, ou mais. Clique aqui para ver como poderia ser a vida dos brasileiros no futuro, é claro. Hoje, está em teste, no Congresso Nacional. Se der certo a experiência, pode ser que, depois, seja levada ao resto da população. Daí, todos nós vamos poder nos divertir. O único problema, e que já está em discussão, é que, no momento, são só 80 senadores, e cada um ganha, entre salário e benefícios, R$ 124.420,50, o que custa, mensalmente, R$ 10,2 milhões ao país, ou R$ 121 milhões por ano. Hoje, a população do Brasil é algo em torno de 191 milhões de habitantes, e está difícil arranjar a verba para que todos nós possamos nos divertir também. Mas nada que não tenha solução. O Senador Suplicy, protagonista do filminho do clique aqui, célebre pelo renda mínima, certamente terá uma idéia brilhante para solucionar o problema. Até porque, renda mínima no dos outros é colírio."

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