Porta giratória

13/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Não obstante se avolumem as ações contra os bancos por esse motivo, nada muda, já que as indenizações pagas, de pequeno valor, não são suficientes para fazerem com que os bancos desistam de constranger seus clientes. Aliás, nada parece constranger os bancos, nem o crescente número de pessoas que, revoltadas por se verem 'travadas', à vista de todos, como se criminosos fossem, decidem se despir por completo, como represália. Até mesmo uma aposentada, de sessenta anos, em Sorocaba, ao ser barrada em uma porta giratória equipada com detector de metais, despiu-se, ficando só de calcinha e sutiã. Depois, vestiu-se e foi embora. Em São Paulo, na agência da Caixa Econômica da av. Berrini, um homem, também de 60 anos, irritado com a situação, tirou as calças após o alarme ter sido acionado pelos seguranças e a porta ter sido travada. Ainda na Caixa Econômica, desta vez na av. Paulista, um fotógrafo, depois de se desfazer do celular, das chaves, do cinto e, até da prótese dentária, tirou as calças, para provar que não estava armado. Mais radical foi o motoboy, também na Caixa Econômica, no centro de São Paulo, que começou a tirar a roupa e foi até a última peça, ficando inteiramente nú, sem que o dispositivo de segurança permitisse sua entrada. Agora, foi preso e responderá por crime contra os costumes."

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