Migalheiros 16/6/2008 Luiz Domingos de Luna "Quem sabe? Se cada ser humano tivesse a oportunidade de passear pelo os confins do universo gelado, os homens não poderiam se tornar humanos de verdade. Passeio Cósmico Entre galáxias quentes Quasares gigantes Tudo tão distante É tão diferente Não tem gravidade É uma queda de gênio Não tem oxigênio Estranha suavidade O terror da matéria Viva atrevida Não tem vida Do humano a miséria Não tem cultura Luz escuridão Alma em aflição É somente tortura O medo grita O silêncio calado No mundo gelado Sem terra e guarita Há anos, ativo. Vejo um ponto Pare uma foto. E ali que vivo Um traço obscuro Não parece uma bola A câmera giratória A terra procuro Perdido no infinito Leva-me de volta De tanta viravolta Sinto-me perdido Que tal existência Aonde vai me levar Onde queres chegar Só vejo a ausência Nos confins um grito Não sei decifrar Mas vou escutar E assim repito Um barulho estranho Parece um cano A água derramar Cadê gravidade A tua humanidade Para poder parar Vejo-me girando Eu mesmo falando Onde vamos chegar Tudo é mistério Grande interrogação È poder da matéria Ou da criação?" Envie sua Migalha