Artigo - A lógica da inocência

23/6/2008
Karen Marinho Capistrano S Locatelli

"Caro dr. Augusto (Migalhas 1.921 - 19/6/08 - "Ponderações" - clique aqui), concordo em tese com as suas palavras. Concordo com o alto grau de abuso das mídias no caso citado, tentando vender notícias sem se preocupar com a devida análise dos fatos. Contudo, talvez eu seja mediana,apesar de não crer nisso, apesar de não concordar muito com a unanimidade, desta vez, ainda, não consigo enxergar de forma contrária. Entendo que a defesa por mais bem preparada não pode impor uma tese, mesmo que essa se torne a mais branda. Pois, o homem, em sua maioria, não gosta de assumir seus erros, principalmente quando o erro é considerado crime, e crime bárbaro. Talvez o casal seja mesmo inocente, porém, os mesmos podem não o ser e assumir essa falha de conduta, torna-se uma pena maior para alguns do que passar pelo crivo de um Tribunal, um Júri composto de leigos, cuja pena, 'estrategicamente' possa ser 'nula', como no caso do Fazendeiro acusado de ser mandante do homicídio da irmã Dorothy. Ainda não tenho uma opinião totalmente formada sobre o caso, tendo a aceitar a tese da acusação pelo observado. É difícil analisar sem ter dados concretos do processo, mas sob a ótica das provas periciais produzidas e dos testemunhos já tomados tendo a compartilhar com a acusação. Cabe ressaltar, que entendo sua posição, e a considero de extrema sensatez, até porque vindo de quem vem, do nobre jurista e não mediano colega, deve ser analisada com todo respeito, mesmo não concordando com a mesma, de acordo com o já aqui exposto."

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