Inativos

23/8/2004
José Antonio, inativo

"Faz algum tempo vi e ouvi no Jornal Nacional uma notícia de decisão do Supremo Tribunal Federal danosa à minha pessoa, tomada com base em "um voto de confiança" no governo. Agora, sou expropriado mais uma vez em nome de um certo "princípio de solidariedade"! Das poucas coisas que entendo de leis, é que estas não contêm palavras supérfluas, e, espero eu, muito menos a Constituição do país as contém! Um certo senhor, ao ser sabatinado pelo congresso, confessou ter inserido de forma irregular artigos nesta mesma Constituição e ainda assim foi aprovado e nomeado. É agora este senhor Presidente do dito Tribunal, instância máxima da Justiça deste país, e vê-se uma guinada brutal, para não dizer criminosa, da Justiça em favor do Governo(?). Como ignorante que sou nestes assuntos, já que a própria língua portuguesa tem em suas palavras significados diferentes para cada profissão, que me esclareçam! Há Justiça neste país? Os tribunais dedicam-se a fazê-la ou se dedicam a seguir os ventos da política, que é o que parece estar sendo feito nas 'questões  maiores’, que atingem mais de quinhentas mil pessoas, segundo li. É o Supremo Tribunal uma tribuna onde se faz justiça ou uma mera extensão de um poder corrupto, ou pelo menos não muito bem intencionado, que se dedica a pôr "panos quentes" nas feridas do povo? O desconhecimento da lei não serve de desculpa, concordo, mesmo num país de analfabetos, que as reformas do ensino, desde 1964, só tem servido para melhorar as estatísticas, (sou professor, por força de descumprimento e contrato assinado entre o Governo e eu), para tentar manter uma mínima qualidade de vida), mas quer-me parecer que não é só a plêiade de ignorantes que desconhece a lei, ou dela abusa ou tripudia. Gostaria que algum dos competentes advogados, se possível mais de um, me respondessem a uma simples pergunta, já mencionada: que diabo de justiça é esta? Ou agora é mister da justiça fazer política, ou o que é pior, compactuar com ela? Obrigado."

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