Getúlio

27/8/2004
Alexandre Thiollier - escritório Thiollier Advogados

"A migalheira Léia A. Silveira Beraldo afirma (Migalhas 995) que a leitura de meu comentário sobre o ditador Getúlio Vargas soou-lhe de forma impositiva, como um pensamento absoluto. Pois bem, minha cara, a sua leitura está absolutamente correta, e merece nota dez! Primeiro, esclareço-lhe que minha família não tem razão alguma diferente daquelas de todos os verdadeiros paulistas para considerar esse ditador algo tão execrável quanto qualquer outro, seja  Hittler, Stalin, Mussoline, Mao, Fidel, ou aquele do Gabão, amigo do Presidente Lula, etc... Não me comove o projeto econômico do ditador Getúlio, da mesma maneira que não me emociona nenhum resultado positivo da ditadura militar, encerrada com a constituinte dita cidadã de 1988. Este tal de Vargas (várzeas alagadiças, pântano, etc.) teve apenas projetos de poder, pouco importando se o pêndulo ideológico estivesse à direita ou à esquerda. Percorreu do fascismo ao socialismo sempre assassinando, torturando. Desculpe-me a franqueza, mas ninguém faz nenhum bem a alguém quando, para atingir seus objetivos, mata e tortura, ou fere de morte a liberdade. É "quase" o caso do tal de Bush, ou não? E, cá entre nós, se o bem que você diz ter esse ditador feito aos brasileiros estiver enterrado junto com os ossos dele, ótimo, e que feda no inferno, bem ao lado de todos restos dos déspotas deste planeta. Para não dizerem que não falei de "nacionalismo", lembro a "lição" de Trotski: "Primeiro, o partido substitui a classe operária (leia-se, Partido dos Trabalhadores). Depois, o comitê central substitui o partido (leia-se, núcleo duro). E, por fim, o ditador substitui o comitê central (leia-se, o amigo daquele ditador africano)"."

Envie sua Migalha