Eleições EUA

6/11/2008
Plínio Zabeu

"Podemos ter novos tempos? 'Yes. We can'. As eleições nos Estados Unidos mostraram que sim, conforme afirmou o candidato Obama eleito com expressiva votação. As pessoas vão, com os sofrimentos e dificuldades, aprendendo a votar melhor, melhor exercer seus direitos de cidadãos. Depois de oito anos de mau governo no país mais rico do mundo, parece que o povo acordou. Nunca foi possível entender os propósitos do atual presidente americano. Interferência no ambiente (recusa de seguir um acordo internacional de não poluição), nos outros países (caso da invasão do Iraque) para destruir armas que, na verdade nunca existiram, e com isso causar um dano praticamente irreparável da economia americana e mundial. Além de milhares de mortos, tanto de americanos como de iraquianos. O ataque do terror em 2001 deveria ter outras respostas que não as simples invasões e guerras. O custo disso tudo, para o povo americano, vai chegar aos trilhões de dólares. Claro que a economia foi atingida. E, quando algo assim acontece numa nação como a americana, mesmo 'sem atravessar o Atlântico', acaba atingindo a todos nós.  Nosso governo fez pouco caso, tratou o assunto com piadas mas, finalmente, teve que se curvar diante do risco econômico e social que estamos correndo. Temos um ótimo gerente da economia, o chefe do Banco Central, que bem preparou o país para esta dificuldade. Esperamos que suas decisões não sejam bloqueadas por 'palpites', inclusive do presidente. Estamos sim com problemas sérios no setor mas, as experiências do mundo todo, a partir da derrocada de 1929, permitiram imediatas reações. Uma delas, muito importante, foi a fusão de dois grandes bancos que agora – e com um capital extraordinário, à disposição – terá condições de contribuir para evitar piores conseqüências da crise. A América do norte, com a vitória do democrata, deu uma reviravolta total. A conduta do então candidato, suas propostas, sua aparência de sinceridade e amor à Pátria e, com a vitória no pleito, fizeram nascer novas esperanças, não só para o povo americano como para todo o mundo. As reações mostradas pelos países em geral, particularmente do Oriente Médio provaram isso. Será um trabalho árduo. Ele necessitará de inteligência, conhecimentos e mesmo simpatia, para tratar dos problemas. Como um ex-segregado, seu lema atual: 'Sim. Nós podemos', sintetiza a esperança de todo o mundo. Vitória de Martin Luther King que há 45 anos lançou os pilares da mudança que parece acontecer agora."

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