Rodízio de carros

4/12/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Sem dúvida, não há como não concordar com os colegas Rodrigo Milioni e Emília Campos,  no que toca ao rodízio de carros em São Paulo. Com os seis milhões de veículos que circulam na Capital (já devem sem ser mais ) não há cidade que  agüente. Mas, o que chateia é que, no caso dos médicos, a liberação, ao que parece, foi total, de modo que todos eles estão  liberados do rodízio, como se todos estivessem sujeitos a urgências, mesmo os que somente atendem em consultórios, como advogados que atendem apenas no escritório e não costumam ir ao fórum. O mesmo, fica-se pensando, a respeito de certas especialidades médicas, como a dermatologia, principalmente a estética, o que torna difícil imaginar uma urgência que justifique isentar do rodízio um profissional que necessite aplicar botox em alguém. Ainda outro dia, indo de táxi para o meu escritório, em dia do meu rodízio, cruzei  com um carro de certo restaurante, que entregava comida por delivery, com uma placa de isenção de rodízio com a explicação que portava perecíveis, o que me fez pensar que essa não era exatamente uma urgência, já que esse negócio comercial poderia se arranjar de outra forma, assim como eu. Então, o que parece mais justo para todos é que, médicos, advogados, enfermeiros ou qualquer outra categoria deveriam sim poder contar com a análise de recursos de multas 'verdadeiros' e não esse simulacro de julgamentos que vemos em que não se analisa nada. Se houvesse a análise real das justificativas, cada um poderia justificar sua necessidade real e, justificada e aceita, a penalidade seria revogada. Afinal, somos cidadãos. E até um advogado pode ter uma urgência que justifique ter que utilizar seu veículo em dia de rodízio, sem ser penalizado."

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