Migalheiros

18/12/2008
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Sr. diretor de Migalhas, nem quebrando a cara, como quebrou, ao defender o indefensável, ele, o cidadão, procura aparecer, obviamente por vaidade 'data venia'. Quer seu nome em pauta sempre. Confundiu, como o outro, Virgem (com o M maiúsculo) com uma virgem qualquer na revista, como se fosse possível uma revista afirmar (com fidelidade) que uma figura qualquer fosse virgem. Agora diz que sou de direita. Obviamente chegou à conclusão por lucubração cerebrina. Eu provei com atos que não sou de direita. Dias após a chamada Revolução saiu um poema meu, colocado na USP, com meu pseudônimo, Régulus Ponte grande, com os seguintes dizeres: 'Foi de março, que num dia, uma corja bem vadia, do País se apoderou: salafrários da UDN, que nunca o voto solene, o povo lhes outorgou; arrolharam rádio e imprensa, pro Tio Sam pediram a benção, e a Cia abençoou etc. etc... Sim, porque eu sabia que Carlos Lacerda estava por trás de tudo, pensando em apoderar-se do País, mas que caiu do cavalo quando os militares perceberam sua intenção. Naquela época, eu corri o risco de dar com os costados no Dói-Codi, em que dei, posteriormente, por poucas horas, ao colocar-me contra o interesse do Governo Laudo Natel, imposto pela Revolução, que queria ignorar o Concurso público, em que 507 professores do Ensino Médio haviam sido aprovados como Diretores de Escola de 2º Grau, inclusive eu. A Folha de São Paulo saiu, com minha fotografia, dizendo: Afinal o Prof. Credido venceu! Por sorte, eu estava bem amparado em minha intenção, e fui solto logo, por imposição do Comandante do exército, Major Zimmer. Posteriormente, este direitista colocou-se contra o Governo do sr. Laudo Natel, impetrando uma ação, sozinho, contra a Lei inconstitucional em que ele elevou mais de 600 professores como supervisores pedagógicos, sem concurso público, tendo eu obtido ganho no STF por 9 votos a favor e 2 contra. Infelizmente, a Súmula não foi cumprida pelos desgovernos que se seguiram, de Orestes Quércia e outros, que provaram que eram todos farinha do mesmo saco. Eis porque transformei-me em neutro. Quero que o cidadão comprove, como eu, que teve ações contra a Revolução; e que não misture alhos e bugalhos, defendendo a imoralidade, como se fosse parte da democracia. Atenciosamente,"

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