Migalheiros

22/12/2008
Luiz Domingos de Luna

"Juazeiro do Norte - Fundação e Romaria

 

Correu o boato primeiro

No Vilarejo ignorado

No Cariri instalado

Do Ceará, o Juazeiro:

Um padre piedoso,

Acolhedor de peregrino,

No sertão nordestino,

De coração bondoso,

Instrutor do povo,

Desprovido e miserável.

A seca da terra arável,

O arado para o novo

De pedintes, aos sertanejos.

De penitentes à instrução,

Do trabalho a oração,

A sábia pregação,


 

No púlpito, chegou primeiro.

Assim nasce juazeiro

Do sertanejo, - A missão.

Qual era o penitente

Que não encontrava conforto

Na casinha lá do horto?

O patriarca presente,

As minas do Coxá

Para a futura messe,

A base que engrandece

A sua missão popular,

A Santa Cruz presente

No cruzeiro itinerante.

Não tem povo ignorante

Quando se planta a semente

Qual o raiar sem hino

Da harmonia ritmada.

Do Araripe - a chapada

De um povo peregrino,

O Sonho de Canaã

Jorrando leite e Mel

Nem a princesa Isabel,

Conseguiu àquela manhã.

Cícero Romão Batista, instalou

Uma nova realidade,

Juazeiro uma cidade

Que com o povo criou

 

Nasceu da fé popular,

No nordeste ganhou vida,

Do sertanejo a acolhida.

O Rezador estava lá,

A Ordem Organizada,

A Cruz que simbolizou

O patriarca aceitou

Esta grande empreitada.

Adjetivo se coloca,

Mas não se sabe a bonança.

Um povo com esperança.

Quando a cruz se desloca,

O cruzeiro vai à frente

Abrindo um novo destino

Do santo nordestino

Popular – Orador, Consciente.

Renovações cantadas,

Romarias em direção

Do sertanejo ao sertão.

Juazeiro – Em baladas

Cantai no alto da noite

O hino da Ladainha

Ao caminho, logo vinha.

Em busca de juazeiro."

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