Reforma Ortográfica

23/12/2008
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Leio em Migalhas: Reforma Ortográfica 'A frase do dia 22 de Dezembro de 2008 é emblemática (Migalhas 2.053 - 22/12/08 - clique aqui). Deveria ser encaminhada aos aventureiros de plantão. Ex: Lula, J. Serra. E não precisa mandá-la para os respectivos ministro e secretario da educação, pois estes são a imagem dos chefes. Quanto vai custar a sociedade a dita 'reforma ortográfica'? Quem precisa dela? Os cada vez mais analfabetos que estão sendo formados nas nossas escolas? - Geraldo Alaécio Galo - Guarulhos/SP'. Nos meus quase 83 anos assisti a inúmeras mudanças na nossa língua: cada vez pior, mais afastadas da verdadeira origem dela. Pelos idos de 1930, quando comecei a estudar, até começo de 40, ela baseava-se na etimologia. Aí foi caindo em desgraça no que se ouve; e agora então enfiaram os pés pelas mãos. Dizem facilitá-la. Em que? Suprimindo sinais ortográficos, juntando palavras? Falando com um ex-colega da PUC, onde nos formamos em Letras clássicas, em 1961, o cultíssimo Prof. Dr. Geraldo Lasaro de Campos ele disse-me: Somos os remanescentes da Literatura clássica. Estão apagando-a. E acrescento: O que diriam Leite de Vasconcelos, Carolina Michaelis de Vasconcelos e Serafim da Silva Neto? O que dirão os que ainda suponho vivam, o filólogo Antenor Nascentes, por exemplo? Até hoje 'data venia' não sei o porquê de tanta autoridade dos chamados imortais da Academia Brasileira de letras, para aceitar essas modificações absurdas. Se são imortais agora, vão virar mortais, mortalíssimos no futuro. Lembro-me agora de uma frase do famoso Chocolate, um humorista, representando Dona Consuelo: cala-te boca! É o que eu deveria fazer."

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