Governo Lula

20/1/2009
Aderbal Bacchi Bergo - magistrado aposentado

"Cá, tudo é muito parecido com o que acontece lá. Obama enfrentará as consequências da bolha imobiliária, que já representam trilhões de dólares. Empregados nos agentes financeiros para a compra de créditos podres que na verdade ninguém sabe ao certo quanto valem. A desvalorização dos imóveis continua e é fertilizada pela perda do poder aquisitivo dos mutuários e a Execução das hipotecas. Circula um vídeo na Internet, no qual um banqueiro é entrevistado e afirma: 'sim, a única solução é a injeção de dinheiro nos bancos para que eles se recomponham dos prejuízos sofridos com as sub-primes e possam voltar a financiar o aumento do PIB, com dinheiro público'. Cá, no governo Lula, como lá, temos também nossas bolhas. Uma delas acaba de explodir, dizendo-se o presidente-marolinha surpreso: 650 mil postos de trabalho fechados somente em dezembro último. Afirmam os 'experts' que a causa não é a somente a crise externa,mas, sim, é consequência da expansão alucinada do crédito nos últimos meses do ano passado. O consumidor endividado está comprando menos e com vendas menores a produção diminui e as empresas reduzem a quantidade de empregados. Assim é no mundo inteiro. Os lulistas querem porque querem que 'nestepaís' seja o contrário. É risível a resposta dada pelo Ministro do Trabalho ao Presidente da Fiesp: emprestamos, sim, dinheiro do Fat, cerca de R$ 2,9 bilhões, para empresas que, assim, não deveriam demitir. Contudo, ele mesmo reconhece que foram mútuos fechados desde janeiro de 2006 e com juros de 5% a 6% ao ano mais a TJLP que agora está menor, 6,25% ao ano. A veemência inicial do Ministro contra o desemprego parecia indicar que o governo Lula havia emprestado aos empresários sem encargos. A prática reiterada da má-fé causa dificuldades quando das explicações, em tentativas de continuar enganando todos o tempo todo. Outra bolha cujo estouro não tardará é a do financiamento de automotores para quem tinha somente o auto em garantia. Basta o valor do saldo devedor do financiamento começar a ultrapassar o valor de mercado do veículo. Na ganância de 'faturar', as financeiras cá agiram como as de lá que emprestaram dinheiro para morador desempregado do Alabama comprar o casebre em que residia, com valor simulado, muito maior que o de mercado. Com a diferença, o financiado engordava o PIB norte-americano. Acabou-se o que era doce, lá. Brevemente, cá. A taxa básica de juro é a caixa preta dos lulistas. Basta compará-la com as que já vem sendo fixadas desde o início da crise pelos Bancos Centrais da Zona do Euro, Inglaterra, Norte-América, Índia, Japão. Saudações,"

Envie sua Migalha