EUA

21/1/2009
Júlio Ferreira - Recife/PE

"O poeta paraibano Augusto dos Anjos, que garantiu um lugar de destaque na literatura brasileira, mesmo só tendo um livro publicado ('Eu'- desde 1919 constantemente reeditada com o título de 'Eu e outras poesias'), foi lapidar quando em poema 'Versos Íntimos', afirmou: 'A mão que afaga é a mesma que apedreja'. Agora, quando vemos o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deixar a Casa Branca com os piores índices de popularidade entre todos os ex-presidentes daquele país, nada mais pertinente do que saldar a sabedoria de Augusto dos Anjos, e recomendar que a leitura de sua obra seja recorrente para qualquer líder popular. Afinal, a história está repleta de líderes que após experimentarem índices estratosféricos de popularidade, foram paulatinamente perdendo prestígio até acabarem ostensivamente renegados pelo seu povo. O exemplo mais marcante foi Hitler, que após o naufrágio do tal 'Reich dos Mil Anos', passou ser repudiado pelos alemães, mesmo por aqueles que fanaticamente o saudavam, em manifestações monumentais, como se fosse um Deus. Aqui no Brasil, o exemplo mais marcante foi Collor, que mesmo tendo sido eleito com 'uma enxurrada de votos', após o 'impeachment', foi renegado por seus esperançosos eleitores, que inclusive passaram a ter vergonha do confirmar o voto no ex-caçador de marajás. É uma pena que Lulla já tenha confessado publicamente a sua aversão pela leitura..."

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