Refúgio

26/1/2009
Leônidas Magalhães de Alcântara

"'A Cesare o que é - ou o que for - de Cesare!' Não ousarei discordar do Prof. Dr. Dalmo Dallari quanto à fundamentação legal de sua opinião. Longe de mim e espero um dia deter conhecimento suficiente para fazê-lo (Migalhas 2.070 - 26/1/09 - "Ainda Battisti" - clique aqui)! Porém, não o farei por hora exclusivamente quanto à base legal que dá o pano de fundo de seus comentários. E só! Com a devida permissão de todos os migalheiros e, em especial, do diletíssimo Professor, nem só de pão vive o homem e nem só de Lei deve viver o profissional do Direito! Não podemos ver a coisa de forma tão dissociada a ponto de aceitarmos o que o Ministro Genro decidiu, na canetada, com uma enorme dose de parcialidade política! Confundiram um psicopata que chegava a sentir 'excitação próxima à sexual' ao ver o sangue de suas vítimas, com um defensor da causa social italiana! Um cara totalmente apartidário e desmiolado até ser preso e, na cadeia, ter sido boneco de manobra de meia dúzia de manifestantes políticos, que depois vira 'perseguido político' Tenha a santa paciência! Puxem o passado do Ministro (e não estou renunciando a anistia por ele e por outros tantos recebida) e notem bem: é tudo farinha do mesmo saco! O próprio Ministro fazia parte de uma 'ala da esquerda' (odeio esse termo) que lançava mão de atos de selvageria para defender uma pseudo liberdade e um falso socialismo que nem mesmo os seus integrantes sabiam o que era! O mesmo Ministro que assinou esse absurdo é aquele que no passado (e, se bobear, também no presente) confundia terrorisco com heroísmo político. Cometer um erro dessa proporção hoje, em que se pretende ver o Brasil cada vez mais inserido como participante de peso no cenário político internacional é, no mínimo, um tiro de canhão no próprio pé! Logo, é absolumente mandatório que alguém com o mínimo de juízo ponha o dedo nisso, dê um 'passa moleque' no Ministro e coloque, definitivamente, os pingos nos 'is'. E antes que se questione sobre o Cacciola: o banqueiro era cidadão italiano, e o Battist não é brasileiro. Portanto, não há nada que impeça, de fato, o retorno desse psicopata à bota, de onde ele nunca deveria ter saído. E mais: se não tivéssemos tamanha incompetência e falta de conhecimento jurídico ocupando pasta tão importante, nem eu, nem ninguém aqui teria perdido o tempo com essa coluna. É isso!"

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