Refúgio

28/1/2009
Alexandre de Morais

"Sobre a observação do nobre migalheiro Leônidas Magalhães de Alcântara, quero manifestar que concordo totalmente com ela. Ao que parece, existem pessoas dispostas a defender que sob o manto de suposta 'legalidade formal' devamos conviver com decisões tendenciosas e carregadas de interesses pessoais. Nem quero pensar no excelente vinho que deve ter sido tomado entre defensor e Autoridade, amigos militantes de longa data, e creio ainda que não ligam para o convívio do santo moço com nossos netos e filhos. Em resumo, uma vergonha acobertada da pretensa 'legalidade' Agora cabe mencionar ainda, especialmente aos colegas mais antigos, muitos bem mais 'idosos', especialmente aqueles que acreditam que idade é argumento de autoridade para justificar suas opiniões: A legalidade possui aspectos materiais e formais. Não basta ser formalmente bom. Precisa ser materialmente, moralmente, interessante. Assim sendo, em que pese a interpretação política apaixonada do Sr Ministro manifestada no seu despacho concessivo, tenho certeza que não interessa aos Brasileiros conviver com esse tipo de gente. Mais ainda, Caciolla nem de perto pode ser comparado ao caso, ou será que o pobre refugiado político é Brasileiro? Assim, me permito aos 40 anos afirmar que posso sim aprender com alguém de 20 e com nº da OAB/SP acima dos 200 mil, e manifesto que estou perplexo com os caminhos tomados pelo País do Futuro, dirigido por pessoas desse nipe, apoiados por intelectuais (?) que precisam deixar seus belos e confortáveis escritórios para andar nas ruas, para valorizar gente que passa mais de 5 horas por dia andando de ônibus para chegar no seu trabalho e receber seus salários de fome. Esses precisam ser valorizados! Não terroristas. Aproveitem ainda para visitar a família daqueles que morreram enquanto simples sentinelas, durante serviço militar obrigatório nas portas de quartel. Enfim, sejam minimamente Homens para conhecer a realidade do nosso povo e depois pensem em apoiar criminosos de outros Países. Saudações, sempre respeitosas até certo ponto."

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