A ausência sentida

5/2/2009
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Sr. diretor, após ler alguns comentários sobre o quê, o motivo que deixou de participar um migalheiro, houve por bem retornar as mensagens de dezembro de 2008, e lá encontrei uma que provavelmente deu 'pane' no relacionamento. Tratava-se uma notícia sobre a Virgem Maria num Jornal mexicano. Na realidade, quem deveria sentir-se ofendido deveria ser eu que, pelo fato de exprobrar a notícia, fui chamado de fascista amigo da Revolução etc.etc. Sucede que ambos os migalheiros que me atacaram não haviam entendido que eu me referia à Virgem Maria da Religião Católica, não a uma virgem qualquer. Obviamente, na discussão aproveitei o fato de atacar a liberalidade existente, chamando de liberticida quem me atacou; e exprobrei o fato de ter sido atacado, sem motivo. Não fui eu quem atacou, fui criticado e defendi-me. Na maioria das vezes eu ataco problemas judiciais e não corriqueiros, limitando-me àquilo de que realmente entendo. Há migalheiros que entendem que se tem liberdade de falar sobre tudo. Tem-se realmente; mas torna-se ridículo na minha impressão, falar-se sobre aquilo que não se está a par. Um dos migalheiros disse que eu critico tudo: não é verdade. Que eu dou uma de professor. Realmente não é estranho eu dar uma de professor, pois fui professor toda minha vida, de línguas, de  Direito; e falo de cátedra  sobre a interpretação da língua portuguesa, pois sou não só bacharel em  línguas clássicas, formado em 1961, na PUC,  como dei aulas delas,  em inúmeros colégios e até faculdade; e tenho notado a péssima interpretação de leis de parte do Judiciário, tanto que até lancei um livro sobre o assunto, sobre a interpretação. Ouço inúmeras vezes advogados criticarem o Judiciário, logo não estou sozinho. Sou sim um dos poucos que têm coragem de dizê-lo, de público, e tentar provocar atitudes do Legislativo a fim de corrigir o que  vejo errado no nosso sistema judiciário estimulando advogados e a OAB a reagir contra a subserviência, não só  deles, mas dos demais Poderes ao Judiciário, que é mais que latente.  Disseram-me até que eu não respeito autoridades. Respeito-as, desde que mereçam ser respeitadas. Não as respeito pelo nome; mas pelas atitudes. Não é porque fulano falou que está falado, porque tem títulos, em se sabendo como títulos são alcançados no Brasil. Revi aquilo que pode ter causado problemas; mas isento-me de culpa; porém peço desculpas pela má interpretação dada às minhas intenções, pois a única intenção é conseguir Justiça, na acepção da palavra. Atenciosamente,"

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