Governo Lula

6/7/2009
Aderbal Bacchi Bergo - magistrado aposentado

"Segundo preleciona Celso Ming, Lula está vendendo o novo pacote de bondades como sendo providências para reduzir estragos produzidos pela crise mundial. Contudo, trata-se de uma tacada eleitoral que vai custar R$ 10 bilhões em renúncias tributárias e outras consequências. Indica que desistiu dos fracassados PAC e pré-sal. Indica que não quer deixar janelas abertas a pedradas da oposição em 2010 e por isso busca reacelerar o setor produtivo. Contudo, o pacote não reduz o 'custo Brasil' porque são concessões de favores temporários. No 'custo Brasil' somam-se as centenas de milhares de cabides de empregos para os 'cumpanhero' aloprados dos lulistas, sem embargo de outras despesas abomináveis, como os famosos cartões de crédito funcionais, etc. etc. O que acontecerá com o mercado de veículos e aparelhos domésticos quando acabarem as isenções e reduções de IPI? Ademais, Lula ataca os países ricos por práticas desleais de subsídios, que é o que ele vem realizando 'nextepaíz'. A preferência por 'soluções' setoriais ao invés de estruturais com certeza embasa-se na facilidade ou impossibilidade da prática do 'toma lá, dá cá'. Se o governo concede diminuição de alíquotas da parte patronal do INSS e ou do COFINS, por exemplo, não encontra a Ambev, a Febraban, para uma 'interação' como representantes dos beneficiários. Política econômica estrutural pressupõe o predomínio da boa fé dos governantes. Como a indústria automobilística comemora seu melhor ano de vendas da história, o pacote elegeu o beneficiário errado em razão de ser o xodó da atual república sindicalista. Se o setor está 'tinindo', por que beneficiá-lo com mais redução de impostos? De outro lado, o restante da indústria paulista vai afundar em queda de produção de 7,5%. O superávit primário corre o risco de esvair-se e a dívida publica voltou a empinar em relação ao PIB, retornou aos 40%. Essa política econômica eleitoral pode decair para o populismo e para alguma forma de vale-tudo. Digo eu que a compreensão das reais intenções da maior parte dos lulistas depende de que tenhamos sempre em mente que, na grande maioria das ações deste desgoverno, prepondera enorme má-fé no trato da coisa pública. Não se trata de presunção, mas, sim, de não nos esquecermos dos antecedentes que eles já exteriorizaram, à exaustão, tanto no Executivo como no Legislativo e que a Imprensa vem noticiando desde 2003. Como, por exemplo, a Denúncia oferecida pelo Exmo. Procurador Geral da República com relação ao emblemático número '40' de amigos aloprados do Lula. Saudações,"

Envie sua Migalha