Sarney

"Dois pesos, duas medidas! Naquilo que interessa, valem as opiniões acaloradas, afastadas que estão da frieza da letra da lei. Vide exemplo da quebra das patentes do Tamiflu: cogitou-se que o interesse privado e o amor ao capital seriam as únicas justificativas para a proteção legal da patente do medicamento, detida por sabe-se lá qual empresa, controlada sabe-se lá por quem. Isso aí foi um comentário absolutamente ajurídico, tudo bem, mas é que... E ainda se reproduz matéria sabe-se lá por quem escrita e publicada sabe-se lá onde, sendo usada para suscitar sabe-se lá o que, pra quê, do tal remédio. Tratava-se de mera reprodução da indigitada matéria jornalística anônima, contrária ao regime imperialista neocapitalista, se bobear defendendo o interesse geral da coletividade que... Até aí, tudo bem! Ainda existem aqueles fãs de Che, de Stalin, de Fidel, e que dizem que ainda têm alma vermelha, apesar dos pesares. Mas vejam vocês que interessante: é jurídico e é constitucional tecer um punhadão de bravatas para defender justamente os integrantes da corriola lulista (e só dessa corriola), ainda que sejam integrantes recém chegados de partidos historicamente opostos e reconhecidamente oportunistas. Partidos (personificados por seus integrantes) que historicamente se colocavam à direita da própria direita, mandando às favas aqueles que precisam de um pouco mais de atenção governamental. Partidos compostos por coronéis que entraram absolutamente pobres na política ainda nas décadas de 50 e 60 e que hoje são absurdamente abastados (e nada abestados, 'visse'?). Partidos que permitem manobras que causam confusão até ao comandante em chefe dessa nau chamada Brasil, referindo-se ao Senador pelo Amapá que na verdade representa o Maranhão. Que enorme contradição a sua, não, sr. Olavo? Sem prejuízo do conteúdo interessante e elucidativo de muitas das suas migalhas, esses seus 'repentes petistas' (ou comunistas, socialistas, tarso-genristas, sarneystas, colloristas, ...istas, etc, como quiser, e 'nada realistas!', que é o que importa) refletem do sr. uma imagem absolutamente incoerente - e isso o professor não é! E antes que eu me esqueça, qualquer pessoa em sã consciência deveria ter vergonha de tecer qualquer comentário para aliviar a barra do Sarney, dos seus Diretores no Senado e dos outros tantos que passaram por aquela verdadeira casa da mãe Joana, tenham eles sido corruptos ou simplesmente omissos. É como penso. Atenciosamente,"