Sarney

5/8/2009
Rubens Eduardo Bianchi - estudante de Direito em SP, 59 anos

"Vendo tudo o que foi postado até agora, tudo isso que vocês tanto discutem, impossível não lembrar do trecho de uma canção de autoria de Chico e de Gil, que, puxando pela minha memória, é mais ou menos assim:

 

'Como é difícil acordar calado

Se na calada da noite eu me dano

Quero lançar um grito desumano

Que é uma maneira de ser escutado

Esse silêncio todo me atordoa

Atordoado eu permaneço atento

Na arquibancada pra a qualquer momento

Ver emergir o monstro da lagoa

 

De muito gorda a porca já não anda

De muito usada a faca já não corta

Como é difícil, pai, abrir a porta

Essa palavra presa na garganta

Esse pileque homérico no mundo

De que adianta ter boa vontade

Mesmo calado o peito, resta a cuca

Dos bêbados do centro da cidade

 

(...)

 

Pai, afasta de mim esse cálice

Pai, afasta de mim esse cálice

Pai, afasta de mim esse cálice

De vinho tinto, de sangue'

 

Alguém quer dizer alguma coisa a respeito disso?"

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