Sarney

10/8/2009
A. Cerviño - SP

"Amigo é pra essas coisas

 

Paulo Duque - Salve!

José Sarney - Como é que vai?

PD - Amigo, há quanto tempo!

JS - Um ano ou mais...

PD - Posso sentar um pouco?

JS - Faça o favor

PD - A vida é um dilema

JS - Nem sempre vale a pena...

PD - O que é que há?

JS - Querem acabar comigo

PD - Meu Deus, por quê?

JS - Nem Deus sabe o motivo

PD - Deus é bom

JS - Mas não foi bom pra mim

PD - O poder um dia chega ao fim

 

JS - Triste

PD - É sempre assim

JS - Eu desejava um trago

PD - Garçom, mais dois

JS - Não sei quando eu lhe pago

PD - Se vê depois

JS - Estou desesperado

PD - Você está mais velho

JS - É

PD - Vida ruim

JS - Você está bem disposto

PD - Também sofri

JS - Mas não se vê no rosto

PD - Pode ser...

JS - Você foi mais feliz

PD - Dei mais sorte mas foi por um triz.

 

JS - Pois é

PD - Vivo bem

JS - Pra frente é que se anda

PD - Como é que vai a neta?

JS - Você se lembra dela?

PD - Não

JS - Lhe apresentei

PD - Minha memória é fogo!

JS - E o l'argent?

PD – Pego amanhã

JS - Que bom se eu morresse!

PD - Prá quê, rapaz?

JS - Talvez eles sofressem

PD - Vá atrás!

JS - Na morte a gente esquece

PD - O Amapá talvez lhe traga paz

 

JS - Adeus

PD - Toma mais um

JS - Já amolei bastante

PD - De jeito algum!

JS - Muito obrigado, amigo

PD - Não tem de quê

JS - Por ter-me absolvido

PD - Amigo é p’rá essas coisas

JS - Tome um cabral

PD - Sua amizade basta

JS - Pode faltar

PD - O apreço não tem preço.

JS - Eu vou pro Amapá!

Com a licença do Aldir Blanc,"

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