Leitores

"Cangaço judiciário"

21/2/2005
Marcio Yanaguimoto - Banco Itaú S.A

"As pessoas têm se deixado levar pela emoção em casos como o do promotor Thales Ferri Schoedl. Realmente é difícil permanecer imparcial a uma situação tão chocante quanto àquela acontecida em Riveira de São Lourenço, principalmente quando se é alguém de convívio próximo, seja qual for o grau de parentesco ou afinidade. Por isso, são compreensíveis os comentários e julgamentos dos mais variados, a maioria tendente a trazer do passado a Lei de Talião. Tal situação, contudo, só é admissível se parte daqueles que não conhecem o Direito. Dos operadores, espera-se ao menos o senso devido de justiça. O Direito Processual Penal se satisfaz muito com as provas produzidas, e quem está "fora" dos autos ou pouco sabe ou em muito se precipita. O caso da Escola Base é o mais famoso deles. O episódio ocorreu em 1994, quando uma acusação falsa da mãe de um aluno acabou caindo nos ouvidos de um delegado imprudente, criando um clamor que levou um desembargador a decretar a prisão de dois casais ligados à escola. Com o término do inquérito policial do “caso Escola Base”, evidenciou-se a insuficiência de instrumentos a comprovarem as alegações quanto à prática de crime sexual. Assim, o porteiro da instituição de ensino, Maurício Alvarenga e os proprietários da mesma, Icushiro Shimada e Aparecida Shimara, através de advogado em comum, acionaram o delegado responsável pelo caso e o Estado de São Paulo. Foram vencedores tanto no juízo criminal como no civil. O julgamento proferido pelo TJ, por mais estarrecedor que possa parecer, foi correto. No momento, é inviável examinar o mérito da ação penal, pois a discussão gira em torno da prisão processual. Uma vez existentes os pressupostos, não há outro jeito senão concedê-la."

21/2/2005
André Franco Montoro Filho

"Parabéns Adilson Abreu Dallari. Você expressou com o seu brilhantismo jurídico o que um simples economista, como eu, sente em referência ao caso do promotor de Justiça e da decisão do TJ/SP (Migalhas 1.109 - 17/2/05 - "cangaço judiciário")."

21/2/2005
Emerson José do Couto

"A defesa desempenhou muito bem o seu papel, é notório! Uma dúvida, contudo, persiste: se não estivesse armado, o franzino Promotor teria retrucado aos deselegantes gracejos proferidos pelas vítimas, que além de muito mais fortes que ele estavam em grupo? Há ocasiões que, mesmo com razão, o silêncio é a melhor resposta."

21/2/2005
Herivelton Vieira

"Discordo do comentário do migalheiro Roberto Contreras (Migalhas 1.110 - 18/2/05- "cangaço judiciário"), quando este afirma que bandidos que matam, quando capturados ficam presos e autoridades são liberadas, citando como exemplo os casos do ex-promotor Igor Ferreira da Silva e Thales Schoedl. O ex-promotor Igor foi condenado a 16 anos e 4 meses de prisão, embora esteja foragido, já o promotor Thales Schoedl, teve o pedido de liberdade concedido porque a lei assim permite, se há algo errado é com a lei que deve ser mudada, deve-se mudar o CPP, mas, não podemos distinguir quem deve ou não receber os benefícios previstos em lei, e que é extensivo a todos aqueles que cumprem os requisitos legais para terem tais direitos. Além disso não é verdade que estes benefícios são concedidos somente a autoridades, existem nas comarcas milhares de casos de pessoas que cometeram homicídios e estão respondendo seus processos em liberdade."

21/2/2005
Peterson Santilli - Advogado de Rio Claro, SP

"Peço ajuda aos leitores deste conceituado informativo. No caso do Promotor de "justiceiro", ops, desculpa, de Justiça, a desclassificação do crime, de homicídio qualificado para homicídio simples, não cabe recurso de apelação embasado no disposto no inciso II do artigo 593 do CPP, por tratar-se de decisão definitiva, ou com força de definitiva. Vale ressaltar que, não podemos abandonar nossos princípios. Ou seja, não concordo com o alvoroço provocado pela liberdade provisória deste promotor, até porque este o faz jus. Contudo não posso concordar com a decisão de desclassificação do delito, sem qualquer tipo de revolta, principalmente de quem conheceu a família da vítima. Lembro a este informativo que o pai da vítima vestiu com muito respeito e dignidade a camisa da seleção brasileira de basquete, jogando muitos anos na cidade de Rio Claro, quando esta tinha o melhor time de basquete do Brasil."

22/2/2005
Mário Henrique Ditticio - advogado do ILANUD

"Acalorados debates têm suscitado o caso do promotor Thales Ferri Schoedl. Uns criticam a postura do TJ/SP; outros defendem, dizendo que o tribunal somente aplicou a lei. Certamente o TJ/SP aplicou (e bem) a lei neste caso. A questão é: por que só nestes casos a lei é aplicada? Tente um reles mortal conseguir com que, já no ato de recebimento da denúncia, o magistrado desclassifique um homicídio qualificado e conceda a liberdade provisória a um pé rapado que mate alguém, em idênticas circunstâncias, em um boteco qualquer da periferia. O problema é que somente alguns poucos cidadãos têm a proteção da lei."

Abundante patente

24/2/2005
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC Patentes e Marcas Ltda

"Bumbum brasileiro atravessa fronteiras - A última revista Playboy (Fevereiro/05) traz matéria acerca do cirurgião plástico Antony Griffin, dono de uma clínica luxuosa em Beverly Hills. A notícia informa que "patentearam" a bunda brasileira, à qual ele batizou, carinhosamente, de Brazilian Butt Lift. O método de Griffin, esclarece a reportagem, consiste na retirada de gordura de algumas áreas do corpo, como a parte inferior da coluna, para injetá-la no Bumbum. Se isso foi patenteado nos EUA, é difícil saber sem uma busca no sistema americano de propriedade intelectual. No Brasil, isso não seria possível, já que o art. 10, VIII, da Lei 9.279/96 (Lei da Propriedade Industrial) dispõe que:

"Art. 10 - Não se considera invenção nem modelo de utilidade:

(...)

VIII - técnicas e métodos operatórios, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal;"

Agora é que são Elas

25/2/2005
Sérgio Roberto Maluf, advogado - OAB 37.863/PR

"O IBGE divulga que as mulheres continuam a aumentar sua participação na PEA (População Economicamente Ativa). Por isto, é certo, nos 15 informativos Migalhas de fevereiro, premiadas, com livros elas foram em 8 dias. Eles, varões, apenas em 7. Passam - elas - a ser "a pedra de segurança dos valores que vão desmoronando". Pelo sim, pelo não, já aprendi a cozinhar. Tempos rudes. Falta bem cerzir e passar!"

26/2/2005

Nota da Redação - Pelo sim pelo não, se o informativo é o Migalhas o que vale nele são as migalhas. Como se vê, aqui também elas dominam.

Ajuda

Amazônia

23/2/2005
Claudio Bernardes

"Senhores... estou inconformado com o rumo que a imprensa brasileira e o governo estão tratando o caso da Missionária Americana no Estado do Pará. Estas entrelinhas influenciadas pelos EUA estão somente definhando a imagem da Amazônia. Após tudo isso, será que vão falar que para restabelecer os direitos humanos na Amazônia seria necessária uma intervenção internacional??"

Burocracia

24/2/2005
Paulo Werneck

"Sou servidor público e, apesar de ver com alegria um trabalho denunciando a burocracia - coisa que venho fazendo em minha coluna semanal há tempos -, principalmente cobrando ação dos interessados, até hoje super passivos, como posso testemunhar no meu dia-a-dia, noto que o preconceito contra o servidor público está presente, como um lugar comum. O autor do texto "O exercício da advocacia frente aos emaranhados burocráticos: porque a superação é crucial" (Migalhas 1.112) aceita como favas contadas 14 salários (não os tenho), impedimento para uso da inteligência (há certa dificuldade, mas não impedimento, e iniciativas muito criativas afloram aqui e ali), mas principalmente um descaso da sociedade e das suas lideranças para com o serviço público, como se este pudesse ser suprimido. Assim a quantidade imensa de cargos de livre nomeação não é contestada, antes aceita como solução, trazendo problemas de apadrinhamento e falta de competência específica; a falta de políticas de cargos e salários, de políticas de avaliação é ignorada, fazendo com que praticamente inexista a progressão por mérito, que deveria ser a base do serviço público. Treinamento usualmente é inexistente ou administrado sobre questões de menor importância. Finalmente, é até difícil encontrar um advogado que saiba seus direitos e os direitos dos seus clientes ao buscar resolver os problemas deles nas repartições: por isso apelam para o jeitinho ou para o blá-blá-blá, ignorando suas prerrogativas e pouco se diferenciando dos particulares sem qualquer conhecimento jurídico. Atenciosamente,"

Cartoon

Convite

Direto ao ponto

21/2/2005
Schubert de Farias Machado - escritório Machado Advocacia Empresarial

"Muito se tem discutido sobre a MP 232, com ênfase para a resistência contra o aumento dos tributos. Manifestamos nossa maior preocupação, contudo, com a preparação de um ambiente propício à cobrança ilegal dos tributos, o que consideramos muito mais grave. O fim do recurso para o Conselho de Contribuintes, com a inscrição do suposto débito em Dívida Ativa da União logo após o julgamento de primeiro grau (MP 232). A presunção de fraude na alienação de patrimônio que venha a ocorrer depois de inscrito o débito em Dívida Ativa e a determinação para o Juiz tornar indisponível o saldo de contas bancárias (LC 118). Essas providências em conjunto podem levar uma empresa a pagar o indevido apenas para evitar a quebra. É uma violência contra o cidadão que não se justifica, nem mesmo com a frágil alegativa fiscal de que existem sonegadores (clique aqui)."

Estatuto da criança

Gramatigalhas

25/2/2005
João Batista

"Quanto ao uso de "mesmo" no lugar de pronome, gostaria de acrescentar que, no caso da "lei do elevador", acredito que o texto ficaria, além de correto, mais simples e elegante assim: "Antes de entrar, verifique se o elevador está parado neste andar" (clique aqui)."

25/2/2005
Ruth Rodrigues Mendes

"Eu gostaria de saber qual é a diferença entre "juiz" e "juízo". Juiz é fácil, mas juízo tem algumas aplicações estranhas ao significado literal da palavra. Ex.: Juízo estadual substituto."

25/2/2005
Conrado de Paulo

"Prof. José Maria, donde vem o termo "piti"? Seria de pit bull? O significado, de fato, seria entrevero? Grato pela atenção!"

Hábitos e hábitos

21/2/2005
Alexandre de Macedo Marques, advogado

"Ontem, após a leitura do Migalhas 1.110, enviei para o "Migalhas dos Leitores" comentário sobre o escrito do sr. Abílio Neto. Sugeria que fosse criada uma subseção denominada "Migalhas Pé na Jaca" para acolher coisas destemperadas como alguns trechos bacamarteanos da nota do sr. Abílio. Depois de flagelar, e com razão, os 300 picaretas que conduziram o "Severinão" à presidência da Câmara o distinto "enfiou o pé na jaca" e mandou estultas preciosidades como as que transcrevo: 

"... (Severino) defendendo bandeiras contra o aborto, cenas de sexo na TV e união de pessoas do mesmo sexo, Cavalcanti passou a ser ídolo (sic) de setores da Igreja brasileira e de Roma...chegando a ser recebido pelo Papa João Paulo II que lhe deu as suas bênçãos." 

É claro que tais afirmativas têm um contexto tão alienado que não merecem a piedade de uma contradição. Mas fazem jus a um reparo. Será que o sr. Abílio é favorável ao sexo na TV, ao aborto e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo? Se o for, parabéns valente exemplar dos "modernos", vá em frente e seja feliz. Mas misturar alhos com bugalhos é desrespeitar o alto nível de cultura e discernimento da maioria esmagadora da notável classe dos migalheiros que presumo católicos. Não sei qual a idade, a formação e a confissão que professa o ilustre Abílio. Mas o que escreveu é estulto."

22/2/2005
Abílio Neto

"Dr. Alexandre Marques, foi com muito prazer que li o que o senhor escreveu, pois não pense que me ofendeu, mas o fez sim, em relação à jaca, a qual mole ou dura, é uma fruta deliciosa. Produzir migalha com o título de "pé na jaca" é bem mais honroso, no meu modesto entender, do que se fosse "migalha pé no fundamentalismo político-religioso", como me parece ser aquela sua migalha sob o título de "Indenização Cony" que abaixo transcrevo:

"Também fiquei indignado com a indenização e aposentadoria concedida ao escritor e jornalista Carlos Heitor Cony como "vítima do regime militar". Agora, se verdadeira a informação do migalheiro Gilberto Job que dois editoriais da autoria do jornalista originaram o movimento que pôs fim à bagunça esquerdo-janguista-populista, acho que o jornalista-escritor merecia mais."

Da análise do escrito resulta que o que parece imoral para a imensa maioria dos migalheiros, uma aposentadoria de quase vinte mil reais mensais a um falso anistiado, o senhor a defende dizendo que Cony merecia mais porque na época escreveu preciosidades que combinavam com as suas convicções políticas. Estudei em escolas pé-de-escada, mas lá me alertaram que é feio defender farra com o dinheiro público. Como sei que o senhor é um homem probo, só posso entender que aquele escrito também foi fruto de alguma destemperança verbal igual àquela que o senhor diz que tive, pois do contrário passaria a defender também a "entidade filantrópica" de Severino Cavalcanti em João Alfredo, Pernambuco, a qual recebe transferência de dinheiro público pra que ele faça pose de caridoso. Quanto ao que escrevi ser considerado imbecil (e que não merece nem a piedade de uma contradição), esclareço que tudo é fruto de uma formação pé-de-chulé e de uma cultura que cabe numa caixa de fósforos. Por este motivo, profissionalmente, sempre estive quase que com o pé no brejo. Deste modo reconheço que as minhas inserções nesse valoroso espaço que é o Migalhas acontecem em função de uma coisa bastante simples que aprendi quando comecei a ler o rotativo: este é um ambiente democrático onde não é adotada a corrente do pensamento único, felizmente. Aqui todos falam: pretos, brancos, ricos, pobres, intelectuais (feito o senhor) e incultos (como este pobre migalheiro). Mas tenho ainda a acrescentar que mais contraditória do que eu, é a Igreja de Roma, pois o Sumo Pontífice vive a pedir perdão (aos judeus, às vitimas da Santa Inquisição, etc). Acho estranho que quem ontem levantou bandeira pedindo a expulsão de padre considerado progressista, mas de qualquer forma um representante da Igreja, hoje receba as bênçãos de Sua Santidade. Quanto ao deputado Severino Cavalcanti, chamado intimamente pelo senhor de "Severinão", aquele carola vê como se fossem cenas de sexo na TV, beijo na boca, rebolado de mulheres tipo Sheila Carvalho, Globeleza, madrinha de bateria de escola de samba e coisas do gênero. Não foi à toa que é o autor do projeto de lei chamado Carla Perez. Se lhe interessar minha opinião sobre o aborto, naqueles casos em que a Igreja bate o pé contra (bebê sem cérebro, estupro), sou favorável. No que tange a união de pessoas do mesmo sexo, se a Igreja Católica a permitisse, talvez fosse diminuído o número de padres pedófilos, porque o que tem de padre bicha não está no gibi. Para finalizar, o senhor até colocou palavras no meu texto que eu não escrevi. Sou inculto sim, mas não doido a ponto de dizer que trezentos picaretas elegeram Severino, isso é coisa sua. No mais doutor, não vou lhe dizer a minha idade porque apesar de interessado em um emprego para complementar a minha renda, somente vou bater à porta de alguém mais tolerante com os intelectualmente prejudicados. Aceite a minha saudação pé-de-chinelo."

23/2/2005
Alexandre de Macedo Marques, advogado

"Depois de ler, com atenção devida e respeito merecido, todo o verboso arrazoado do ilustre colega migalheiro Abílio Neto, continuo insistindo na idéia de um espaço específico para um certo tipo de migalhas. Só que, ampliando sua abrangência, sugiro um novo título: "Migalhas Pé na Jaqueira"."

23/2/2005
Abílio Neto

"Encerro essa pendenga
Do contrário, viro réu
Botando o pé na jaqueira
Sinto não estar ao léu
Nessa peleja do diabo
Contra o dono do Céu."

Juízes e advogados

21/2/2005
Paulo Ubiratan

"O conceito que os juízes em geral têm de si mesmos certamente não coincide com o da maioria da população. Isto não é novidade. Depois que o jovem termina um curso de Direito e decora códigos e leis para tornar-se juiz, acha que virou um ser olímpico para o resto da vida. A novidade é que os que não conseguiram decorar tudo e permaneceram advogados também, felizmente não a maioria, imaginam-se acima dos demais mortais, metendo-se em um corporativismo ferrenho e por vezes em arrogância desmedida. Um pouco de humildade e bom senso faria muito bem a todos."

Juros

24/2/2005
Aderbal Bacchi Bergo - migalheiro, ex advogado, ex Juiz de Direito, ex crédulo

"(Migalhas 1.113 – 23/2/05 - “Lucro recorde”) O Itaú alcançou em 2004 o maior lucro da história do sistema financeiro no país. O ganho foi de R$ 3,775 bilhões, um aumento de 19,8% em relação a 2003.


Digo eu, migalheiro, em Migalhas dos leitores:

É para isto que os juros sobem e o superávit primário não é nem de leve suficiente para pagar os juros da dívida interna do país, que  por isto somente aumenta de valor. Todos sabem que os bancos aplicam quase toda sua disponibilidade em títulos da dívida pública, emitidos pelo Banco Central, que através o Copom aumenta, em suas reuniões mensais, os juros que paga aos banqueiros. Foi tudo isto que o PT se comprometeu a não permitir... nos palanques!!! Faltam recursos para tudo no país, menos para pagar juros aos banqueiros! Você que é petista, indago o que você está fazendo de concreto para combater esse vergonhoso entreguismo que o governo de seu partido está praticando, e que o anterior já executava, porém sem pretender ser a virgem da casa de massagens, sem alardear que era modelo para todas as virtudes. Penso que você se convenceu de que tem três coisas na vida que a gente faz uma vez só: nascer, morrer e votar no PT. Assim espero, após a eleição de Severino!!!"

Magistrados e mestres

21/2/2005
Paulo Werneck

"Com relação a "Magistrados e mestres" (Migalhas 1.110 - 18/2/05), mal arranho o Direito Administrativo, mas me parece que os juízes não podem exercer senão outro - e único - cargo ou função PÚBLICO como professor, não permitindo assim acumulação de proventos. Ora, se o juiz quiser trabalhar como chef aos domingos num restaurante, ou ministrar aulas em diversas universidades particulares, não estará exercendo nenhum cargo ou função, pois isso seria emprego assalariado (ou não) particular. Atenciosamente,"

Menos mal

21/2/2005
José Roberto Amorim Tupy

"Caro redator chefe, o Sr. tem deixado que os migalheiros esmigalhem o Severino Calvacanti, mas não tem olhado para o outro lado da moeda. Caso o resultado na eleição da câmara fosse outro, o MST e seus clones já teriam declarado que o redator chefe é improdutivo e já teriam invadido o espaço de Migalhas e esmigalhados todos os participantes. Claro que Severino é na verdade representante dele mesmo, mas o adversário é representante do MST. PCC. FALANGE. Comando Jacaré e todos os clones de banditismo travestidos de movimento social. De maneira que ficamos assim: Prejuízo pouco é lucro. Atenciosamente,"

23/2/2005
Cláudio Bueno Costa - OAB 11087

"Estou de pleno acordo com o migalheiro José Roberto Amorim (Migalhas 1.111). A eleição do deputado Severino Xique Xique foi, dos males o menor. A eleição do candidato do PT certamente iria levar o Brasil a seguir os passos de Fidel e Hugo Chaves."

Migalhas de peso

21/2/2005
Marcus Garini

"Excelente o artigo de Rogério Pires da Silva - do escritório Boccuzzi Advogados Associados (Migalhas 1.109 - 17/2/05 - Embaraços no desembaraço aduaneiro - Clique aqui), eis que aborda perfeitamente os aspectos prejudiciais constantes da IN 228/02."

21/2/2005
Álvaro Scriptore Filho

"Dr. Walter Douglas Stuber, do escritório Stuber - Advogados Associados, parabéns pelo trabalho com relação às dúvidas da PPPs (Migalhas 1.110 - 18/2/05 - PPP - Clique aqui). Cordialmente."

23/2/2005
Manoel Guimaraes

"Há que mencionar ainda que por vezes o STF foi de tal forma desfigurado por Ministros indicados pelos Governos Militares, que o Tribunal tornou-se seguidor cordato da vontade dos generais de plantão. Como, por exemplo, no julgamento do pedido do MDB de que o Procurador da República levasse adiante a representação de inconstitucionalidade contra o ato que determinou a censura prévia da imprensa. (Migalhas de peso – “O STF e o Executivo” – clique aqui)."

23/2/2005
Mário Henrique Rolim

"Aguardei alguns dias para ver o que diriam meus colegas criminalistas sobre o artigo "Ocean's Forty" (clique aqui), escrito pelo migalheiro Adauto Suannes. Nada. Isso me lembra quando ele, juiz ainda, apresentou num certo congresso de juristas a tese segundo a qual o advogado deveria estar presente ao interrogatório do réu. Foi esnobado por um ilustre processualista do Rio de Janeiro, que o chamou de "ingênuo". Cerca de 20 anos depois sua tese (que pode ser lida na RT) foi convertida em artigo de lei. Deveremos esperar 20 anos para os criminalistas se darem conta de que "ressocialização" e outras fantasias só servem para desmoralizar o Direito Penal?"

24/2/2005
Gilbert Ronald Lopes Florêncio - servidor da JT mineira

"Com o devido respeito, discordo do entendimento da Dra. Márcia Eliane Fontana, do escritório Rodrigues Jr. Advogados (Migalhas 1.113 - 23/2/05 - "A Emenda Constitucional n°45/2004 amplia a competência da Justiça do Trabalho" - clique aqui), principalmente quando diz que "toda e qualquer ação oriunda do trabalho humano" será da competência da Justiça do Trabalho. Certamente os casos de prestação de serviço, conforme previsão do Código Civil (arts. 593 a 609), não serão objeto de apreciação do Judiciário Trabalhista. Senão vejamos: um profissional liberal que prestou serviço defeituoso poderá ser demandado na JT? Não, há aí relação de consumo, não de trabalho. A recíproca é verdadeira, não tendo recebido seus honorários, o profissional liberal não teve relação de trabalho com seu cliente, mas apenas prestou-lhe um serviço, contrato tipicamente civil. Caso contrário, imaginem, v.g., se um encanador, um eletricista etc, por um determinado serviço prestado, resolver demandar na JT... é o decreto da morte da JT, que perderá seu diferencial, que é a celeridade, tornando-se tão morosa e sucateada quanto a justiça comum - estadual ou federal. Isso, sem mencionar que depois da EC 20, a JT passou a ser de fato órgão arrecadador do INSS, ou seja, um Poder da República subordinado a uma autarquia incompetente e desorganizada; subordinada sim, pois mensalmente tem que a ela prestar contas das arrecadações."

24/2/2005
Rafael Leonardo Berna Sanabria – escritório Lima Lopes Advogados Associados, advogado especialista em Direito do Trabalho e Direito Empresarial pela FGV, militante em Curitiba/PR

"Em que pese o bom artigo apresentado pela colega Dra. Márcia Eliane Fontana (“Migalhas de peso - A Emenda Constitucional n°45/2004 amplia a competência da Justiça do Trabalho – clique aqui), discordo em um ponto crucial, qual seja, que a Justiça do Trabalho passa doravante a ter competência para julgar ações decorrentes de Servidores Públicos submetidos ao regime Estatutário. Isto porque, os servidores estatutários seguem outros princípios, que não os do Direito do trabalho, todavia sim, do Direito Administrativo, que diferencia-se amplamente da relação de trabalho e emprego firmado entre os particulares. Desta forma, entendo que neste ponto, não há qualquer modificação e ou ampliação de competência para a Justiça do Trabalho, que possui competência apenas para julgar conflitos de servidores públicos municipais celetistas, pois estes estão arraizados nos conceitos e princípios provenientes do direito do trabalho e normas aplicadas pela CLT. De toda sorte ao fim de afastar qualquer dúvida quanto ao tema, está a liminar de 27/1/05 concedida na ADI nº 3395-6, interposta pela AJUFE - Associação dos Juízes Federais que assim dispõe "A não inclusão do Enunciado Acrescido pelo SR em nada altera a proposição jurídica contida na regra. Não há que se entender que a Justiça do Trabalho, a partir do texto promulgado, possa analisar questões relativas aos servidores públicos". Obrigado pela oportunidade, deixo aqui meu posicionamento."

MP 232

No trânsito...

21/2/2005
Wilson Silveira - Newton Silveira, Wilson Silveira e Associados - Advogados

"Meu escritório fica na Av. Paulista, defronte ao MASP. Na última quinta-feira, saí de lá às 18h30 e levei 2h30 para chegar à minha residência, no Morumbi. No caminho, especificamente lá pelas 20h30, fiquei pensando no extintor de incêndio dos carros, que ninguém usa mas somos obrigados a comprar e manter em ordem. Daí, meu pensamento voou para trás, para aquela época em que fomos, também, obrigados a equipar nossos carros com aquela caixinha de primeiros socorros (que por certo socorreram os fabricantes delas e quem deu a idéia daquilo). Finalmente, já há duas horas no trânsito, sem qualquer movimento perceptível, do alto dos meus 62 anos (e talvez principalmente por isso), concluí que para o trânsito de São Paulo, o equipamento efetivamente necessário seria um bom e velho penico..."

Pacote verde

23/2/2005
José Henrique Nunes Paz – advogado – Brasília/DF

"Sobre a migalha “Pacote verde” (Migalhas 1.110 - 18/2/05), forçoso dizer que “precisou morrer gente ‘estrangeira, capaz de abrir espaço nos noticiários’ para que o governo interviesse na situação”. Infelizmente, há muito tempo gente nossa - índios, camponeses e garimpeiros - morre praticamente todos os dias, em conflitos envolvendo terras e riquezas naturais, e, até então, isso parece não ter despertado a preocupação do poder público."

Prefeitura de Campinas

21/2/2005
Moacyr Castro

"O que é isso!? Espero que os portentosos próceres de Migalhas se manifestem (publicamente) a respeito deste fato que acaba de acontecer na outrora honorabilíssima cidade de Campinas. Só confio no que os senhores disserem. Atenciosamente,

O prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) contratou como assessora da Secretaria Municipal de Finanças uma advogada que move cerca de 300 processos contra a Prefeitura de Campinas. A portaria da nomeação de Maria Odete Ferrari Pregnolatto foi publicada anteontem no Diário Oficial do Município (DO). Dois vereadores integrantes da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal avaliaram como "contraditória" e "melindrosa" a contratação. Maria Odete é tida como uma das advogadas mais experientes sobre questões tributárias. Entre as ações judiciais contra a Prefeitura, estão processos que questionam o valor venal e enquadramento de imóveis no lançamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e também alíquotas do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). "A minha posição contra estas questões continuarão as mesmas. Porém, o meu cargo é técnico. Ou seja, vou dar parecer apenas sobre os procedimentos da Secretaria de Finanças em relação à legislação", argumentou a advogada. Ela também impetrou ações contrárias à Administração Municipal na área de educação, além de pedido de ressarcimento ao poder público para os campineiros que foram vítimas de enchentes. Segundo Maria Odete, quando recebeu em janeiro o convite do prefeito para o cargo, ela retirou o seu nome dos processos. Questionada sobre se os novos advogados são integrantes do seu escritório, ela respondeu que "são advogados que eu já tenho parceria." A advogada afirmou que não vê qualquer imoralidade e que não irá se beneficiar do cargo público dando pareceres favoráveis aos seus processos judiciais. "Os processos do IPTU e ISS são analisados na Secretaria de Assuntos Jurídicos. Não vou privilegiá-los (advogados parceiros)" , garantiu a nova assessora da Secretaria de Finanças, que receberá R$ 6.011,00 mensais como salário. No ano passado, durante as audiências públicas sobre o IPTU e ISS, a advogada se destacava como uma das mais críticas com relação à política tributária do município. O vereador e membro da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo Campineiro, Carlos Francisco Signorelli (PT), disse que em 2001 chegou a perguntar a Maria Odete se ela gostaria de trabalhar na Administração municipal, na época administrada pelo PT. "Ela me respondeu que não poderia porque tinha muitas demandas conta a Prefeitura na área de finanças. Por isso, acho contraditório e considerado incorreta a sua contratação", criticou. Para ele, mesmo que ela tenha retirado o seu nome dos processos ainda permanece um envolvimento porque são "colegas de escritório". "Para o bem dela, que considero muito competente, e da Prefeitura ela deveria abrir mão deste cargo", orientou o petista. O presidente da Comissão, Antonio Flôres (PSDB), apesar de não considerar antiético, classificou a contratação como "melindrosa". "O próprio prefeito irá ficar em uma camisa-de-força por causa dos vários processos", alertou. O tucano levantou ainda uma dúvida: "com a sua experiência ela poderá segurar muita coisa que poderia ser resolvida. Como sabia atacar, saberá como defender", alertou Flôres."

Promessas de campanha

23/2/2005
José Renato M. de Almeida – Salvador/Bahia

"A eleição do deputado Severino Cavalcanti para a presidência da Câmara Federal lembrou-me da arrasadora campanha de impacto feita por um candidato a prefeito, numa cidadezinha do interior do estado. Na praça, de cima de um pequeno palanque, repetia suas promessas de campanha através de um sofrível sistema de som. "No meu governo os trabalhadores vão trabalhar só três dias na semana e fazer o que quiser nos outros dias..." - palmas, urros, berros e gritaria pelos que estavam mais próximo ao palanque. E continuou... "No meu governo os trabalhadores vão trabalhar só nove meses por ano..." - a vibração toma conta da pracinha agora já quase repleta de gente procurando saber o que está acontecendo. "No meu governo darei aumento de salários a todos os trabalhadores..." - a alegria toma conta da pracinha... "No meu governo todo trabalhador terá direito de ter um ou mais ajudantes bem remunerados pela prefeitura..." - nessa hora não cabia mais ninguém na pracinha... Até as ruas e vielas já estavam apinhadas de gente. O surdinho vendo aquele alvoroço todo sem entender o que estava ocorrendo, pergunta a um moço que ouvia atento mas  sem participar da empolgação da maioria... "O que ele disse... O que ele disse?" - perguntou repetindo várias vezes, puxando-lhe pelo ombro. O moço respondeu elevando a voz acima da gritaria... "Ele disse que vamos trabalhar só três dias na semana... só nove meses no ano... e ainda teremos aumento de salário." O surdinho parou por um breve instante e voltou a perguntar ansioso... "E das férias... O que ele falou sobre as férias?"

Resposta à denúncia

21/2/2005
Emerson José do Couto

"A defesa desempenhou muito bem o seu papel, é notório! (Clique aqui). Uma dúvida, contudo, persiste: se não estivesse armado, o franzino Promotor teria retrucado aos deselegantes gracejos proferidos pelas vítimas, que além de muito mais fortes que ele estavam em grupo? Há ocasiões que, mesmo com razão, o silêncio é a melhor resposta."

Rugindo

23/2/2005
Lourenço Lopes, São Paulo-SP

"Migalhas, em 17/2, noticiou que o técnico Leão não deveria dirigir o time do São Paulo no jogo do último domingo, pois o clube não havia conseguido efeito suspensivo da punição imposta. Para desespero dos palmeirenses, a fera esteve dirigindo o time, e Migalhas não fez mais nenhum comentário sobre o assunto. Será que, além do julgamento pela FPF ter fugido a qualquer procedimento regular, também o efeito suspensivo não segue nenhuma regra naquela Federação? Abraços,"

Severino Presidente

25/2/2005
Mauricio Bernardi

"Eu gostaria de saber qual é o verdadeiro perfil do eleitor de Severino, já que esse é o assunto do momento. Não me refiro ao eleitor que o guindou à Câmara, mas, os "nobres colegas" que o elegeram presidente da dita. Os jornalistas que cobrem Brasília afirmam que o baixo clero, sozinho, não faria tão grande estrago. Quem mais colaborou? Arrisco um palpite: a eleição transcorreu no auge da campanha das 1.300 entidades da "sociedade civil" contra a MP 232. Teria havido uma mãozinha desse pessoal (ou desse lobby, como queiram)? Bom, se não quiserem ou não puderem responder, digam ao menos por que o Severino não é indicado para presidente da Cia. Vale do Rio Doce. Essa empresa acaba de reajustar o preço do aço em 71,5%. Aumento assim só em cartéis como a Vale do Rio Doce, ou em feudos como a Câmara Federal."

Sic

23/2/2005
Elaine Marques de Assis

"Migalheiros, uma boa sugestão para a colocação do sic, como aprendi pela minha antiga chefe: "É a risadinha em latim, quando você quer ironizar o comentário"... Abraços,"

Solenidade

24/2/2005
Antonio Cândido Dinamarco, adv. OAB-sp. 32673 - Conselheiro da Primeira Turma do Conselho de Prerrogativas da OAB-SP

"Hoje, 23 de fevereiro, instalou-se Sessão Solene para comemorar os 68 anos da Justiça Militar de São Paulo. Na ocasião foram agraciados com a Medalha do Mérito Militar estadual, algumas autoridades e personalidades paulistas e paulistanas, civis e militares. Tenho, comigo, a relação porque estive presente à solenidade, convidado que fui pelo Senhor Presidente Dr. Paulo Prazak. Leio e releio a tal relação e, s.m.j. e apesar dos méritos dos agraciados, não vejo qualquer nome que tivesse feito coisa importante pela Justiça Militar do Estado de São Paulo, com conhecimento e autoridade de quem ali advoga há mais de trinta-(30) anos, ininterrupta e cotidianamente. Há nomes como Assumpta Perez Jeronymo, Cláudio de Luna, Marlene Antonio Leite, Eurico Cardoso, Hanny Salim Dib, Rubens Dib, José da Silva Loureiro, Norberto da Silva Gomes... só para citar alguns, que sequer foram mencionados . Gostaria de saber se, além da parte social da outorga, valem, também, os reais serviços prestados àquela jurisdição? E mais: como se sentem tais pessoas agraciadas quando, pondo a mão na consciência, lembram-se que nada  - ou quase nada -  fizeram pela Justiça Militar do Estado?"

Supersalário

25/2/2005
Paulo Sérgio Pinto

"(Migalhas 1.114 – 24/2/05 - Atrás de assinaturas) O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, conseguiu apoio de 130 deputados para tentar aprovar em regime de urgência o projeto que aumenta os salários dos ministros do STF e dos parlamentares para R$ 21.500. A idéia era votar ontem o projeto, mas o PSDB, o PT e o PPS fecharam questão contra.

Tenho uma proposta de fácil implementação para mostrar que nós, cidadãos que pagamos a festa, não estamos satisfeitos. Que cada um imprima e afixe no vidro lateral traseiro de seu carro o seguinte conselho: "Faça um político trabalhar. Não o reeleja."

Atenciosamente,"

25/2/2005
Conrado de Paulo

"É inconcebível que os ministros do STF tenham salário de R$ 21.500, enquanto que o presidente Lula recebe apenas R$ 8.800. Afinal, o próprio presidente do STF, Nelson Jobim, votou a favor da taxação dos servidores inativos, desrespeitando a cláusula pétrea do direito adquirido, contida na Constituição Federal. Com a aprovação da taxação, os ministros que votaram a favor, mostraram desconhecimento de um dos mandamentos constitucionais mais importantes. Se o STF existe para dirimir dúvidas quanto a preceitos constitucionais, seria o caso de serem demitidos os quatro ministros que votaram a favor dessa taxação, por terem demonstrado não ter o mínimo de preparo para exercer a função no mais alto escalão hierárquico que compõe o Poder Judiciário. Eles merecem ter um salário nunca maior que o do presidente da República."

Trova pernambucana

23/2/2005
Alexandre Andrade

"Sr. Redator,  abaixo segue uma antiga modinha pernambucana, que curiosamente ainda não vi publicado em nosso meio de comunicação. O autor é desconhecido, ao menos para mim...

"Quem viver em Pernambuco

Deve estar desenganado

Ou há de ser Cavalcanti

Ou há de ser cavalgado"

24/2/2005
Abílio Neto

"Caríssimo Alexandre Andrade: Eu conhecia a quadrinha apresentada pelo amigo, porém com uma pequena variação:

"Quem nascer em Pernambuco
Há de ter este legado:
Ou há de ser Cavalcanti
Ou há de ser cavalgado."

De qualquer modo, esta quadra simboliza o poder que os Cavalcante(ti) sempre tiveram no Estado, desde a chegada em Olinda em 1559, de D. Felipe Cavalcanti, um fidalgo nascido em Florença na Itália e que passou por Portugal por volta de 1558, de onde se transferiu para Pernambuco. Pouco tempo depois da sua chegada, casou-se com Catarina de Albuquerque, filha de Jerônimo de Albuquerque, homem considerado o Adão Pernambucano. Dessa união houve onze filhos, o primeiro nascido em 1560. Os descendentes desses filhos se espalharam também pelo Ceará, Paraíba e Alagoas. Há descendentes ilustres dessa família: O compositor Humberto Teixeira, o escritor Ariano Suassuna, o escritor Gilberto Freyre, o compositor Chico Buarque de Holanda, os ex-governadores de Pernambuco José Francisco de Moura Cavalcanti (falecido) e seu sobrinho, o deputado federal Joaquim Francisco de Freitas Cavalcanti, além do ex-tesoureiro de Collor, Paulo César Cavalcanti Farias, o PC. Agora surge em evidência o nosso Severino Cavalcanti. Segundo o pesquisador Carlos Barata, 99% dos Cavalcanti do Brasil são descendentes de Felipe Cavalcanti. Em Pernambuco sempre mandaram e tiveram posses: senhores de terras, senhores de engenhos e barões do açúcar, muitos deles escravocratas. Será que é sem motivo que lá pelo ano de 1304, Dante Alighieri tenha colocado alguns Cavalcanti no seu Inferno?  Já na qualidade de um cansado cavalgado, por via das dúvidas, toda vez que vejo o Severino na TV, eu rezo o credo!"

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