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Advogado oferece-se

10/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Advogado, bem-apessoado, educado e de gosto apurado, especialista em generalidades, com larga experiência em muitas coisas, mais ainda em algumas, com o nome limpo na Serasa, nunca apanhado na malha fina da Receita Federal, sem ligação 'rastreável' com políticos atualmente na base aliada, oferece-se como 'laranja' para negociações na compra e venda de empresas aéreas, fazendas improdutivas (com ou sem trabalhadores escravos), terras na Amazônia (inclusive em áreas demarcadas), ou para intermediar o pagamento de pensões alimentícias de filhos ilegítimos (estuda-se casar com pagamento extra, a combinar). Cartas para a redação, a/c de 'Laranja'. Maldito o dia em que fui escutar quem me disse que a profissão de advogado rendia e que, trabalhando com afinco, poderia até enriquecer. Tenho feito isso, inutilmente, de sol a sol, e... nada. É só trabalho e mais trabalho, e nada de ficar rico. Fora as piadinhas. Ainda outro dia, encontrando um colega, também advogado, perguntei: 'E aí, como vão as coisas?' E ele me respondeu: 'Estou partindo para o segundo milhão de dólares'. E, rapidamente, continuou: 'O primeiro milhão foi um fracasso, não deu certo. Vamos ver o segundo, agora'. Mas, daí, leio que aqueles que a justiça de São Paulo qualificou de 'laranjas', no caso da venda da Varig, pagaram US$ 5 milhões (cinco milhões de dólares!) a um escritório de advocacia, para 'cuidar do caso'. Laranjas têm 5 milhões de dólares. E pagam 5 milhões de dólares a seus advogados. Eu não sou laranja nem advogado de laranja. Por isso, não tenho 5 milhões de dólares. Então, vamos à fonte, quero ser laranja. Não sei bem como se chega a laranja e nem se é difícil ser laranja. Para ser advogado, cursei 5 longos anos na São Francisco, e nunca conheci um laranja sequer. Conheci, nas Arcadas, o velho mestre Canuto Mendes de Almeida que um dia, em uma festa, também um pouco desencantado, confidenciou: 'Tantos anos brigando com os poderosos, uma vida inteira litigando contra as multinacionais e nunca, nunca, minha campainha tocou, uma noite, e alguém, com uma mala cheia de dinheiro para me comprar...'. Eu, que pretendo ser mais esperto, publico aqui meu anúncio. Alguém precisa de um 'laranja'?"

Anatel

11/6/2008
Emerson José do Couto

"(Migalhas 1.915 – 11/6/08 – "Anatel") Prezado editor, é óbvio que devem haver motivos, muitos motivos, para a vontade do (des)governo aprovar o negócio, à exemplo da Anac. Só que na fase atual ainda dá tempo de evitar a bandalheira... Alguém se habilita?"

Aposentados

12/6/2008
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Sr. diretor, há muito, ouvi um termo latino que guardei: 'dormientibus non succurrit jus' (a Justiça não socorre os que dormem). E pergunto: elas socorrem os ficam acordados?  Ontem, recebi A Folha do Servidor Público e li, na capa: 'Aposentadoria: sem reajustes e sem paridade', onde fala dos precatórios, um recurso em que a Justiça (o Judiciário) aliou-se na defesa dos executivos, contra tudo e contra todos; e principalmente contra a Constituição. Ora! O Judiciário não está, obrigado a obedecer a Constituição? Então por que ela subsiste; ou o Judiciário subsiste, não obedecendo? E o que faz o Congresso que criou a lei?  Se algum de nós, por exemplo, deixarmos de atender a Constituição, o que nos acontece? Eu, não dormi: ingressei com uma ação defendendo meus próprios interesses e vi-a frustrada por interpretações dúbias do Judiciário; 'contra legem' até contra o parecer da Promotoria da Justiça; e, pessoalmente, ingressei com duas ações populares: uma contra a Assembléia Legislativa de São Paulo por dar aumento, ao Poder Judiciário (juízes);  sem   mensagem do Governador do Estado, infringindo a Constituição; e outro contra os Governadores Alckmin e José Serra por não darem  aumentos iguais aos aposentados,infringindo à Constituição. O que sucedeu? Ingressei diretamente ao STF, julgou-se incompetente; enviando para a Justiça de Primeira Instância, lá ambos foram arquivados, imaginem só? por falta de objeto! Eu não tenho dúvidas de que o Judiciário está mancomunado com o Executivo,mesmo porque  só eles conseguem aumentos (diga-se de passagem) superiores à inflação;os demais ficam a ver navios.E pergunto: eu não dormi,desmentindo o adágio, fui atendido?  Sem dúvida, Cícero diria: Quousque tanden abutere patientia mea? Conviver com uma Justiça assim é melhor não tê-la, pois se trata de um arremedo: só defendem os próprios interesses. Atenciosamente,"

Artigo - A polêmica do antidumping na base de cálculo do ICMS

11/6/2008
Ligia Almeida Conti

"O direito antidumping visa proteger o mercado interno dos abusos cometidos por produtores de outros países ao exportar para o Brasil produtos com valor inferior ao praticados em seus próprios mercados, internamente, e abaixo do valor de mercado praticado no Brasil, causando-lhe dano (Migalhas 1.914 - 10/6/08 - "Tributário", Antonio Carlos Valim de Camargo - clique aqui) . Seria interessante saber se o Ministério do Desenvolvimento, ou quem imponha o direito antidumping considerou, para sua imposição, o valor pago pelos produtores internos em tributos, que acabam por formar o preço final dos produtos. Estes deveriam ser considerados, até para que o direito antidumping pago pelo importador tenha eficácia, ou seja, torne aquele produto compatível em termos de preço com o mercado interno, evitando o dano."

Artigo - Amianto: muitos pesos sobre a mesma medida

13/6/2008
Reginaldo de Andrade

"(Migalhas 1.916 - 12/6/08 - "Amianto", Denize de Souza Carvalho do Val - clique aqui) Como um dos responsáveis pela Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta pela Fiesp contra a lei estadual que proibiu o amianto, pude sentir não apenas a atitude desinformada dos ativistas favoráveis ao banimento da crisotila, mas também a pressão política exercida pelos responsáveis pela produção das fibras alternativas. Particularmente sou contrário ao uso do amianto, bem como de qualquer substância que possa causar mal aos consumidores ou operários responsáveis pelo seu manuseio, mas como operador do Direito entendo que nossa obrigação maior é pelo primado da Constituição e da segurança jurídica. Infelizmente nem os ministros do Supremo Tribunal Federal parecem concordar com isso. Hoje ignoramos as normas constitucionais em nome da 'saúde pública', amanhã poderemos ignorá-las em prol da 'segurança nacional', do 'bem comum' ou do que der na telha dos grupos e interesses de ocasião !"

 

Artigo - Da legitimidade concorrente para propositura das ações civis públicas

12/6/2008
Pedro Serpa - escritório Bicalho e Mollica Advogados

"(Migalhas 1.915 - 10/6/08 - "Legitimidade ativa - Ação Civil Pública" -  clique aqui) Com a devida venia ao colega (autor do texto) e à opinião doutrinária trazida, a previsão constitucional que garante o acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, CF/88) não encontra obstáculo nenhum ao princípio, que norteia o sistema, de que a ninguém cabe pleitear em juízo direito alheio, salvo quando autorizado em lei (art. 6º, CPC). De fato, o Poder Judiciário não pode afastar de sua análise lesão ou ameaça de lesão a direito próprio do demandante. Da mesma forma, não pode o Poder Judiciário, diante da clara legitimação extraordinária (prevista necessariamente em Lei, visto que extraordinária - art. 6º, CPC), afastar de sua análise a pretensão que envolve direitos difusos. A previsão contida na Lei de Ação Civil Pública acerca do rol de legitimados para a propositura desta medida processual (rol este que, repita-se, deve imprescindivelmente constar de lei) pode, a nosso ver, ser questionado por razões de política legislativa, mas não em vistas a uma suposta inconstitucionalidade. Não há inconstitucionalidade alguma em trazer um rol mais ou menos amplo para a legitimação extraordinária. Entender que, neste ou noutros casos de legitimação extraordinária, a previsão de qualquer rol de legitimados é inconstitucional (pois que supostamente limitaria o acesso dos interessados à Justiça), é entender que o princípio que rege a legitimação para atuar em juízo deveria ser desconsiderado."

Artigo - Da possibilidade de penhora de saldos de contas bancárias de origem salarial

13/6/2008
Gilberto Seródio

"Penhora na conta salário dos outros é refresco não senhor jurista (Migalhas 1.909 - 3/6/08 - "Penhora - Conta salário - Possibilidade", Demócrito Reinaldo Filho - clique aqui)? A função constitucional da justiça é pacificar não exacerbar. Imagine isso na justiça do trabalho com relação a empregadas domésticas. Depois reclamam do grande volume de processos e recursos que assomam na justiça e a velocidade processual em detrimento da qualidade de serviços. Esse instituto também é um estímulo a especulação financeira de menor risco que qualquer outra geradora de empregos pagando salário e sujeita a penhora on-line do salário dos gestores."

Artigo - E tudo continua igual

11/6/2008
Fernando Belfort

"É verdade (Migalhas 1.915 - 11/6/08 - "Como dantes" - clique aqui). Tudo passa, mas nada muda, apenas o ciclo vicioso retorna para iniciar nova volta de 360. Muda-se o cenário, permanencem os atores!"

11/6/2008
Maria Imaculada Leite

"Dra Sylvia, boa tarde (Migalhas 1.915 - 11/6/08 - "Como dantes" - clique aqui). Sempre leio suas mensagens e gosto muito, também sou graduada em direito, e não sei se felizmente ou infelizmente gosto de política, mas é muito difícil conviver com os políticos. Li notícia hoje que vereadores aprovam lei para seus próprios jetons... Escrever é um desabafo. Abraço,"

Artigo - Judicialização da sáude

12/6/2008
André A. Wanderley

"Ao juiz cabe analisar, no caso concreto, se é procedente o argumento de limite orçamentário, visto que não raro essa posição é utilizada pelos administradores com o intuito de se escusarem de suas obrigações constitucionais (Migalhas 1.915 - 11/6/08 - ""Judicialização da Saúde"" - clique aqui). Portanto o magistrado deve 'investigar' a alegada escassez de recursos e os motivos aos quais levaram a ela, pois muitas vezes áreas fundamentais como saúde e educação são deixadas a míngua, priorizando-se investimentos em publicidade, por exemplo. Então, como alegar falta de dinheiro para concretização de direitos fundamentais se para setores menos importantes do ponto de vista constitucional os recursos não se esgotaram? Isto nos leva a inevitável conclusão de que nestes casos o argumento da reserva do possível é, verdadeiramente, uma falácia."

12/6/2008
Lucas Tristão do Carmo

"Em que pesem os ótimos e elucidativos argumentos das advogados, acredito que sua posição merece reparo. O que nos apresentam as autora do artigo da "Judicialização da Saúde" (Migalhas 1.915 - 11/6/08 - clique aqui) é, na verdade, uma aplicação indiscriminada da teoria alemã 'cláusula da reserva do possível' às decisões judiciais que ordenam ao Poder Executivo que conceda tratamentos de saúde aos jurisdicionados que buscam a tutela. Todavia, ocorre que não merece prosperar a idéia. A teoria surgiu nos Tribunais saxões com o intuito de não conceder a tutela jurisdicional para os litigantes que buscassem decisão judicial ordenando ao Estado alemão que lhes concedesse tratamento estético (que, por algum motivo, transportou-se para a categoria de saúde, possibilitando a sua aplicação na forma como se pretende no Brasil), outro exemplo da jurisprudência alemã é de aplicação da cláusula da reserva do possível nas causas onde se pretendia ordenar a matrícula do jurisdicionado em Universidade Pública, sob a alegação de que, por ser dever do Estado conceder educação aos seus administrados, estes teriam direito de cursar todos os níveis de formação acadêmica às custas da Administração Pública. Ora, em nossa realidade, é hilário que um brasileiro busque do poder judiciário tais pretensões, seja a de obrigar o Estado a prestar tratamento estético a determinado jurisdicionado ou de criar, para este, vaga em uma das tão concorridas Universidades Federais. O problema é que, mesmo com uma tributação cujo produto corresponde a quase 40% do PIB, somando dezenas de bilhões todo ano, a corrupção dos políticos impede que sejam prestados à sociedade até mesmo os serviços de tratamento, exames e procedimentos cirúrgicos altamente necessários a grande parcela da população. Em meu estado (ES), há algum tempo, o Secretário de Saúde foi preso por desrespeitar ordem judicial que ordenava a internação em UTI; após sua prisão, a ordem judicial foi prontamente obedecida. Talvez a judicialização da saúde seja o caminho para o fim do desvio de verba pública destinada à saúde, pois, assim, como nos casos de pensão alimentícia, o devedor ver-se-á temeroso em não cumprir com a prestação dado o risco de sua prisão (que virá mais fácil do que atualmente, pois o mero inadimplemento acarretará nesta sanção, sem necessidade de atuação das pizzarias assembleianas e congressistas). Ademais, é inconcebível que se fale em 'reserva do possível' para tratamentos médicos, cirurgias e oferta de medicamentos necessários para tratar, ou ao menos amenizar, enfermidades, enquanto o Poder Executivo Federal anuncia uma Portaria que autoriza sejam atendidas pelo SUS cirurgias de mudança de sexo! É um absurdo que a Administração Pública alegue a reserva do possível para se desincumbir de prestar tratamentos aos cancerígenos, dar remédios aos aidéticos, fazer exames medicinais em pessoas que sofrem de moléstias angustiantes, enquanto autoriza fazer esse tipo de cirurgia supérflua, que nunca poderia, na minha opinião, ser oferecida pelo Estado, pois foge explicitamente da persecução do interesse público e encontra-se, no máximo, no mesmo patamar que tratamentos estéticos, e não servem para curar doenças e nem diminuir aflições no seio social."

12/6/2008
Eduardo W. Barros

"Parabéns pelo artigo, no entanto, ainda que a vol d'oiseau, não achei na Constituição nenhuma norma impondo à administração o pagamento do tratamento médico desejado, direito que nem o plano de saúde mais caro dá (Migalhas 1.915 - 11/6/08 - ""Judicialização da Saúde"" - clique aqui). Por mais que se pretenda dar conteúdo concreto a normas programáticas, elas não chegam ao ponto das ordens liminares de que se tem notícia. Existem, por outro lado, regras relativas às despesas públicas, que exigem licitação, inclusive para encontrar o serviço mais conveniente. Em caso de urgência, seria dever do médico e das empresas que exploram tais serviços, atender o paciente e, depois, ver quem vai pagar a despesa, é a teoria do risco e etc, assim como no caso do advogado dativo. Não compreendi, tampouco, como os juízes se asseguram da eficácia e adequação do tratamento, ao caso específico, conhecida a técnica de proliferação dos algodões e analgésicos nas contas hospitalares. O que me conforta é ler os arts 194, 203, 205, 215, 217, 218, 225 e especialmente a parte final do caput do art.230, que me faz prescindir da candidatura para a Academia Brasileira de Letras para ser constitucionalmente imortal."

13/6/2008
Danielle Costa

"(Migalhas 1.915 - 11/6/08 - ""Judicialização da Saúde"" - clique aqui) Dras. Advogadas, deixar ao talante do Judiciário as decisões que se relacionam com deveres impostos pela própria Constituição a serem prestados pelo Estado lhes parece contra-senso, mas deixar ao talante do Poder Executivo, mais conhecido por seus intermináveis abusos com a coisa pública, não é? Acho que é o caso de rever o conceito de bom senso primeiro para depois virem falar de assuntos como esses."

13/6/2008
Evandro Barra

"Tenho de discordar da posição das nobres Doutoras, à partir do ponto em que dizem que o Estado não pode ser onerado em demasia devido às decisões judiciais em assuntos relacionados à saúde (Migalhas 1.915 - 11/6/08 - ""Judicialização da Saúde"" - clique aqui). Peço que as causídicos atentem para o fato de que, no momento em que escrevo, considerando o período desde o início do ano, ou seja seis meses o governo federal já arrecadou mais de quatrocentos bilhões de reais(!) em impostos diversos. Não há que se falar em alto ônus para o Estado numa sociedade em que até o mais carente dos cidadãos, de uma forma ou outra, paga impostos. Não há que se falar de sobrecarga para o Estado quando temos uma arrecadação que é bem representada pelo leão que reflete a atitude cada vez mais 'leonina' de nossas autoridades no que tange à impostos. O que temos, isso sim, é a certeza muda de uma total ingerência de recursos, que entre burocratas e intermináveis ritos e papéis, penaliza quem já pagou, em todos os sentidos, nobres Doutoras, pelo uso da saúde no Brasil, ou seja, o cidadão. O que o Governo faz, ao contrário de que se tenta inculcar, não é benesse, visto que com ou sem uso do serviço, ao contrário da iniciativa privada, o administrador já foi munido de recursos pelos 'contribuintes' queiram eles, por força de lei, ter contribuído ou não. A equação entre o que o Estado deve fazer e o que pode fazer é difícil, concordo. Mas se tornará ainda mais difícil se o Judiciário tiver de ser tolhido em suas decisões, sob pena de 'sobrecarga' infligida ao Estado,que, afinal, na tratativa com a sociedade, ou seja na constituição que ele mesmo escreveu, for desonerado cada vez, mais, de suas obrigações. Se tivermos de pensar assim, que mudemos o pacto, pois este só está sendo servido por uma das partes. O Estado, em verdade, é historicamente, um mau administrador de recurso que nós lhe enviamos. Isto é o que não pode continuar. Sob minha ótica, não podemos tomar como exemplo, nobres Doutoras, a realidade de um país que nem mesmo na raiz da língua master se assemelha a nossa, como é o caso da citada Alemanha. A atitude de cidadãos que recorrem ao judiciário demonstra o que devemos todos fazer, não apenas na área da saúde, para que o Estado seja lembrado de que os recursos lhe são enviados por nós, e não o contrário. E o zelo com no trato com nossos recursos, que somados, se tornam recursos administrados pelo Estado, em nome da unificação e fortalecimento da sociedade é que deve ser defendido, para que haja seu uso em função de quem paga por eles, anos a fio. O cidadão. Ou seja, todos nós."

Artigo - Novo procedimento do Júri: justiça mais rápida?

11/6/2008
Ulisses Drewanz Gräbner

"Comete lamentável equívoco o nobre dr. Luiz Flávio Gomes, quando se refere ao recurso cabível da decisão de pronúncia, que na sua visão passaria a ser apelação (Migalhas 1.914 - 10/6/08 -"Opinião" - clique aqui). Ocorre que a mudança ocorreu em relação à decisão de 'impronúncia'. Nesse caso, sim, caberá Apelação. No caso da decisão de pronúncia, continuará cabendo RSE, com base no art. 581, inciso IV (NR)."

Artigo - Pensamento 21

Artigo - Unha encravada

Balões

9/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Antigamente, caro Romeu A. L. Prisco, até as crianças sabiam que essa coisa de soltar balão dava encrenca

 

Cai cai balão, cai cai balão

Na rua do sabão

Não Cai não, não cai não, não cai não

Cai aqui na minha mão!



Cai cai balão, cai cai balão

Aqui na minha mão

Não vou lá, não vou lá, não vou lá

Tenho medo de apanhar!

 

E olhe que caia na Rua do Sabão, e não em pátios de aeroportos, ou em avenidas de tráfego intenso, ou colocando fogo em campos, ou ameaçando derrubar aeronaves. Outro dia, um militar gay apareceu em um programa de TV e, antes que o programa terminasse, um batalhão inteiro lá estava, na porta da estação, para prendê-lo e ao companheiro. Agora, um militar, reformado, declara que a lei é ilegal, e solta balões que ele, militar, acha 'legais'. Isso também não atenta contra as 'diretrizes' das forças armadas? Será que idiota confesso pode, mas gay confesso não? Daí, até eu vou achar que é discriminação."

9/6/2008
Romeu A. L. Prisco

"Quem ontem assistiu à reportagem da Rede Globo com amantes e sócios do 'clube de balões e baloeiros', deve ter ficado estarrecido com a manifestação de um deles, aparentemente de bom nível de instrução, militar de alta patente reformado, ao declarar que a entidade considera 'ilegal a lei' que proíbe a soltura daqueles verdadeiros artefatos de destruição, por isso não a reconhece e continua praticando a atividade! Ora, se soltar balões constitui crime e se alguém confessa, publicamente, estar cometendo tal crime, então, salvo engano, deveria ser preso em flagrante, obviamente se o Brasil fosse um país sério."

Briga de Galo

10/6/2008
Mano Meira - Carazinho/RS

"Ainda sobre o galo cantador Chico (Migalhas 1.910 - 4/6/08 - "Briga de galo" - clique aqui), cuja altivez é digna de destaque, não somente pelo canto sonoro, mas também pela legenda de lutas nos rinhedeiros, lutas que, diga-se de passagem, são mil vezes mais leais que as travadas entre os humanos. Esses gladiadores emplumados nunca visam os olhos do contendor, e se acaso ocorre de acertarem um puaço nas vistas do inimigo é devido a um acidente involuntário, principalmente porque os humanos os calçam com esporões artificiais, o que torna ainda mais sangrenta a luta. Com referência a saga guerreira desse bípede de penas, o imortal Jayme Caetano Braun, escreveu um belo poema, o qual peço a gentileza de publicarem conforme vai a seguir:

 

Última Rinha

 

Calcei o frango Prateado

Que foi pinto em meu terreiro,

Pra soltar no rinhedeito

Onde estava um Colorado.

Havia povo amontoado

De pé, sentado e de joelho.

O jogo muito parelho

De mansito começou,

Até que um pardo gritou:

Cem mil no galo vermelho!

 

Era um galo da Argentina,

Diz que campeão de torneio,

O meu era um frango feio,

Mas de pua muito fina,

Porém a voz repentina

Do alarife jogador

Trouxe como que um tremor

De surpresa e de impaciência

Que fez vibrar a assistência

Ao derredor do tambor!

 

Foi como chuva no zinco,

E a cousa já pegou fogo

Começando a sair jogo

De até vinte mil por cinco,

Mas havia tal afinco

Que um dos lados se encolheu,

Houve até quem se benzeu,

Num gesto de carpeteiro,

Fazendo cruz no dinheiro

Jogando a favor do meu!

 

E me deixaram de lado,

Solito e sem parceria.

E eu joguei o que podia

Contra o galo Colorado.

Depois, soltei o Prateado

Que ciscando na serragem,

Bateu asas de coragem,

E cantou com imponência,

Como quem diz à assistência:

Não dou nem peço vantagem!

 

Já na primeira topada,

Antes de trançarem ferro,

O meu frango deu um berro

Noma voz esganiçada,

Tinha uma vista arrancada

E o grito fora inconsciente,

Mesmo que um grito de gente

Que ele soltou sem sentir

Mas sem menção de fugir:

Oigalê, bicho valente!

 

Senti um bárbaro arrepio

Que me correu pela espinha

Ma, porém, seguiu a rinha

E o meu frango não fugiu,

Cambaleou mas não caiu

E se aprumou devereda,

Enquanto que pela seda

Do pescoço levantado

Descia o sangue encarnado

Num brilho de labareda!

 

E voltando com furor.

Respondeu aço com aço,

Puaço atrás de puaço,

Que estremecia o tambor.

Era mesmo peliador

O tal galo Colorado,

Já nem falo do Prateado

Que bem de pé, como um potro,

Veio pra cima do outro

Mesmo que um tigre baleado!

 

E amigos, naquele instante

Me amaldiçoei em segredo

Das vezes que tive medo

De algo insignificante,

Ao ver ali, impressionante

Aquele galo ferido,

No próprio sangue esvaído,

Torto, quase cego até,

Disposto a morrer de pé

Pra não se dar por vencido!

 

Afogado na sangueira

E abaixo de tempo feio,

Vi que não ia a careio

Assim, daquela maneira,

A cabeça uma peneira,

Do pescoço, já nem falo,

Eu sem poder ajudá-lo,

Ele peleando sozinho

E eu repetindo baixinho:

- Vamos?! Coragem meu galo!

 

E o vermelho ia ponteando,

Mai brabo do que uma cobra

Que perna tinha de sobra

E raça também sobrando,

E foi aí, se não quando,

Que o frango do meu terreiro,

Num tiro de desespero,

Mais certo do que um balaço,

O desnucou de um puaço

No meio do rinhedeiro!

 

E ali está o galo Prateado,

Cercado pelas galinhas.

Eu até deixei de rinhas,

Talvez por penalizado,

Ou talvez espicaçado,

Que o remorso não perdoa,

Por que se a vida é tão boa,

É um banditismo da gente,

Fazer um bicho valente

Matar ou morrer à-toa!"

Candidatos sujos

11/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Você tem a ficha suja, acusações pesam sobre você, há condenações em primeira ou, até em segunda instância, por crimes cometidos, mas seu desejo é ser candidato, ingressar na vida pública e atender à vocação de servir o povo brasileiro, com abnegação, carinho e dedicação? Pois bem, seus problemas acabaram. Por 4 votos a 3, os ministros do TSE acabaram de decidir que os políticos com ficha suja têm o direito de disputar eleições no país. O passado a Deus pertence, segundo o entendimento dos Ministros Eros Grau, Ari Pargendler, Caputo Bastos e Marcelo Ribeiro. Eros Grau justificou que: 'Como a ética do sistema jurídico é a ética da legalidade, a admissão de que o Judiciário possa decidir com fundamento na moralidade entroniza o arbítrio, nega o direito positivo, sacrifica a legitimidade de que se devem nutrir os magistrados. Instalaria a desordem'. Já o Ministro Ayres Brito, presidente do TSE, assim se manifestou, depois da decisão:

'Quando se cogita de contratar alguém para a prestação de serviços particulares,  pagos com nosso dinheiro privado, todo cuidado é pouco... Mas, quando se trata de investir alguém em um cargo público-eletivo para legislar sobre tudo o que pertence à coletividade por inteiro, ou gerir e fiscalizar os negócios da pólis, bem aí, para que exigir documentação comprobatória de bons antecedentes?'.

A verdade é que, para que políticos com ficha suja sejam impedidos de disputar eleições, será preciso existir uma lei, votada pelo Congresso, como a do projeto que já existe, desde 2006, parado, lá. Será que vai ser votado? Façam suas apostas."

Carta de um juiz de Direito a Ziraldo e Jaguar

11/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Recebi, via e-mail, de um amigo, o texto abaixo. E ao lê-lo, lembrei-me que sou, também daquele tempo e, como o signatário, lia e colecionava 'O Pasquim'. Como ele, fiz, também, aquela assinatura e, como ele, recebi o 'calote', na época perdoado. Mas, não agora, que também acho justo receber pelo que paguei. Mas, tenho a ligeira desconfiança de que, como costuma acontecer, eles vão exigir (sabe, como no caso da compra de combustível) os comprovantes que deveríamos ter guardado.  Mas, quem imaginaria que a ditadura iria acabar enriquecendo seus oponentes, quando não enriqueceu sequer os militares da época?

'Prezados Ziraldo e Jaguar:

Eu fui fã nº 1 de O Pasquim. Em seguida saberão por quê. Por isto me sinto traído pela atitude de vocês (Ziraldo e Jaguar). Vocês, recebendo essa indenização milionária, fizeram exatamente aquilo que criticavam na época: o enriquecimento fácil e sem causa emergente da e na estrutura ditatorial.


Na verdade, vocês se projetaram com a Ditadura. Vocês se sustiveram da Ditadura.


Vocês se divertiram com a Ditadura. Está bem, vocês sofreram com a Ditadura, mas, exceto aquela semanada na cadeia - que parece não foi tão sofrida assim - nada que uma entrevista regada a uísque e gargalhadas na semana seguinte não pudesse reparar.


A cada investida da Ditadura vocês se fortaleciam e a tiragem seguinte do jornal aumentava consideravelmente.


Receber um milhão de reais e picos por causa daquela semana, convenhamos, é um exagero, principalmente quando se considera que o salário mínimo no Brasil é de      R$ 480,00. Por mês...


Vocês não podem argumentar que a Ditadura acabou com o jornal. Seria a mais pura mentira, se é que a mentira pode ser pura. O 'O Pasquim' acabou porque vocês se perderam. O Pasquim acabou nos estertores da Ditadura porque vocês ficaram sem o motor principal de seu sucesso, a própria Ditadura.


Vocês se encantaram com a nova ordem e com a possibilidade de a Esquerda dominar este país que não souberam mais fazer humor. Tanto que mais tarde voltaram de Bundas - há não muitos anos - e de bunda caíram porque foram pernósticos e pedantes.


Vocês só sabiam fazer uma coisa: criticar a Ditadura e não seriam o que são sem ela.

 

Eu vi o nº 1 de 'O Pasquim' num tempo em que não tinha dinheiro para adquiri-lo.

 

Mais tarde, estudante em Florianópolis, passei a comprá-lo toda semana na rua Felipe Schmidt, próximo à rua 7 de Setembro, numa banca em que um rapaz chamado, se não me engano Vilmar, reservava um exemplar para mim.


Eu pagava no fim do mês.


Formado em Direito, em 1976 fui para Taió. Lá assinei o jornal que não chegava na papelaria do meu amigo Horst. Em 1981 vim para o Rio Grande do Sul e morando, inicialmente, em Iraí, continuei assinante. Em fins de 1982 fui promovido para Espumoso e sempre assinante. Eu tenho o nº 500 de O Pasquim, aquele que foi apreendido nas bancas e que os assinantes receberam...

Nessa época, não sei se lembram, o jornal reduziu drasticamente seu número de folhas. Era a crise. Era um arremedo do que fora, mas ainda assim conservava alguma verve. A Ditadura estava saindo pelas portas dos fundos e vocês pelas portas da frente, famosos e aplaudidos.


Vocês lançaram uma campanha de assinaturas. Eu fui a campo e consegui cinco ou seis. Em Espumoso! Imaginei que se cada assinante conseguisse cinco assinaturas, ajudaria muito.


Eu era Juiz de Direito. Convenhamos: não fica bem a um Juiz sair vendendo assinatura de jornal. Mas fiz isto com o único interesse de ajudar o Pasquim a se manter. Na verdade, as assinaturas foram vendidas a amigos advogados aos quais explanei a origem, natureza e linha editorial do jornal. Uns cinco ou seis adquiriram assinaturas anuais. No máximo dois meses depois todos paramos de receber o jornal, que saiu de circulação.


O O Pasquim deu o calote... Eu fiquei com cara de tacho e, como se diz por aqui, mais vexado que guri cagado. Sofri constrangimento por causa de vocês.


Devo pedir indenização por isto? Não. Esqueçam! Mas agora que vocês estão milionários, procurem nos seus registros e devolvam o dinheiro dos assinantes de Espumoso que pagaram e não receberam a assinatura integral. Naquele tempo vocês não tinham como fazê-lo.


Agora têm. Paguem proporcionalmente, mas com juros e correção monetária, como manda a lei.


Caso contrário, além de traidores, serei obrigado a considerá-los também caloteiros.'

Ilton Dellandrea

Juiz de Direito'."

Carteira de Previdência dos Advogados

9/6/2008
Mauricio de Campos Canto

"Ao ilustre colega (Migalhas dos leitores - "Carteira de Previdência dos Advogados" - clique aqui), faço parte de uma recém associação fundada em 20 de maio de 2008, em defesa da previdência dos advogados vinculados ao IPESP. Qualquer dúvida, ligue para mim (11) 9976.41.11. Entre no site de nossa associação a saber: (clique aqui). Finalizando, no dia 5 de julho de 2008, teremos uma reunião na Assembléia Legislativa de São Paulo, no Auditório Teotonio Vilela, às 10 h da manhã. Venha participar e vossa senhoria terá as respostas para suas aflições."

10/6/2008
Pedro de Abreu Macedo

"No próximo dia 1 de julho deste ano terei direito em formular meu pedido de aposentadoria por idade. Consultei o IPESP e a informação que obtive é que posso ficar tranqüilo que meus direitos serão respeitados. Porém, as noticias que tomo conhecimento através vários sites são desanimadoras. Em quem a acreditar? Será que o Estado vai fugir das suas responsabilidades? Sou daqueles que acreditam nas instituições e no poder judiciário. Como dizia o polêmico Adhemar de Barros 'fé em Deus e pé na tábua.' Vamos crer."

Células-tronco

9/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"A discussão sobre as células-tronco ou embrionárias, tem seguido sem que se tenha muito conhecimento, afinal, acerca do assunto. Muito se fala a respeito, muito palpite é dado, sem que, afinal se saiba de onde vem essas células, o que deveria ter sido estudado antes mesmo de se debater que benefícios podem trazer ao ser humano. Das células-tronco passamos às embrionárias sem estudos aprofundados sobre as primeiras sequer. O STF - Supremo Tribunal Federal, em julgamento considerado histórico, acabou autorizando estudos com as células embrionárias, quando pouco se sabia sobre as células tronco, o que só veio ao conhecimento público com um furo de reportagem, como sempre de um repórter investigativo, que passou meses na floresta, correndo todo o tipo de riscos para, enfim, trazer a verdade definitiva: como nascem as células-tronco: clique aqui."

10/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Lamento, prezado migalheiro Dávio Antonio Prado Zarzana Júnior tê-lo decepcionado, com a simplicidade de meu comentário e com o simplismo de minha ponderação, se assim se pode chamar minha demonstração de cansaço com o assunto (Migalhas dos leitores – "Células-tronco" – clique aqui). Não sei, com certeza, a idade do colega, mas, imagino, não ser meu contemporâneo e, estar mais para a idade de um de meus filhos que aplaudiu, alegremente, a decisão do Supremo. Meu primeiro contato com uma doença chamada distrofia muscular foi quando assisti a um filme chamado 'O Óleo de Lorenzo' que, emotivo que sou, gostei muito. Até comprei uma cópia para meu acervo particular. O filme tratava de distrofia muscular de Duchenne, um tipo determinado da doença, imaginava eu o único, que ataca crianças pequenas. Nenhuma sobrevive após, no máximo, 10 ou 11 anos, e trata da luta do casal de pais, inglória, pela salvação de seu filho. Os meus, graças a Deus, pensei na ocasião, fortes e saudáveis, já mais velhos, haviam passado dos 15. Desse mal, ao menos, estávamos livres. Foi aos 20 que um deles, o que praticava esportes, tênis e squash preferencialmente, apresentou alguns problemas sobre os quais não vou aqui me alongar. Foi uma época que só a palavra 'infernal' descreve, até chegarmos ao diagnóstico de 'distrofia facioescapuloumeral', ou de Emery-Dreifuss, um outro tipo, que atinge jovens nessa idade, genética, progressiva, incurável, que transforma massa muscular em gordura, que vai dificultando os movimentos dos órgãos superiores e pode, com o tempo, chegar aos inferiores. Apesar de genética, testes de DNA foram feitos, pela Dra. Mayana Zatz, da USP, nada se encontrando nos pais. De lá para cá, ele, que provavelmente tem uma idade próxima da sua, convive com esse fantasma, e com a esperança, qualquer fio de esperança, de qualquer pesquisa, de qualquer célula, tronco ou embrionária, qualquer uma, qualquer coisa. Ele, eu e nossa família. De lá para cá, cumprimos o circuito completo, começando pelos médicos especializados, brasileiros, passando por consultar um grande número de especialistas estrangeiros (todos nos confirmando que nada existia no exterior que a Dra. Mayana Zatz não conhecesse no Brasil), fixando-nos na espera infindável, junto com os especialistas brasileiros pelas pesquisas com células, visitando, cumprindo mais todo aquele caminho esotérico que os amigos e parentes, ansiosos por ajudar, nos indicam e que à falta de opções (não custa tentar) até que, por nada restar, passamos a aguardar, como milhões de pessoas, o avanço da ciência, indignados, como tantos, com as discussões, que a nós parecem estéreis, acerca do assunto. Lin Yutang foi apenas uma menção. É claro que mais me interessou a parte em que deixou de ser cristão, e não a que foi de volta, de pagão a cristão, como descreveu em outro de seus livros. Foi apenas ilustrativo. No entretempo, sempre li, e muito, como sempre faço, desde tenra idade, pois que sou do tempo em que se lia desde criança, e não apenas 1,7 livros ao ano, como hoje. Além do mais, minha família é, e eu também, de formação católica, e desde cedo estudei em colégios religiosos (em São Paulo, o Colégio de São Bento) e tive oportunidade de ler sobre a dor e o que Deus pretende nos ensinar com ela, inclusive acerca das discussões sobre se o sofrimento não seria o grande erro de Deus. E, para dizer a verdade, após conhecer todos os argumentos, não me convenceram aqueles que nos dizem que devemos ser agradecidos por Deus ter inventado a dor, até porque não poderia Ele ter feito coisa melhor. Acho, sim, que poderia ter feito coisa melhor, muito melhor. Eu, com a dor, ou com o sofrimento, pouco aprendi, a não ser que dói e que se sofre. Mas, nada como a experiência, para aprender, de perto, na própria carne, e testar nosso aprendizado. Não pretendo, aqui, discutir religião. Há muito aprendi que religião não se discute. Eu, que no colégio católico de lá saí quase um ateu (talvez por força do mau ensino religioso dos beneditinos), acabei, depois de algumas tentativas conjugais frustradas, casando-me com uma mulher evangélica. E, fiel às minhas crenças, não discuto religião em casa, até para preservar a felicidade conjugal. Mas, quanto a esse assunto, sinto-me mais confortado agora, quando a ouço repetir que Cristo prometeu – em João 10.10 – 'Eu vim para que tenham vida e vida em abundância', que Ele se ocupa para que suas ovelhas, para que toda a coletividade, toda a criação, tenham vida e vida abundante e, é claro, com saúde. Para mim é o quanto basta. Para meu filho, esperamos, bastarão os resultados das pesquisas das células tronco e embrionárias. Se derem certo, melhor ainda. Se não derem, ao menos alguém tentou, sem interferência da religião, cientificamente. Epicuro, cuja doutrina muitas vezes é confundida com o Hedonismo, entendia que o sumo bem reside no prazer, mas o prazer do sábio, entendido como a quietude da mente e o domínio das emoções que satisfaz uma necessidade ou que aquieta a dor, que liberta o homem, sendo que o mais alto prazer reside no que chamamos de saúde. É de Epicuro o pensamento: 'Se Deus pode acabar com o mal, mas não quer, é monstruoso; se quer, mas não pode, é incapaz; se não pode, nem quer, é impotente e cruel; se pode e quer, por que não o faz?'."

10/6/2008
Dávio Antonio Prado Zarzana Júnior

"Caro colega migalheiro Wilson Silveira, quero agradecer por suas palavras reveladoras sobre sua história pessoal. Acredite, não precisava de detalhes. Se você quiser, um dia conversamos pessoalmente sobre as coisas que você mencionou, pois envolvem temas particulares que não cabem em Migalhas. Do amigo migalheiro, que sabe que algumas coisas não devem ser meramente discutidas em pequenas migalhas, principalmente quando sabemos que Epicuro - portador de cálculo renal e que conhecia o sofrimento - tentou dar uma explicação para ele, com frases de efeito, mas jamais atingiu a profundidade que Cristo nos revela com sua Paixão e Morte (e Ressurreição logo após)."

10/6/2008
Dávio Antonio Prado Zarzana Júnior

"Apenas acrescento ao Wilson Silveira, no tema das células-tronco, que também quero a cura de todas as doenças, mas que seja utilizado para isto o meio idôneo que não destrua outras vidas. Se a nossa dor pessoal servir de mola propulsora para a possibilidade de abrirmos mão dos valores fundamentais do ser humano, como a própria vida humana em geral, algo está errado: é aí que precisamos da ajuda divina, pois o homem não consegue resolver tudo sozinho. 'Vinde a Mim, todos vós que estais aflitos e cansados sob o fardo, e Eu vos aliviarei', disse Jesus. É aqui que entra a fé. É aqui que entra a oração: Senhor, aumenta a minha fé. E vale para todos nós."

10/6/2008
Alexandre de Macedo Marques

"Caro dr. Silveira. Sob o tema, muitas vezes abordado pelo senhor na sombra de uma angústia verdadeira - sabêmo-lo agora- mantive uma breve troca de idéias com um membro do conselho editorial de um grande jornal paulista. Transcrevo trechos do um dos meus e-mails: '...nos parcos neurônios dos aborígenes as coisas só fazem sentido se tudo for reduzido a um 'Fla x Flu' ou a um 'Coríntia X Porco'. A Igreja Católica, por princípios e pressupostos que lhe são próprios e peculiares, tomou posição. Logo, trêfegos pensadores e adjacentes, derivaram a coisa para laicismo X religião de Estado. E dá-lhe exorcismos contra o que chamavam de 'obscurantismo', exumações apalermadas de Giordano Bruno, de Galileu Galilei. Ou o uso pornográfico de qualquer ignorância ou meia verdade que possa servir-lhes de munição na busca de ares de 'mudernos' e de progressistas... Em seu âmago a coisa a decidir era muito clara. Complexa era a sustentação de uma posição tal a carência de elementos objetivos para tanto. Para mim a coisa estava alguns - muitos - passos adiante. Se o destino dos embriões é o descarte - tout court, o lixo - pois jamais irão desenvolver-se num Ser Humano, por que não poderão ser utilizados em pesquisas médicas que, potencialmente, podem ajudar milhares de seres humanos a livrar-se dos grilhões e sofrimento de doenças degenerativas sem cura? Atrevo-me a cometer uma heresia, mas aí vai: Cristo ofereceu sua vida, sacrificado, pela salvação do Homem. Poderia a morte e sacrifício desses embriões, pela esperança e alívio da dor e angústia humanas, um 'ato cristão'?"

11/6/2008
Dávio Antonio Prado Zarzana Júnior

"Se me permite o nobre migalheiro Alexandre de Macedo Marques, não existe 'ato cristão' sem a participação da vontade livre. Os embriões humanos, assim como os fetos que são assassinados, não querem isso."

11/6/2008
Alexandre de Macedo Marques

"Caríssimo Zarzana Júnior,obrigado pela atenção dada a minha humilde e, certamente, imperfeita migalha-indagação. Tomo a liberdade de perguntar em que momento o embrião vai manifestar sua vontade de ser 'descartado', isto é, ser jogado no lixo. Reunirá pressupostos que permitam batizá-lo antes? Sou católico praticante e confesso minha completa incapacidade de formular um juízo que me livre da angústia diante da questão."

11/6/2008
Dávio Antonio Prado Zarzana Júnior

"Bom, caro amigo Alexandre de Macedo Marques, você entendeu minha mensagem, portanto. Os seres humanos em sua fase inicial de vida, desde a concepção, até mesmo algum tempo após o nascimento, não possuem o domínio da razão. E antes do nascimento, não manifestam sua vontade, por óbvio. Como católico praticante, você sabe que a Igreja defende a vida desde a concepção. Quem defende é justamente quem pode mover sua vontade nesta direção, tanto para defender outros, quanto para a legítima defesa. Os pequenos seres humanos não podem fazê-lo, mas nós podemos. Você pode, como católico praticante, encontrar o ensino da Igreja sobre ‘crianças mortas sem Batismo’ no Catecismo, nº 1261. Desde os tempos mais remotos, a Igreja sempre batizou as crianças - Catecismo nº 1252. De novo: nenhum ser humano quer a própria morte, a não ser para conscientemente salvar outra pessoa, como fez Cristo por nós. Para tanto, é necessária, portanto, a 'consciência'. Daí minha expressão irônica: os embriões não 'querem' isso, que percebi que você entendeu perfeitamente. O que não se pode é matar alguém inocente e indefeso para, pretensamente, salvar alguém. Isso não é correto. Devemos salvar todos e curá-los de suas enfermidades, aplicando meios corretos para isso, que não matem nenhum ser humano em nenhum estágio de sua vida. Essa é a defesa da Igreja."

12/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Aí é que está, caros colegas. Quem é que resolve o que querem, afinal, as células, os embriões e os fetos? A sugestão do colega Alexandre de Macedo Marques não me pareceu tão herética como ele mesmo anunciou. Vejo, hoje, muita gente, que a par de falar em livre-arbítrio (vontade livre) afirma saber o que querem os embriões humanos, mesmo que a respeito não tenha havido nenhum pronunciamento. E, se não houve e, pelo jeito, nem vai haver, parece razoável aceitar que, a exemplo de Cristo, possam estar 'querendo' oferecer-se pela salvação, esperança e alívio da dor e angústias humanas. Quem sabe? Outro destino seria o descarte ou, egoisticamente, o lixo, sem servir a ninguém, nem mesmo a si próprios, e nem a aqueles que os defendem, o que não me parece, essa sim, uma solução caridosa para com o próximo ou... cristã. Além do mais, sem querer ser desrespeitoso para com os que são religiosos, mas depois de séculos de mortes em nome da religião, com milhões de pessoas que expressamente (por vontade livre), não desejavam, mas foram torturadas ou enviadas para a fogueira, e civilizações inteiras arrasadas por serem pagãs, inclusive com seus embriões que, na ocasião, não puderam dizer nada, realmente não me parece uma boa hora para esse tema. Isso, sem contar com o que consta do Antigo Testamento, com a destruição de todas as cidades ao redor de Gerara (1 milhão de mortos), ou no Dilúvio (30 milhões de mortos). Melhor seria para a religião que desse sua real contribuição para o bem-estar e o progresso da humanidade. Hoje, sem o medo da fogueira, a ciência pode, melhor do que regredir ou permanecer estagnada, progredir. E poderia, até, contar com o apoio da Igreja para facilitar seu caminho que, além do mais, é inexorável."

12/6/2008
José Renato M. de Almeida

"A Igreja - instituição que exercia o poder secular na época da Inquisição e condenava à fogueira pessoas consideradas nocivas à ordem política e social estabelecida por seus representantes - hoje defende a vida, de acordo com os mais atuais conhecimentos científicos biológicos, mesmo assim e por isso mesmo, continua sendo criticada e condenada, como o faz o sr. Wilson Silveira, o qual infere saber até o que os embriões poderão ter decidido quanto a querer viver ou doar-se em sacrifício! Por que será que esse tipo de argumento ainda ocorre em nosso tempo, já que podemos nos considerar os seres mais civilizados em toda a história da humanidade?"

13/6/2008
Daniel Silva

"Não sei se responde ao Sr. José Renato, mas o problema é exatamente a última frase de sua migalha. Nós não somos os seres mais civilizados em toda a história da humanidade, temos apenas essa impressão porque temos a tendência a achar que tudo o que vem depois é melhor. Junte isso com a ilusão de que somos mais civilizados só porque conseguimos construir um 'iPorcaria' da vida, e temos uma civilização com argumentos cada vez mais medonhos, mas que jura ser o primor da inteligência".

 

Cigarro

12/6/2008
Simone Andrea Barcelos Coutinho

"É assustador o quanto o autoritarismo grassa e o povo obedece (Migalhas 1.914 - 10/6/08 - "TJ/RJ" - clique aqui). A Constituição diz que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, mas o Judiciário acha que um mero decreto serve... Decreto esse que, além de tudo, é abrangente demais ao alcançar até varandas! Seria apenas ridículo, se não fosse tão liberticida. Ao invés de tratar os fumantes como inimigos do povo, esse governador deveria se preocupar com a saúde e a segurança públicas de seu estado, que são sofríveis."

13/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Aqui em São Paulo, onde nosso prefeito não é tão autoritário quanto o do Rio de Janeiro, e nem tão adepto de factóides, resolveu consolidar toda a regulamentação acerca do assunto, nem tanto ao mar, nem tanto à terra, com um recente decreto, que dá margem a quem deseja fumar e a quem não deseja ser incomodado, na justa medida, como devem ser as coisas. É o que está valendo na Capital de São Paulo atualmente, até que novas patrulhas anti-tabagistas se manifestem. Democrático mesmo seria deixar ao arbítrio dos restaurantes e congêneres a escolha de determinarem se seus estabelecimentos deveriam ser livres de fumo ou não, indicando essa circunstância à porta de cada casa, de modo a evitar aborrecimentos, discussões ou reversões de expectativas. E o público, por sua vez, escolhe se quer ou não freqüentar esse ou aquele estabelecimento. Ou os fumantes, para freqüentarem certos estabelecimentos, onde não se fuma, irão lá sem reclamar da não existência de espaços para fumar: ou os não fumantes, que quiserem freqüentar casas em que se fuma, podem ir, mas sem queixas. E todos se dariam bem, sem reclamações e sem o poder público ter de ficar se envolvendo em questões de obrigar a fazer ou não fazer que, à vista do que tem a fazer o próprio poder público, e não faz, poderia deixar para outras prioridades que por certo existem.

'DECRETO MUNICIPAL Nº 49.524, DE 27 DE MAIO DE 2008

Diário Oficial da Cidade; São Paulo, SP, 28 maio 2008, p. 3

Consolida a regulamentação das Leis nº 9.120, de 8 de outubro de 1980, com as alterações subseqüentes, e nº 10.862, de 4 de julho de 1990, com a redação dada pela Lei nº 14.695, de 12 de fevereiro de 2008, as quais dispõem, respectivamente, sobre a proibição e a restrição ao tabagismo nos locais que especificam; revoga os Decretos nº 17.451, de 22 de julho de 1981, nº 34.825, de 18 de janeiro de 1995, e nº 34.836, de 31 de janeiro de 1995.

GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei,

CONSIDERANDO as normas previstas na Lei nº 9.120, de 8 de outubro de 1980, com as alterações introduzidas pelas Leis nº 10.863, de 4 de julho de 1990, nº 11.404, de 9 de setembro de 1993, nº 11.618, de 13 de julho de 1994, nº 11.657, de 18 de outubro de 1994, nº 13.704, de 30 de dezembro de 2003, e nº 14.512, de 9 de outubro de 2007, bem como as disposições contidas na Lei nº 10.862, de 4 de julho de 1990, com a redação dada pela Lei nº 14.695, de 12 de fevereiro de 2008, relativas, respectivamente, à proibição e à restrição do tabagismo nos locais que especificam;

CONSIDERANDO a conveniência de se reunir, em um único decreto, as normas regulamentares em vigor, referentes às leis supracitadas, de modo a consolidar sua regulamentação,

DECRETA:

Art. 1º. Este decreto consolida a regulamentação da Lei nº 9.120, de 8 de outubro de 1980, com as alterações introduzidas pelas Leis nº 10.863, de 4 de julho de 1990, nº 11.404, de 9 de setembro de 1993, nº 11.618, de 13 de julho de 1994, nº 11.657, de 18 de outubro de 1994, nº 13.704, de 30 de dezembro de 2003, e nº 14.512, de 9 de outubro de 2007, bem como da Lei nº 10.862, de 4 de julho de 1990, com a redação dada pela Lei nº 14.695, de 12 de fevereiro de 2008, as quais dispõem, respectivamente, sobre a proibição e a restrição ao tabagismo nos locais que especificam.

Art. 2º. Na conformidade das leis referidas no artigo 1º deste decreto, é proibido fumar em estabelecimentos fechados nos quais for obrigatório o trânsito ou a permanência de pessoas.

Parágrafo único. Dentre os locais onde é expressamente proibida a prática do tabagismo, incluem-se:

I - os elevadores de prédios residenciais ou não;

II - o interior dos meios de transporte coletivos urbanos;

III - os corredores, salas, enfermarias e quartos de hospitais, casas de saúde, prontos-socorros, creches e postos de saúde;

IV - os auditórios, salas de conferências ou de convenções;

V - os museus, teatros, salas de projeção, bibliotecas, salas de exposições de qualquer natureza e locais onde se realizam espetáculos circenses;

VI - o interior de estabelecimentos comerciais;

VII - os estabelecimentos escolares de educação infantil, ensino fundamental, médio e superior;

VIII - as garagens de prédios públicos e edifícios comerciais e residenciais;

IX - o interior dos veículos destinados a serviços de táxi;

X - os locais por natureza vulneráveis a incêndios, especialmente os depósitos de explosivos e inflamáveis, os postos distribuidores de combustíveis, as garagens e estacionamentos e os depósitos de material de fácil combustão;

XI - o interior de ginásios esportivos, academias de ginástica e locais destinados à prática de exercícios físicos e desportivos;

XII - as dependências dos órgãos e repartições da Administração Pública Municipal direta e indireta;

XIII - o interior de agências de correios e telégrafos;

XIV - as casas lotéricas, barbearias e institutos de beleza;

XV - os templos de igrejas e casas de culto religioso;

XVI - o interior dos velórios;

XVII - os consultórios médicos e odontológicos do serviço público de saúde;

XVIII - o interior de floriculturas e consultórios veterinários;

XIX - as casas de música e espetáculos, bem como quaisquer salas ou auditórios em que se realizem espetáculos de entretenimento.

Art. 3º. Os órgãos e estabelecimentos a que se referem os artigos 1º e 2º deste decreto poderão dispor de salas ou recintos destinados exclusivamente aos fumantes, desde que abertos ou ventilados, atendidas as recomendações oficiais e exigências atinentes às medidas de prevenção contra incêndios.

Art. 4º. Os bares, restaurantes, cantinas, churrascarias, pizzarias, lanchonetes, confeitarias, docerias, sorveterias, casas de café, casas de chá, pastelarias, casas de aperitivos e petiscos, sucos e refrescos, "bombonières", rotisserias, choperias, casas de "drinks" e estabelecimentos afins que sirvam refeições, com área superior a 100m2 (cem metros quadrados), ficam obrigados a reservar, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) da área de consumação do público para os não-fumantes, a fim de que tenham sua saúde e conforto preservados.

Parágrafo único. O uso de charutos, cigarrilhas e cachimbos somente será permitido em local especialmente reservado para esse fim, dotado de dispositivo de contenção de poluição tabagística ambiental.

Art. 5º. Ficam dispensadas do atendimento às disposições previstas no artigo 4º deste decreto as casas noturnas de diversão e lazer, tais como casas de dança, boates e congêneres, que também efetuem manipulação, consumo e venda de alimentos.

Art. 6º. Nos estabelecimentos, órgãos e locais mencionados nos artigos 2º e 4º deste decreto, deverão ser afixados avisos indicativos da proibição de fumar em pontos de ampla visibilidade e de fácil identificação pelo público.

Parágrafo único. Os avisos indicativos não poderão ter dimensões inferiores a 25cm (vinte e cinco centímetros) por 35cm (trinta e cinco centímetros), nem superiores a 30cm (trinta centímetros) por 50cm (cinqüenta centímetros) ou, ainda, área que exceda 0,15m2 (quinze centímetros quadrados); suas letras deverão ter cor que possibilite fácil destaque em relação ao fundo.

Art. 7º. O descumprimento ao disposto neste decreto acarretará a imposição de multa no valor de R$ 872,00 (oitocentos e setenta e dois reais), aplicada em dobro nos casos de reincidência.

Parágrafo único. O valor da multa a que se refere o "caput" deste artigo será corrigido anualmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou por outro índice que venha a substituí-lo, nos termos da legislação municipal pertinente.

Art. 8º. Para os efeitos deste decreto, considera-se infrator tanto o fumante quanto o responsável pelo estabelecimento onde ocorrer a infração, nos limites das responsabilidades que lhes são atribuídas.

Art. 9º. A fiscalização das disposições deste decreto compete:

I - à Secretaria Municipal da Saúde, nas unidades de saúde;

II - à Secretaria Municipal de Transportes, no interior dos veículos de transporte coletivo urbano municipal e dos veículos destinados ao serviço de táxi;

III - à Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras, nos demais locais onde a prática do tabagismo é proibida.

Art. 10. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogados os Decretos nº 17.451, de 22 de julho de 1981, nº 34.825, de 18 de janeiro de 1995, e nº 34.836, de 31 de janeiro de 1995.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 27 de maio de 2008, 455º da fundação de São Paulo.

GILBERTO KASSAB, PREFEITO

ANGELO ANDREA MATARAZZO, Secretário Municipal de Coordenação das Subprefeituras
Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em 27 de maio de 2008.
CLOVIS DE BARROS CARVALHO, Secretário do Governo Municipal'."

Cinto de segurança

10/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Se você, em vez de dirigir um veículo de passeio, estiver dirigindo um veículo bélico – melhor adaptado ao trânsito de São Paulo, por exemplo – um tanque de guerra, não vai precisar usar o cinto de segurança, de acordo com a Portaria publicada pelo Contran, na edição do Diário Oficial, seção 1, página 55, assinada pelo Presidente do Conselho, Alfredo Peres da Silva. Assinam, ainda, a Resolução de nº 279, os representantes dos Ministérios da Ciência e Tecnologia, da Defesa, das Cidades, dos Transportes e da Justiça. Não sei se o público sabia. Eu não sabia que tanque de guerra tinha cinto de segurança. Aliás, nem sabia que guerra tinha segurança. Nem sabia, sequer, que na guerra havia 'marronzinhos' multando quem, nos tanques, estivesse sem os cintos, o que seria difícil até porque os tanques de guerra não costumam usar placas com números indicativos. Mas, o que impressiona, são tantos Ministérios, e o Contran, interessados nessa idiotice, já que tanques de guerra, mesmo usados – em bom estado – não se encontram à venda para o público em geral. Mas, se de qualquer maneira, você comprar um tanque de guerra, vai poder desrespeitar a lei do Maluf... e andar sem o cinto de segurança. Bom, não? Agora, acabar com as maracutaias nos Detrans, está difícil, não?"

Circus

9/6/2008
Ailton B. Brandão

"Adauto, esse número do Circus (89 - 6/5/08 - "Litteraratura" - clique aqui) ficou espetacular. Justa homenagem ao Joãozito. Despertou-me a vontade de reler Sagarana e Grandes Sertões. Forte abraço e obrigado."

9/6/2008
Raphael Melazzo de Faria Costa

"Excelente crítica literária (Circus 89 - 6/5/08 - "Litteraratura" - clique aqui). Mas, quando o autor faz referência, no quarto parágrafo, ao 'romance dos dois jagunços que se amavam e que o Tarcísio mais a Bruna eternizaram na TV', não teria esse par romântico, sido protagonizado por Bruna Lombardi (Diadorim) e Tony Ramos (Riobaldo) ao invés de Tarcísio, na mini-série 'Grande Sertões: Veredas'? Um abraço migalheiro a todos."

9/6/2008
Hamilton Penna

"Adauto, o seu Circus semanal é um refresco para os meus olhos, habituados (mas cansados) de ler somente 'juridiquês', o que já faço há mais de 50 anos nesta profissão por vezes linda e por vezes frustrante (89 - 6/5/08 - "Litteraratura" - clique aqui). Mas ainda é uma 'cachaça' que me tornou dependente dos agravos, apelações, iniciais e outras expressões que, para os leigos, soam como palavrões. Mas creia, Adauto, está cada vez mais difícil advogar. Em uma 'Migalha' (Migalhas dos leitores - "Theotonio Negrão" - clique aqui) recente você me tirou do anonimato ao lembrar a nossa convivência na Distrital Ipiranga, fazendo referência ao meu (e seu) constrangimento quando eu levava uma petição a despacho. Tenho muitas saudades daquela fase da minha vida (pessoal e profissional) e dos longos papos que batíamos na ocasião. E, principalmente, do relacionamento amigo e gostoso que você mantinha com os advogados do bairro, participando dos jantares e do futebol que tentávamos jogar e do qual você participava como um goleiro até mesmo razoável. Atualmente, meninos e meninas, recém admitidos na magistratura, mantêm os advogados à distância e, por vezes, negam-se a despachar uma petição com um simples comunicado na porta: dirijam-se ao Protocolo. Enfim, como é difícil deixar a 'cachaça' vamos continuar a luta, ora felizes, ora decepcionados, mas sempre tocando o barco. Um grande abraço do amigo,"

13/6/2008
Théo Assuar Gragnano

"No brilhante texto do último Circus (90 - 13/6/08 - "Sexo e Tabu" - clique aqui), o prof. (da vida) Suannes revela seu ceticismo com relação a modificações legislativas no âmbito do Direito de Família, pois as soluções judiciais nesta seara decorreriam mais da mentalidade dos operadores do Direito do que do texto legal em si. Exatamente por isso ser verdade é que deve ser amplamente divulgado o luminoso e 'revolucionário' voto (vencido) proferido pelo grande ministro Carlos Ayres Britto no RE 397762-8. Neste voto, o ministro sustenta, de forma brilhante, que a união estável abarcaria os "casais desimpedidos para o casamento civil ou, reversamente, ainda sem condições jurídicas para tanto", afirmando, ainda, que para a Lei Maior não existem concubinos e sim casais em situação de companheirismo, ainda que impedidos de celebrar casamento. O voto é de rara beleza e oferece uma interpretação do §3º do art. 226 da Constituição mais consentânea com os valores consagrados no próprio Texto Maior. Fazemos coro, por isso, a Celso Antônio Bandeira de Mello, quando diz que o Ministro Carlos Britto (juntamente com Marco Aurélio) é figura pinacular do Supremo Tribunal Federal".

 

Clones de Getúlio?

12/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Agora é o Paulinho, o da Força, que se parece com Jango e Getúlio. Diz que sua 'perseguição' lembra a 'perseguição' que sofreu Getúlio Vargas, por 'conservadores e inimigos do povo e dos trabalhadores'. Antes foi Lula a se comparar com o ex-presidente Getúlio Vargas. Pensando, agora, nessa história de células, embriões e clones, será que Vargas deixou tantos herdeiros? Talvez agora, autorizadas as pesquisas, os clones venham com melhor qualidade."

Contraditório X Contradição

10/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Os acusados pelo padre Julio Lancelotti de chantageá-lo para dele receber algo entre os R$150 mil (que o padre disse que deu) e os mais de R$400 mil (que os rapazes dizem que receberam), em troca de favores sexuais foram soltos, ontem, após sete meses de prisão, julgados inocentes das acusações que lhes foram feitas, por falta de provas. Em outras palavras, do que dos autos constou, nada ficou provado que falasse acerca de chantagem ou achaque. O padre deu toda aquela dinheirama... porque quis. Não foi a isso forçado, e nem ameaçado. Era um, por assim dizer, benfeitor, dos meninos. Até mesmo os acompanhou à uma concessionária de veículos, conforme testemunho do vendedor, para a aquisição de um carro de luxo, bem a gosto do beneficiado. Todos estavam, na ocasião, bem alegres, e o carnê, ficou em mãos do padre, para pagamento das prestações. Daí, a desavença, a separação, as acusações de lado a lado, as contradições e o contraditório, agora solucionado. Uma das partes tem razão. A outra, conseqüentemente, não. O que fazer? Agora, é perguntar, de novo, a pergunta que nunca quis calar: de onde veio todo aquele dinheiro para presentear apenas aquele 'educando' em especial? Ou a ONG que dirige o religioso garante verbas tais a todos os meninos sob sua guarda?"

Corrupção

9/6/2008
Aderbal Bacchi Bergo - magistrado aposentado

"Meus amigos, estamos no brejo e peço que entendam minha sinceridade, ao comentar a notícia:

'Em São Paulo, venda de carteiras (de habilitação para dirigir veículos automotores) provoca 44 baixas.'

Não admito que seja justo afirmar que estamos vivendo numa 'zona' porque nutro grande respeito pelas prostitutas. Elas foram levadas à 'difícil vida fácil' por razões que, às vezes, a própria razão desconhece. É óbvio que há também as putas-putas, ou seja, as putas que são putas porque nasceram para serem putas. Sob o aspecto da maior parte de nossa classe política, dizer que agem como putas seria ofender as putas que foram levadas pela vida à difícil vida fácil. Não é mais possível sequer olhar para o Jornal que assinamos. Diariamente somos agredidos por notícias de corrupção, de caradurismo, de banditismo, que são tão degradantes que somos forçados a dar uma olhada na primeira página do Matunino e jogá-lo no lixo. Serem jogados no lixo é o que merecem a maioria dos 'agentes públicos' em sentido amplo, 'nestepaís'. O Cinismo da maior parte dos lulistas é extremamente agressivo para as pessoas de bem, a cada dia nos brindam com novos escândalos de tráfico de influências, de corrupção, de locupletamento do dinheiro público. É extremamente claro para quem queira ver que todas as ações do dês-governo lula são impulsionadas por má-fé, sacanagem e corrupção, a mais deslavada de que se tem notícia na história deste país. Não desejo que interpretem que eu sou anti-lulista. Na verdade, eu sou contra a maioria da nossa classe política que agora se vende ao lulismo e que possibilitou a eleição de lula para presidente, porque tinham erigido o Brasil a campeão mundial na modalidade injustiça social. A maior parte de nossa oposição não merece confiança. A maior parte de seus integrantes são fisiológicos, piores do que putas-putas, como o são a maior parte dos integrantes de todos os governos 'neste país', tanto o Federal como os Estaduais e os Municipais. Os cidadãos brasileiros estão sendo assaltados por uma horda de políticos abomináveis, idênticos a putas-putas. Saudações,"

10/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"E já notou, colega migalheiro Aderbal Bacchi Bergo, que nos jornais que assinamos, as notícias das 'sacanagens', palavra recém incorporada ao vocabulário político pelo presidente Lula, já passaram para as páginas de Economia? Antes estavam nas de 'Cotidiano', como se o nosso cotidiano fosse de atos de corrupção. Hoje, quando a notícia é que a Casa Civil interferiu para que Brasileiros sem dinheiro comprassem a Varig sem gastar nada, 'nadinha', e que as leis brasileiras foram frustradas porque o compadre do presidente foi contratado para 'cuidar do caso', isso não vai para as páginas policiais, mas para as de Economia, já que tratam de um 'investimento', um exemplo de empreendimento bem-sucedido? Quanto às putas, ou putas-putas, realmente não é mais a vida fácil, frente às facilidades encontradas por alguns 'nessste país'. Mesmo o conceito de 'putativo', acho, do que aparenta ser verdadeiro, legal e certo, sem o ser, deve ser repensado. 'Putativo' é o que é, o que parece ser, não o suposto, mas o que a Casa Civil acha que é. E 'sacanagem', é só olhar no Aurélio, pode ser um salgadinho, feito com salsicha, queijo, pimentão etc., espetados em um palito..."

10/6/2008
Aderbal Bacchi Bergo - magistrado aposentado

"Amigos, recebi um e-mail com um anexo no qual constam 156 nomes de políticos, a maioria deputados, alguns senadores, que estão sendo processados e qual a acusação contra cada um. Recebi a mensagem de um amigo com o título: Em quem não votar. Ao ensejo, modifico-o e explico: 'Getulio Vargas, o coroinha'. Hoje, a Imprensa divulga que o Ministério Público reabre investigação sobre a Varig, porque Fundo americano usou 'laranjas' para comprar empresa e contou com a ministra-chefe da Casa Civil de Lula, Dilma Roussef, para pressionar a Anac, a fim de ser aprovada a composição acionária da VarigLog, o que abriu caminho para que a empresa comprasse a Varig. Sem embargo da atuação do compadre do presidente lula, de todos conhecido, o compadre Roberto. Em São Paulo, estamos sendo brindados com a canalhice e a corrupção dentro do Detran, com a venda de Carteiras de Habilitação, envolvendo vários Delegados. Em São Paulo, segundo o José Simão, o nome do governador foi mudado porque seu governo distribui livros onde consta a palavra ensino grafada com C= 'ENCINO'. Então, toquem o 'Cinos', com C do Zé Cerra, para o governo do qual 'Encino' significa assão de tocar sino! 'Serto' ou 'Herrado', é o qui emporta, desdi que a 'iscola seje iscrita com 'i'. Animada,  a Carla Perez saiu gritanto: 'Oba, então já poço me candidatar a Cecretária de Educassão.' É desolador pensar que Getulio Vargas suicidou-se em razão do 'Dirceu' dele ter mandado matar , sem sucesso, Carlos Lacerda porque este afirmava na Tribuna da Câmara Federal que o Governo de Getulio tinha se convertido em um mar de lama. Quanta precipitação! Comparando-se a corrupção que havia naquela época e a que nos afoga hoje, se havia mar de lama então hoje há tsunami de lama ou quantidade de lama que nem é possível mais mensurar. Getulio Vargas, o coroinha! Abraços,"

11/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Acho que poucos sabem que o governo federal tem extensa biblioteca, ao alcance da mão, sobre o tema Corrupção, no Brasil e no mundo. Trata-se da BVC - Biblioteca Virtual sobre Corrupção, mantida pela CGU - Controladoria Geral da União, em https://bvc.cgu.gov.br, em parceria com o escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), www.undcp.org.br. Com toda essa informação na mão, e do jeito como andam as coisas aqui em nosso país, é de se imaginar que muita gente tem feito bom uso desse enorme cabedal de conhecimento. Há, também, acerca do tema corrupção, www.transparencia.org.br, interessantíssimo, que traz, por exemplo, o histórico atualizado dos processos contra os parlamentares brasileiros, indicando como cada qual gasta o dinheiro que recebe, quem financiou suas respectivas campanhas eleitorais etc. Tudo muito edificante. Se alguém for se basear nessas informações para escolher em quem votar, realmente vai ser difícil votar."

CPP

10/6/2008
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Sr. diretor, leio em Migalhas:

'Quase sempre as punições mais justas são, por certo lado, profundamente injustas. Não raro elas repercutem sobre terceiras pessoas absolutamente inocentes e, enquanto o criminoso, privado da liberdade, tem ao menos alimento e abrigo, a mulher e os filhos pequenos são obrigados a mendigar.' Medeiros e Albuquerque (Migalhas 1.913 – 9/6/08)

Excelente a mensagem. Parabéns! É o que tenho defendido quando defendo penas absolutamente justas; pois, elas injustas, quão mais injustas são. O condenado não é só ele; mas a família do apenado; e em meu livro A Justiça Não Só tarda... Mas também falha, apontei penas injustas, defendendo mais uma razão do porquê a OAB ter órgãos de juristas- etimólogos, que analisem condenações, para protestar, quando injustas. O Governo, por sua vez, deveria procurar abrigar famílias de condenados, em vez de insistir na farsa de recuperação deles, quando se sabe que nas cadeias atuais ninguém é recuperado; sai sim mais revoltado. Quanto ao termo, apenado, tenho ouvido e lido que, indevidamente, tem sido substituído por penalizado. Eu me lembro quando o saudoso advogado Claudio de Luna, corrigia em altos brados, nos exames da OAB, quem substituísse o termo. Atenciosamente,"

10/6/2008
A. Cerviño - SP

"'O ministro do STJ Cesar Asfor Rocha comemorou a sanção das leis, dizendo que são procedimentos como esses que melhoram a prestação jurisdicional e agilizam o andamento dos processos (Migalhas 1.914 - 10/6/08 - "Repercussão" - clique aqui).' Cena 1 - No dia 6 de junho o jovem advogado é informado pelo rapaz do cartório que este não lhe pode mostrar os autos porque eles estão aguardando a juntada de petição. 'Desde quando?' pergunta o advogado. 'Desde o dia 23 de março.' O advogado agradece a informação e vai embora. Talvez nem ele saiba que o Código de Processo contempla prazo para o cartório juntar petição em autos de processo. Cena 2 - Num programa de entrevista na TV, o juiz entrevistado afirma que o serviço do juiz é sobre-humano. O repórter, se conhecesse o assunto, indagaria: qual a produção média diária de um juiz? Quantos despachos? Quantas decisões interlocutórias? Quantas sentenças? Quantas audiências? Sem sabermos qual a produção média dos juízes, como poderemos afirmar se a produção de determinado juiz está acima ou abaixo da média?"

11/6/2008
Aurelio Mendes de Oliveira Neto - escritório Aurelio Carlos De Oliveira

"A novel reformulação do Procedimento do Tribunal do Júri veio com o escopo de dar maior celeridade aos processos da espécie. (Migalhas 1.914 - 10/6/08 - "Alterações no CPP" - clique aqui)Todavia, parece-me que alguns objetivos almejados não serão alcançados, vez em que a audiência una neste tipo de processo, beira a utopia, já que na maioria das vezes os atos processuais não são simples - ao contrário - quase sempre são complexos. Ademais, a oitiva de todas as testemunhas arroladas, tanto pela acusação, quanto pela defesa, em um único dia, provavelmente será inviável, como regra, pois demandará muito tempo, ou seja, os profissionais envolvidos provavelmente terão que distender o dia todo em um único caso. Cite-se ainda que aquele ditado popular: 'a pressa a inimiga da perfeição' pode ser comprovado nestes casos. Já que o Direito ao Contraditório e Ampla Defesa poderá ser mitigado, como por exemplo, na dispensa da oitiva de determinada testemunha. Atender a disposição constitucional é uma coisa - agora - A mitigação de direitos inerentes às partes é outra. Sei que prematuro a referida análise, mas levo em conta o 'Fator Brasil'."

11/6/2008
Said Halah - escritório Said Halah Advogados

"Caros amigos migalheiros, não tenho a pretensão de me classificar como criminalista, mas, em leitura rápida das novas normas que se aplicarão aos julgamentos dos crimes de competência do Tribunal do Júri, desde logo se apresenta grave inconstitucionalidade, qual seja o tratamento desigual entre os diversos réus (Migalhas 1.914 - 10/6/08 - "Alterações no CPP" - clique aqui). De fato. Se apenas um dos advogados pode argüir recusa, estas em numero de três, o co-réu ou co-réus não poderão por razões próprias e diversas daquele que por primeiro atuou recusar algum jurado, estão inibidos pela Lei em causa de eventualmente recusar algum jurado, recebendo tratamento desigual estando em situação absolutamente idêntica. O principio da isonomia e da defesa individual ampla, quanto o processo legal, fica viciado por este desrespeito."

13/6/2008
Sérgio Antunes - advogado e professor de Direito.

"(Migalhas 1.914 - 10/6/08 - "Alterações no CPP" - clique aqui) Juiz produzindo provas ? Li atentamente o texto da nova Lei nº 11.690, que modifica algumas normas do CPP da ditadura e estranhei a nova redação do artigo 156, inciso I do CPP, que possibilita ao juiz a produçao de provas ANTES de iniciada a ação penal. Na minha modesta opinião, melhor seria uma Emenda Constitucional colocando o Ministério Público no Capítulo do Poder Judiciário. Se o sistema processual adotado é o triangular (juiz, autor e réu), não vejo o menor sentido do juiz participar da produção de provas ANTES do oferecimento da denúncia. Só falta uma norma admitindo que o juiz ofereça denúncia substitutiva, caso não concorde com a capitulaçao proposta pelo membro do Ministério Público. É isso que dá membro do MP legislando e com a cabeça ainda no sistema inquisitivo".

 

Criança

9/6/2008
Pedro Luís de Campos Vergueiro - advogado e procurador do Estado de São Paulo aposentado

"As autoridades competentes vieram de aprovar os modelos e obrigar que o transporte de crianças em carros seja feito em cadeirinhas infantis especiais. Conforme divulgado são três modelos, utilizáveis obrigatoriamente de acordo com a idade da criança. Causou-me espécie o modelo de 'bebê conforto' para crianças até um ano de idade. Para estas o 'bebê conforto' deverá ser colocado na posição em que ele esteja 'voltado para o vidro traseiro, de costas para a direção do carro'. Enquanto 'bebê conforto', certamente o bebê estará confortável na viagem. Porém, sabemos, que muitos bebês enjoam quando andam de carro e chegam, mesmo, a vomitar. Ora, não foi realmente uma brilhante idéia colocar o 'bebê conforto' virado para o vidro traseiro e não para a mãe que deverá estar sentada no assento do passageiro ou, mesmo, dirigindo o veículo. Essas posições dificultam a visão plena e adequada, pela mãe, do bebê que está no 'bebê conforto'. Usando o novo modelo, Para ver a criança, para ver o seu rosto, para controlá-lo, a mãe, desde que não esteja dirigindo é claro, deverá movimentar-se de uma forma nada confortável. Será que vão inventar um jogo de espelhos para facilitar a visão do rosto do bebê para quem esteja sentado nos bancos da frente? Em suma: já que foi adotado e tornado obrigatório o uso desse 'bebê conforto', as autoridades que o idealizaram deveriam explicar as razões e fundamentos da sua idealização dessa forma, assim como a conveniência e a vantagem desse modelo. Ao ensejo, deverão também manifestar-se as outras autoridades especializadas, inclusive médicas, no bem estar das crianças."

CSS

12/6/2008
Aderbal Bacchi Bergo - magistrado aposentado

"Após a aprovação, ontem, pela Câmara Federal de nova CPMF, se hoje fôssemos para as ruas em greve geral no país, obstruindo o trânsito nas cidades e nas estradas, enfim, agindo como cidadãos e não como palhaços, idiotas, débeis mentais, que é o que os lulistas pensam que somos, se tivéssemos um pouco da vergonha na cara que têm, por exemplo, os argentinos e os franceses, como eles têm demonstrado em diversas oportunidades, se assim agíssemos tudo seria diferente 'nestepaís' (Migalhas 1.916 - 12/6/08 - "CSS" - clique aqui). Mas, estamos sob um (dês)governo sindicalista que conseguiu comprar grande parte da oposição parlamentar, mais UNE, MSTerra, MSTeto, enfim, nós, os contribuintes não temos representatividade. Nosso protesto daria mais forças ao Senado, ou constrangeria o Senado a reagir. Os 'experts' são unânimes quando afirmam que esse (des)governo deve diminuir gastos correntes e não aumentar juros. Mas, diminuir gastos significa diminuir superfaturamentos pagos com dinheiro público! Algum de vocês está 'levando algum' dos banqueiros? Os lulistas perderam totalmente a credibilidade e não é possível que se mantenham no poder. Qualquer providência que eles anunciem provoca na sociedade esclarecida a seguinte pergunta: 'o que realmente estão pretendendo?' Trata-se de um (des)governo que sempre age com absoluta má-fé. Lamento profundamente que eu não possa me mudar daqui, em razão de quatro filhos e oito netos aqui radicados. O Brasil transformou-se em terra de bandidagem, não só na esfera federal. Basta analisar, por exemplo recente, o que foi apurado no Detran do Estado de São Paulo. A corrupção, a má-fe, da maior parte dos agentes públicos federais, em sentido amplo, já contaminou o país todo. Saudações,"

12/6/2008
Sidnei Cardoso

"Gostaria de saber onde vai parar os 0,38% de IOF, dessa maneira, não é 0,10% e sim 0,48%, ou estamos enganados, ou estamos sendo enganados (Migalhas 1.916 – 12/6/08 – "CSS" – clique aqui). Grato."

13/6/2008
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Sr. diretor, leio na internet, que a oposição recorrerá ao STF quanto ao imposto do cheque, se ele ultrapassar o Senado (Migalhas 1.916 – 12/6/08 – "CSS" – clique aqui). Bem! Quem prolata leis , é o STF ou o Congresso? Recorrerá contra o quê? Pois muitos recorreram contra quando do FHC, e de nada adiantou; logo, SMJ ter-se-ia até dado a súmula vinculante, na votação. Eis mais uma questão em que o Judiciário vai aborda (desculpem galicismo), perder tempo e não chegar a nada. De uma vez por todas, todos devem saber até onde vão as competências. A questão não é estar contra, é saber que o Congresso vota por maioria; e ele é soberano nessas questões, não pode haver intrometimento do Judiciário. Bem diz o povão: cada macaco em seu galho. Quando é que vão aprender isso, pois é primário?"

Depósitos judiciais

10/6/2008
Christina Cordeiro

"(Migalhas 1.909 - 3/6/08 "Depósitos judiciais - Instituições financeiras privadas" - clique aqui) Em meio a instigante discussão sobre a possibilidade ou não dos tribunais firmarem convênios com bancos privados, lembrei do caso do nosso TJ/ES. No ano passado o Banco do Estado (BANESTES) criou juntamente com o TJ/ES um sistema de depósito judicial que facilitou muito a vida dos advogados e das partes. Para fazer um depósito, basta que o interessado acesse o site do Banco, clique no link específico (há informação em todo lugar sobre qual o link). Então será gerada uma guia de depósito online, que deverá ser preenchida com todos os dados do processo. Depois é só imprimir, assinar e fazer o depósito e ir para fila do Banco (é claro!). Esse sistema acabou com a necessidade do advogado ter que ir para o balcão do cartório implorar para alguém fazer um ofício, que na maioria das vezes estava errado. Não é o sistema ideal, mas já é um bom começo (clique aqui)."

13/6/2008
Gilberto Seródio

"(Migalhas 1.909 - 3/6/08 "Depósitos judiciais - Instituições financeiras privadas" - clique aqui) 1) O texto do artigo 666 diz explicitamente: Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Não cabe nenhuma interpretação jurídica. 2) A questão toda é que o tribunal se afigura uma corretora de títulos e valores com dinheiro de terceiros. Enquanto os depositantes recebem juros legais, os Bancos, estatais ou não se lcoupletam com as taxas de juros escoarchantes que nos cobram pelos cheques especiais e cartão de crédito, agora passíveis de serem lastreados com os depósitos judiciais, o seu, o meu o nosso dinheiro. 3) A Justiça Brasileira precisa fazer grandes investimentos em tecnologia da informação nós próximos dez anos para viabilizar o processo judicial eletrônico já não lei. Todas as instancias e tribunais estão entupidos de processos e petições devido ao crescimento da economia e sociedade, mais acesso ao judiciário e principalmente prática nociva de Bancos, operadoras de telefonia, concessionárias de serviços, públicos e outros que atendem mercados de massa, e não respeitam a lei e muito menos o consumidor, fazendo da justiça um diferencial para aumentar os lucros e caixa dois. Mais do que justo que os Bancos, estatais ou não paguem mais à justiça para colaborar na solução do problema que eles são os principais causadores e responsáveis. Importante ouvir a opinião do Banco Central porque essa dinheirama toda pode afetar a liquidez do sistema e a inflação. Quem incluir os Bancos privados? Então tratem de mudar a lei, ou o CNJ vai decidir contra lei quando seus poderes são de cunho administrativo?"

Dia dos Namorados

12/6/2008
Paulo R. Duarte Lima - advogado, OAB/CE 19.979 - Quixeramobim/CE

"Em cortesia a todos que gostam de namorar com a vida que Deus nos deu! É, também, uma nova lembrança/homenagem, póstuma, a quem se foi para outra morada, recentemente, e nos deixou órfãos de sua eterna alma cultural: Artur da Távola - Ter ou não ter namorado, eis a questão. Título do livro: Amor a sim mesmo (Não digitei errado; o trocadilho está mesmo no título) A edição é uma coletânea das crônicas de Artur); Editora: Círculo do Livro, por cortesia da Editora Nova Fronteira S.A.; Ano da edição: Como a edição foi realizada pelo Círculo do Livro, e não pela Nova Fronteira, não há o ano. A única data no livro é a do copyright - © 1.984 Paulo Alberto M. Monteiro de Barros (nome real de Artur da Távola):

'Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil. Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. Quem não tem namorado é quem não tem amor é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar. Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário. Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira - d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro. Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria. Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.'

Saudações humanísticas, e cordiais,"

Eleições

10/6/2008
Luiz Guilherme Checchia Kloss

"Proponho um estudo de caso a Migalhas: estranho o movimento de algumas várias prefeituras que, em ano de eleição, tem 'vendido' suas folhas de pagamentos para alguns bancos, repetidos, com a exclusividade de oferta de produtos aos servidores. Evidentemente a preferência inexplicada não decorre de nenhum agraciamento prévio (será?). Mas também nem deve ser explicada pois, pelo D. Administrativo, trata-se de um ato discricionário do Prefeito. Cordial Abraço,"

12/6/2008
André Marmo

"Poderia apresentar um monte de teorias teses e princípios que justifiquem a aberração feita pelos ministros do TSE (Migalhas 1.916 – 12/6/08 – "Migas – 1" – clique aqui). Porém, somente uma deve bastar: 'como fica a justiça no caso de haver confronto entre dois princípios constitucionais? Admitamos que uma série pela probabilidade da conduta pública (em qualquer local da Constituição); um que estabelece a condição de julgamento com trânsito em julgado, para confirmação de condenação (em tese, é mais ou menos isso). Ora, enquanto a probidade é condição para qualquer caso, a restrição e específica. Se, em princípio, o artigo 37 da CF é aplicado para a contratação de um simples 'barnabé', como pode ser relegado para cargos públicos de alta representatividade do Estado? Vemos, que no conflito de princípio, está valendo um, feito para proteger inocentes, e não ladrões, bandidos, assassinos, corruptos, políticos... Está havendo uma inversão total de valores. A sociedade está sendo estuprada pelos ministros inconseqüentes ou venais. É o que penso."

Eleições USA

9/6/2008
Romeu A. L. Prisco

"Para quem assistiu aos últimos noticiários das emissoras de televisão, abordando a campanha dos candidatos à Presidência dos EUA, inclusive com dois deles 'tomando a benção' de poderosa entidade 'lobbística', qualquer que venha a ser o eleito, restou a certeza de que, em matéria de política externa, nada vai mudar.O Iraque continuará sob domínio e devastação. Os palestinos continuarão sendo massacrados e isolados entre si e da comunidade internacional. A Coréia do Norte e o Irã continuarão a representar sério perigo à paz mundial. O embargo econômico à Cuba não será suspenso. A cotação do petróleo continuará subindo, porém, a iniciativa brasileira de produção de biocombustíveis permanecerá sendo responsabilizada pela carência e aumento do preço dos alimentos. A Amazônia continuará sendo alvo da cobiça dos maiores poluidores mundiais, sob o falso pretexto de se constituir na única salvação do planeta Terra. Os protestos e manifestações contra essas situações no plenário da ONU e nos diversos fóruns internacionais continuarão a ser solenemente ignorados pelos EUA e seus aliados, cujas vontades e interesses prevalecerão 'acima de qualquer suspeita'. Em céu de águias e falcões, andorinhas e pardais não metem o bico."

10/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Puxa, caro Prisco, quanto ceticismo, ou cepticismo se preferir. Barak Obama aí está para mudar o mundo. Veja seu lema: CHANGE. Tudo vai mudar. Principalmente agora que Hillary abandonou a campanha, não sem antes lembrar seus 18 milhões de  votos, além se sua enorme influência entre os brancos conservadores. Com Hillary na chapa, como Vice, Obama vai CHANGE tudo. Os soldados americanos sairão do Iraque, Saddam voltará à vida e, após as desculpas do governo americano, continuará no poder, os palestinos terão seu território, assim como Israel, o Iran e a Coréia do Norte serão aceitos como economias de mercado, o embargo a Cuba será suspenso e os preços do petróleo cairão, após novas descobertas no Brasil, que será aceito na OPEP. Nunca mais os países desenvolvidos falarão na Amazônia, a não ser para elogiar a atuação do Brasil na área. CHANGE, tudo vai mudar. Será possível que pessimistas como você vão continuar a influenciar as pessoas? É preciso acreditar em alguma coisa. E está na moda acreditar em Obama. Até Caetano Veloso acredita. Diz que ele é negro, chique e bonitinho. Por que não?"

11/6/2008
Romeu A. L. Prisco

"Obama que se cuide. 'Change' é marca registrada internacionalmente. Eleito, ou não, deverá pagar 'royalties' pelo seu uso, aparentemente não autorizado."

Falecimento - Professor Nei Frederico Cano Martins

12/6/2008
Sergio Antonio Garavati

"Sou advogado trabalhista e convivi com o Dr. Nei por mais de 10 anos no Foro Trabalhista de São Bernardo do Campo, onde ele era Juiz Titular da Segunda Vara do Trabalho (Migalhas 1.901 – 20/5/08 – "Falecimento e missa"). Seriedade, honestidade, retidão, sempre estiveram presentes no comportamento do Dr. Nei. Muito admirado e respeitado pelos advogados e funcionários da justiça. Sentimos muito, aqui em nosso escritório de advocacia a morte do professor."

Flagrante

10/6/2008
Gianmarco Loures Ferreira - Procurador do Estado de Minas Gerais

"Sr. editor, em relação à matéria "Flagrante", veiculado no Migalhas 1.913, creio que o  correto seria um 'flagrante esperado' e não 'preparado', pois sabe-se com a Súmula 145 do STF que: 'Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação'. Atenciosamente,"

Frase

10/6/2008
Ricardo Costa

"Ledo engano comete Migalhas, a respeito da frase de Ralph Waldo Emerson (Migallhas 1.914 - 10/6/08), pois neste e em qualquer mundo, nada, nem um 'til', escapam da consciência, local onde está insculpida a Lei, à qual Ninguém pode protestar ignorância, seja a que título for."

11/6/2008
Flávio Lima - escritório ALNPP Advogados

"Sobre a frase de Emerson (Migallhas 1.914 - 10/6/08): o Brasil a desmoralizou completamente. Basta ver os incontáveis criminosos entre os políticos que saem impune de suas falcatruas. Parece que só agora foi descoberta a escuta telefônica, todo dia temos novidades provinda desta área."

Futebol

Governo Lula

10/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Há poucos dias, a Assessoria de Comunicação da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca do Governo Lula (sabe, aquelas Secretarias com Status de Ministério?), publicou a nota abaixo:

'Sobre a contratação de Angela Maria Slongo a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca tem a esclarecer:

Angela Maria Slongo é pedagoga, servidora concursada da Secretaria Estadual de Educação do Paraná. Em dezembro de 2006, Angela Maria Slongo foi selecionada pela área técnica para trabalhar no Projeto de Alfabetização dos Pescadores como assistente técnica. Cedida pelo Estado do Paraná, Angela Slongo foi nomeada na Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca no dia 29 de dezembro de 2006 para o cargo de DAS 102.2. De acordo com a legislação, por ser servidora, recebe 60% do valor deste cargo, R$ 1.511,05 (um mil e quinhentos e onze reais e cinco centavos). A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca nega qualquer vínculo desta contratação às atividades do ex-padre Oliverio Medina, asilado no Brasil. Nunca houve e não há qualquer tipo de relação desta Secretaria com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). As ilações e induções sugeridas por colunista da revista "Veja" serão objeto de todas as medidas judiciais cabíveis.

Brasília, 2 de junho de 2008

Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca

Assessoria de Comunicação' 

Por que essa funcionária tem tanta importância? Quem é o tal ex-padre Olivério Medina? Aí é que está. Olivério Medina, na verdade, se chama Francisco Antonio Cadena Collazos, que também atende por Padre Medina, ou Camilo López, ou El Cura Camilo que, junto com Acácio (como aparece nos Laptops de Raul Reyes apreendidos na selva equatoriana), o Negra Acácio das Farc, sócio de Fernandinho Beira-Mar no Tráfico de drogas, estava preso no Brasil, na Polícia Federal, aguardando ser extraditado para a Colômbia, acusado de terrorismo e assassinatos.. Ângela Maria Slongo era e é a mulher do tal ex-padre. Melhor explicando: enquanto a Polícia Federal, em cumprimento da lei, prendia um criminoso internacional, Lula e seus ministros davam guarida à sua mulher, a companheira Ângela, arrumando uma 'colocação' e um salário no Ministério da Pesca. Na época, a Revista Veja pediu esclarecimentos sobre a escolha de seu nome para o cargo de confiança (Oficial de Gabinete II, com salário DAS sendo o Ministério da Pesca informado que ela mandou um 'curriculum' e foi selecionada por critérios profissionais. Simples assim. Sobre o que mais a companheira Ângela tem ganho do 'nosso' governo,

'A mulher do ex-guerrilheiro das Farc Olivério Medina, preso no Brasil em 2005, recebeu, além do salário que ganha, R$ 4,7 mil dos cofres da União desde 2007. Ângela Maria Slongo foi nomeada no fim do ano passado pelo ministro de Pesca, Altemir Gregolin, para o cargo de oficial de gabinete II. Segundo o Portal da Transparência, em 2007 ela recebeu R$ 1,9 mil dos cofres públicos para pagar diárias e R$ 2,3 mil relativos a indenizações e restituições. Nos primeiros cinco meses deste ano, Ângela já contabiliza R$ 458,46 em diárias e R$ 73,35 com indenizações.

Em função da nomeação, publicada no Diário Oficial do dia 2 de janeiro de 2007, Ângela Maria Slongo recebeu, em março do ano passado, por exemplo, pagamento de ajuda de custo no valor de R$ 2,3 mil. Em junho, ela recebeu R$ 510,00 para o pagamento de despesas com 4,5 diárias, no período entre os dias 17 e 21, nas cidades catarinenses de Florianópolis, Laguna e São Francisco do Sul. Clique aqui para ver a ordem bancária em favor de Ângela das diárias pagas em Santa Catarina'.

Voltando à comunicação do início desta, será que alguém saberia informar acerca das tais 'medidas judiciais cabíveis' que teriam sido intentadas contra a Revista Veja, em razão das ilações publicadas, ou tudo não passou de mera ameaça para inglês ver?"

13/6/2008
Aderbal Bacchi Bergo - magistrado aposentado

"Caros migalheiros, sobre a Cartilha do Lula publicada hoje, necessário que se faça Justiça. 'Pressão: pressa muito grande da companheira Dilma vender a Varig.' O José Simão, de vez em quando, comete grandes injustiças. Já deferia estar consciente de que a maior parte dos lulistas são homens públicos bem intencionados, que agem somente com a maior boa-fé, estritamente em defesa dos interesses do povo,  'nestepaís', com a ética e transparência que prometeram nos palanques. Saudações,"

Gramatigalhas

10/6/2008
Sergio Lazzarini

"Quando se usa a expressão 'daqui a pouco' não deveria ser 'daqui há pouco', posto que se trata de expressão temporal?"

Hipocrisia

9/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"O presidente Lula vê hipocrisia em ano eleitoral. Acha falso moralismo essa história de, em ano eleitoral, a legislação não permitir a liberação de recursos para os municípios: 'É o lado podre da hipocrisia brasileira'. O presidente gostaria de distribuir verbas 'na boa', 'sem malícia'. Acha absurdo ficar um tempo sem poder dar dinheiro a rodo por aí, só porque vão pensar que é para se promover. Imaginem só. É verdade que teve o tempo todo para distribuir o que quisesse. Mas, porque não distribuir antes das eleições, logo antes? Afinal, como diz o próprio presidente: 'Eleição nesse país, em vez de ser uma coisa importante para consagrar a democracia, faz quem governa ficar um ano sem governar'. E governar, no Brasil, é distribuir verbas e cargos, sempre. Principalmente em anos eleitorais. Senão não dá, tenham a santa paciência. Ainda outro dia, o presidente reclamou do país jurídico. Agora, vemos, tinha toda razão. O presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Brito, que também é do Supremo Tribunal Federal, rebatendo as críticas do presidente, diz que a lei não é hipócrita, mas necessária. Mas, Ayres Brito, convenhamos, faz parte do país jurídico, esse lado podre da hipocrisia brasileira que tanto atrapalha o presidente. O Congresso Nacional, às vezes, também atrapalha, principalmente alguns 'chatos' que não chegaram a entender os benefícios que a presença de Lula, para sempre, poderia trazer ao Brasil. Mas, Lula é brasileiro. E brasileiro – ele mesmo é quem diz – nunca desiste."

Juiz de Paz

13/6/2008
Ademir Buitoni - advogado e mediador em SP

"(Migalhas 1.917 - 13/6/08 - "Migas - 1" - clique aqui) Acho que todos os Juízes devem ser Juízes de Paz. A cultura da paz é essencial para resolver conflitos. Quando as partes não se autocompõem, pela mediação ou conciliação, e há necessidade de julgar, deve ser feito com o fim sempre de pacificar conflitos. Mas não há dúvida que podem existir Juízes com mais ênfase na Paz, eleitos diretamente pela comunidade, o que é excelente. Nesse caso o Juiz deve passar por uma avaliação psicológica, emocional e periodicamente ser reavaliado para se ter maior certeza de seu equilíbrio mental e de sua postura em favor da Paz. Merece todo apoio a posição do Conselheio Paulo Lobo. Pela Cultura da Paz no lugar da cultura da sentença !

 

Jurisprudência

9/6/2008
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Sr. diretor de Migalhas, há muito, ouço falar de Jurisprudência, até já analisei a palavra como etimólogo. A palavra não existia no latim. Foi criado por Ulpiano, um jurista daquela época, que (diga-se de passagem) deve-se vê-lo com cautela, como todos, aplicando-se 'ad cautelam' principalmente, ao dia de hoje, por exemplo, quando disse sobre clareza do texto ('Quanvis sit manifestissimum edictum praetoris, attamen non est negligenda interpretatio ejus' (embora claríssimo o édito do pretor, contudo, não se deve descuidar da interpretação respectiva). As leis são criadas pelo legislador e a intromissão do jurista na interpretação, sem dúvida pode levar a enganos. Muitos se atém aos romanos como se eles fossem infalíveis, os mestres do Direito. Basta rever a história e não há infalibilidade em nenhum povo, por mais culto que fosse, ou seja; pois aqui crê-se que haja infalibilidade em juristas surgidos, ou pretensos-juristas, surgidos em nosso meio; e sentenças são dadas por interpretações dúbias, porque fulano ou sicrano disse isso ou aquilo, ignorando-se a intenção do legislador, desvirtuando-se as leis. Quando esbarro em jurisprudência, justificando algo, costumo analisar o indivíduo que a criou, ou indivíduos que a criaram, criando fama e deitando-se na cama; e costumo decepcionar-me: pois, quase sempre atingiram as alturas politicamente e fundamentando-se neles cometem-se graves erros, e pior injustiças, haja vista que o Judiciário aqui tem sido irrefragável, incontestável, irrefutável, esquecendo-se que quem interpreta as leis são humanos e, como humanos, já os latinos diziam: 'errare humanum est' (o errar é humano). Para mim, 'data venia', toda Jurisprudência deveria ser reexaminada, contestada, principalmente porque só de algumas décadas atrás têm sido avaliados os juízes por concursos e, mesmo assim, têm sido colocados em cargos judiciários inúmeras figuras por política (vejam o STF) e quando entra a política no contexto, já não se pode mais assegurar lisura na escolha. Acho até graça quando dizem 200 anos de judiciário livre. Livre criado pela autoridade de um rei, e continuado com ditaduras, sendo recente a nossa democracia que (diga-se de passagem) é bastante falha? Bem, terminando, devo exprobar a OAB por não criar um órgão, como já sugeri, de juristas-etmólogos, para examinar e protestar sobre leis de execução, acórdãos e sentenças, quando houver protestos, a fim de encaminhá-los a quem de direito obrigando o Judiciário a corrigi-los, ou a criar meios de corrigi-los. Ainda ontem, encontrei no Fórum de Pinheiros, duas advogadas, a quem forneci gratuitamente meu livro: A Justiça Não Só Tarda... Mas Também Falha, as quais cumprimentaram-me pelo fato de criticar o que está errado. Eu não concebo um Legislativo estar sempre sob a espada de Dámocles do Judiciário, sob coação, como vemos, sem reação, como se fosse o Judiciário o derradeiro Poder da Nação, sem reagir. Atenciosamente,"

9/6/2008
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Sr. diretor, li a reportagem de Isto: 'É sobre dano moral: o Preço da Justiça'. Sou advogado e venho tecendo, há muito, considerações sobre Jurisprudência, analisando o termo criado por Ulpiano. Nas considerações de Isto É, confirmei minha conclusão irretorquível: o termo está sendo vilipendiado, onde diz: A maioria dos juízes recorre à jurisprudência. Eles não recorrem à Jurisprudência, mas copiam sentenças, isto sim. O termo criado por Ulpiano almejava chegar à Ciência do Direito; mas, ele mesmo 'data venia', enfiou os pés pelas mãos ao dizer 'Quanvis sit manifestissimum edictum praetoris attamen non est negligenda interpretatio ejus' ('embora claríssimo o édito do pretor; contudo, não se deve descuidar da interpretação'). Tal afirmação liberou os juízes à interpretar subjetivamente o édito, as leis, criadas pelo  legislador, com inúmeros erros e omissões, desprezando o velho adágio latino, como bem o diz, Aníbal Bruno, em seu Direito Penal, Vol.1, Tomo 1, 2ª Edição: 'In claris non fit interpretatio' (sendo a lei  clara, não cabe procurar-lhe um sentido diferente daquele que resulta evidentemente do texto), e o que mais estranho, como advogado, é a minha classe não opor-se pelo seu órgão de classe, a OAB, a isso, haja vista que muitos erros e conseqüentemente injustiças são cometidas pelo Judiciário. Atenciosamente,"

Legislação trabalhista

12/6/2008
Claudio José

"(Migalhas 1.915 - 11/6/08 - "Migas - 2" - clique aqui) A comissão do MJ foi constituída para 'aprimorar e modernizar a legislação material e processual do trabalho', desde que não toque numa vírgula dos 'direitos do trabalhador' que regem essa legislação trabalhista arcaica e desestimuladora para o desenvolvimento do empreendedorismo no país."

Mensagem da Rainha da Inglaterra ao povo norte-americano

9/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Mensagem da Rainha da Inglaterra ao povo norte-americano

'Message from the Queen

To the citizens of the United States of America

from Her Sovereign Majesty Queen Elizabeth II

In light of your failure in recent years and very recently to nominate competent candidates for President of the USA and thus to govern yourselves, we hereby give notice of the revocation of your independence, effective immediately. Her Sovereign Majesty Queen Elizabeth II will resume monarchical duties over all states, commonwealths, and territories (except Kansas , which she does not fancy).

Your new Prime Minister, Gordon Brown, will appoint a Governor for America
without the need for further elections. Congress and the Senate will be disbanded.

A questionnaire may be circulated next year to determine whether any of you noticed.

To aid in the transition to a British Crown Dependency, the following rules are introduced with immediate effect: (You should look up 'revocation' in the Oxford English Dictionary.)

1. Then look up aluminum, and check the pronunciation guide.  You will be amazed at just how wrongly you have been pronouncing it.

2. The letter 'U' will be reinstated in words such as 'colour', 'favour', 'labour' and
'neighbour.' Likewise, you will learn to spell 'doughnut' without skipping half the letters,  and the suffix '-ize' will be replaced by the suffix '-ise'.  Generally, you will be expected to raise your vocabulary to acceptable levels.  (look up 'vocabulary').

3. Using the same twenty-seven words interspersed with filler noises such as 'like' and 'you know' is an unacceptable and inefficient form of communication. There is no such thing as US English. We will let M*crosoft know on your behalf. The M*crosoft spell-checker will be adjusted to take into account the reinstated letter 'u' and the elimination of  -ize.

4. July 4th will no longer be celebrated as a holiday.

5. You will learn to resolve personal issues without using guns, lawyers, or therapists. The fact that you need so many lawyers and therapists shows that you're not quite ready to be independent.  Guns should only be used for shooting grouse.  If  you can't sort things out without suing someone or speaking to a therapist then  you're not ready to shoot grouse.

6. Therefore, you  will no longer be allowed to own or carry anything more dangerous than a vegetable peeler.  Although a permit will be required if you wish to carry a vegetable peeler in public.

7. All intersections will be replaced with roundabouts, and you will start driving on the left side with immediate effect.  At the same time, you will go metric with immediate effect and without the benefit of conversion tables. Both roundabouts and metrication will help you understand the British sense of
humour.

8. The Former USA will adopt UK prices on petrol (which you have been calling gasoline) of roughly $10/US gallon.  Get used to it.

9. You will learn to make real chips. Those things you call French fries are not real chips, and those things you insist on calling potato chips are properly called crisps. Real chips are thick cut, fried in animal fat, and dressed not with catsup but with vinegar.

10. The cold tasteless stuff you insist on calling beer is not actually beer at all.  Henceforth, only proper British Bitter will be referred to as beer, and European brews of  known and accepted provenance will be referred to as Lager.  Australian beer is also acceptable as they are kilo for kilo the greatest sporting Nation on earth and it can only be due to the beer.  They are also part of British Commonwealth - see what it did for them.  American brands will be referred to as Near-Frozen Gnat's Urine, so that all can be sold without risk of further confusion.

11. Hollywood will be required occasionally to cast English actors as good guys.  Hollywood will also be
required to cast English actors to play English characters.   Watching Andie Macdowell attempt English dialogue in Four Weddings and a   Funeral was an experience akin to having one's ears removed  with a cheese grater.

12. You will cease playing American football.  There is only one kind of proper football; you call it  soccer.  Those of you brave enough will, in time, be allowed to play rugby (which has some similarities to American football, but does not involve stopping for a rest every twenty seconds or wearing full kevlar body Armour like a bunch of nancies).  Don't  try Rugby - the South Africans, Welsh and Kiwis will thrash you, like they regularly thrash us.

13. Further, you  will stop playing baseball. It is not reasonable to host an event called the World Series for a game which is not played outside of  America .  Since only 2.1% of you  are aware there is a world beyond your borders, your error is understandable.   You will learn cricket, and we will let you face the Australians first to take the sting out of their deliveries. Indeed Shane Warne shall be bought out of retirement so that   you all witness what a marvellous spinner he is and what you missed prior to Her Majesty resuming control of Her American Colonies.

14. You must tell us who killed JFK.  It's been driving us mad.

15. An internal revenue agent (i.e. tax collector) from Her Majesty's Government will be with you shortly to ensure the acquisition of all monies due (backdated to 1776).

16. Daily Tea Time begins promptly at 4 pm with proper cups, with saucers, and never mugs, with  high  quality biscuits (cookies) and cakes; plus strawberries (with cream)   when in season.

God Save the Queen!'."

Meu Guri

9/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Quando li, no Estadão de sábado, que a Ong 'Meu Guri', da Exma. esposa do Exmo. Sr. Deputado Paulo Pereira da Silva, a Sra. Elza de Fátima Pereira, havia recebido do BNDES, R$ 1.328 milhão (Hum milhão, trezentos e vinte e oito mil reais), em depósito a fundo perdido, fiquei deveras interessado. 'Deveras' é a palavra certa já que, em toda a minha vida tenho me defrontado com empréstimos que, desgraçadamente, são a fundo que não se perdem, por mais que eu ore a respeito. Então, curioso, fui à internet, para conhecer a tal ONG, já que, para aplicar, a fundo perdido, mais de um milhão dos cidadãos brasileiros, esse Guri deveria estar recebendo tratamento de rei. E tentei entrar em meuguri.com.br, para, com enorme surpresa, ler na minha tela: 'Aviso – Acessar esse site pode danificar o seu computador!'. Trazia, além do alerta, duas 'Sugestões':  

-  Return to the previous page and pick another result.

- Try another search to find what you're looking for.

E, mais abaixo:

- Or you can continue to https://www.meuguri.com.br at your own risk. 

Como essa vida já está muito cheia de riscos, optei por um outro resultado, que era a letra da música de Chico Buarque, 'O Meu Guri', bem menos perigosa, que entrou direto:

'Ai o meu guri, olha aí!

Olha aí!

É o meu guri e ele chega!

 

Chega suado

E veloz do batente

Traz sempre um presente

Prá me encabular

Tanta corrente de ouro

Seu moço!

Que haja pescoço

Prá enfiar

Me trouxe uma bolsa

Já com tudo dentro

Chave, caderneta

Terço e patuá

Um lenço e uma penca

De documentos

Prá finalmente

Eu me identificar

Olha aí!'

Será que esse guri é o guri do 'Meu Guri', a Ong da Exma. esposa do Exmo. Sr. Deputado? Pergunto porque, para ensinar só isso, a um só guri, realmente, mais de um milhão de reais, só a fundo perdido mesmo."

Migalaw English

10/6/2008
Margaret do Nascimento dos Santos

"Nas leis brasileiras, como dizemos e aplicamos em termos jurídicos as palavras abaixo e quais seriam as correspondentes em Inglês? Violação infração estupro (em geral), estupro de maior, estupro de menor."

10/6/2008
Margaret do Nascimento dos Santos

"Caríssima Luciana, agora virei sua fã! Seus artigos são tudo o que eu estava precisando. Há mais uma dúvida que não quer calar-se, 'charge' e 'complaint' seriam 'acusação' e 'queixa' consecutivamente? Qual é a diferença entre elas nos sistemas jurídicos Brasileiro e Americano? Muito grata,"

11/6/2008
Margaret do Nascimento dos Santos

"Caríssima Luciana, para acabar com as minhas dúvidas anteriores sobre violation, creio que finalmente encontrei a melhor forma de fazer minha pergunta. Quais os melhores termos para traduzirmos os Levels of Offense para o Português? (Violation; Misdemeanor Class B; Misdemeanor Class A e Felony). Muito obrigada!"

Migalheiros

9/6/2008
Cleanto Farina Weidlich - Carazinho / RS

"Faculdade para Presidentes. Discurso inaugural: Direito Constitucional - o melhor amigo da escola?! A par do quadro de insuficiência cultural, sobre o conhecimento dos direitos fundamentais da maioria da população brasileira, temos o emperro da máquina judiciária. Pois há quem diga, que o crescente aumento das liberdades e dos direitos e, a cada vez maior dependência da intervenção do Poder Judiciário, para a mediação dos conflitos sociais, estão gerando muitas novas demandas e que isso explica a lentidão do sistema judiciário e o conseqüente aumento de reclamações no que diz respeito ao acesso à Justiça. Como por exemplo, afirma o professor de Direito Constitucional de UFRGS, Eduardo K. M. Carrion, em artigo publicado pelo jornal Zero Hora de fevereiro/1998, ao comentar: 'O Direito não pode almejar o monopólio da solução dos conflitos sociais'. Mas o que fazer, então, se nem a Justiça e tampouco outros meios de regulação social disponíveis são eficazes para solucionar todos os problemas? Lutar! Pois é sabido que lutar pela garantia dos direitos humanos é abrir caminhos para a construção de um mundo mais justo e solidário. E que esse é um tema que se situa no centro dos desafios da nossa época. Daí a constatação de que essa histórica luta tem dado bons resultados. Com isso entende-se que o primeiro passo para esse avanço deve ser continuar lutando, mas, principalmente, promovendo uma grande reforma cultural. Muito tem se difundido, pelos meios de comunicação acerca da convocação de voluntários para auxiliar na educação, na escola, visando a melhoria da nossa qualidade de ensino, gerando um despertar de toda a sociedade brasileira sobre a importância da educação.Pois é necessário preparar lideranças capazes de conduzir o país, rumo ao desenvolvimento e ao progresso. Acabando com a miséria e a fome, através do incentivo a educação que é o único instrumento capaz de, por si só, desenvolver as potencialidades no homem para que ele possa resgatar-se perante a pirâmide social, adquirindo respeito e auto-estima. Pretendendo com as reformas educacionais sugeridas, fazer com que se divulgue no meio social, desde o ensino básico, questionamentos capazes de conduzir uma verdadeira revolução cultural, despertando as consciências para os seguintes temas: O que somos e quais são os nossos ideais? Nação? Constituição? Essência? Natureza: Social, Política, Moral, Jurídica, Religiosa e Econômica. Conforme a Constituição Federal da Republica Federativa do Brasil, art. 5º: 'Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade', nos termos seguintes: Estamos de frente com o princípio da isonomia, que Rui Barbosa assim definia: 'Todos são iguais perante a lei e esta igualdade se desiguala na proporção em que as pessoas se desigualam entre si'. Incluindo o comentário do Mestre Rui Barbosa, ver instalada nesse país, uma Faculdade Para Presidentes, e que todas as escolas e professores desde já, tivessem em mente essa preocupação, na medida de tentar dar o bom exemplo, de ser dedicado e respeitoso para o com o aluno, dar-lhes oportunidade e incentivo, para desenvolverem neles a principal ciência: a do discernimento.

Pois o povo quer um líder genuíno!

Se não tem um, ouvem qualquer um que agarrar um microfone!

Têm tanta sede que se arrastariam pelo deserto, e se não acharem água, beberão areia.

Tivemos Presidentes muito queridos nesse país, incapazes de dizer uma frase coerente.

Gente não bebe areia porque tem sede!

Bebem areia porque não sabem qual a diferença!

(de um Presidente dos E.U.A., do filme 'Meu querido Presidente')

Nesse sentido, tendo como tema de fundo esses dignos propósitos, está passando da hora das autoridades em educação de nosso país, incluírem no currículo escolar básico, o ensino do Direito Constitucional, para que as futuras gerações possam desfrutar em termos culturais, de melhores e mais amplos horizontes, sobre os temas maiores e de desafio científico permanente, que envolvem a organização do Estado, sua divisão de poderes, existência, soberania, propósitos, finalidades, essência e até os direitos e garantias constitucionais assegurados pelo art. 5º, da CF., entre outros.

É essa a lição de Franco Motoro:

'Não basta ensinar direitos humanos.

É preciso criar uma cultura prática desses direitos.

As palavras voam.

Os escritos permanecem.

Os exemplos arrastam.

O caminho é avançar no exercício da solidariedade.'

 

Sendo oportuno, lembrar a lição do histórico Relatório da Comissão Internacional sobre Educação da Unesco. 'A educação deve oferecer aos jovens conhecimentos científicos e técnicos, mas deve, também, formar, dando-lhes um sentido que oriente suas ações.' Ou, ainda, retornando à lição de Einstein: 'A educação deve ajudar o jovem a crescer num espírito tal que os princípios éticos fundamentais sejam para ele como o ar que ele respira.' Todos nós sabemos que não é possível de um dia para outro eliminar as injustiças e a violência. Mas torna-se cada vez mais claro que o caminho é avançar na luta pelos Direitos Humanos e no exercício da solidariedade. Fica nesse espaço de aproximação e difusão de idéias e ideais, inaugurada através dessa mensagem, a 'Faculdade Para Presidentes', que tem como principal objetivo, o interagir de consciências e inteligências, no seio desse nosso jovem país, visando a valorização da Política, e da importância da sua compreensão e inserção no tecido social, para a salvação de todos nós. Cordiais saudações!"

9/6/2008
Luiz Domingos de Luna

"Quando as maiores florestas do Mundo foram destruídas nos grandes centros de civilização do planeta, tudo era visto como: o homem como o Centro do Univreso, Hoje o mesmo universo pelado grita com a espreita, contínua, de tantos cupins humanos pelados de consciência.

 

'Alma de Cupim

 

Adora a existência

Contempla o natural

O espaço sideral

Inteligência da potência

 

Muda a paisagem

Destrói a natureza

Maltrata a beleza

Em qualquer passagem

 

Dialética humana

Constrói o artificial

Dizima o natural

Da fumaça que emana

 

A construção de desertos

Na alma impregnada

Não pode sobrar nada

Em campos abertos

 

Qualquer jardim

Deve ser venerado

Aplaudido e aclamado

Querendo o seu fim

 

Luta demente

Não tem beleza

Não tem natureza

Não tem jasmim

 

Jardim da humanidade

Todos têm direito

Qual foi o defeito

Todos defendiam

Todos aplaudiam

Não tem mais jardim

Não tem mais culpado

O tempo rolado

Num mundo sem fim

Corpo humano

Alma de cupim'"

10/6/2008
Nelson Castelo Branco Eulálio Filho

"A propósito do texto-poema do colega migalheiro Luiz Domingos de Luna, gostaria de trazer minha contribuição: O que é, afinal, o homem? Encimando o pórtico do Oráculo de Delfos na Antiga Grécia havia a inscrição: 'Homem, conhece-te a ti mesmo'. Conselho tão sábio quanto difícil de ser seguido. De Sócrates a Freud, passando por Aristóteles e Marx, só obtivemos respostas vagas: 'alma/intelecto', 'ser de pulsões', 'animal político', 'relações sociais'. A verdade é que procurando os confins do universo e, portanto, procurando sempre fora de nós, continuamos sem saber o que nós mesmos somos. E nem poderíamos, pois como disse o filósofo F. Nietzsche (1844-1900) no ‘Prólogo’ de sua Genealogia da Moral (1887): 'Nós, homens do conhecimento, não nos conhecemos; de nós mesmos somos desconhecidos – e não sem motivo. Nunca nos procuramos: como poderia acontecer que um dia nos encontrássemos?' Esse enorme desconhecimento acerca de nós mesmos resultou, ao longo dos milênios, numa atividade 'cega' que veio dar na alarmante situação proclamada recentemente pela ONU a respeito do futuro sombrio que se descortina para o planetinha azul. De minha parte, embora também não saiba bem o que somos nós desconfio, seriamente, que não somos uma coisa lá muito boa. Pela situação a que chegou o planeta, acho que somos algo assim como um câncer. Um câncer de pele da terra – do organismo terra. Talvez o desenvolvimento do ramo animal da vida devesse se restringir aos primatas do tipo chimpanzés, gorilas, orangotangos... Todavia, por um desses 'desequilíbrios' que fazem nascer uma árvore torta, um feto anencéfalo, uma vaca de cinco patas, etc., num dos ramos dos primatas – aquele que veio dar no chamado homo sapiens - ocorreu de a caixa craniana se tornar maior; de o tamanho do cérebro ter ido além do 'previsto'; de os neurônios, os neurotransmissores, as sinapses, etc., se sofisticassem para além dos limites 'programados', e deu no que deu: um agressivo predador de sua própria espécie, do próprio 'si mesmo' e do ecossistema que o mantêm – incluídos os animais ditos 'inferiores'. Desde seu surgimento o homem compromete tudo a sua volta: polui os rios, devasta as florestas, provoca a extinção de espécies animais e vegetais. Destrói seus semelhantes, quer individualmente, nos milhões de assassinatos que ocorrem todos os dias no planeta, quer em massa como nas guerras e, nestas, chega ao ápice da estupidez como foi o caso do holocausto – essa 'banalização do mal' na expressão da filósofa judia-alemã Hannah Arendt. Comprometeu a camada de ozônio e provocou um aquecimento anormal da Terra. Impregnou o ar com monóxido de carbono (Dá-lhes capitalismo! Dá-lhes 'progresso'!). Desenvolveu técnicas de torturas físicas e psicológicas - institucionalizadas, inclusive. Cultivou a raiva, o ódio, a lascívia. Fez do amor pornografia, necrofilia, pedofilia... Fez da vida sofrimento e do sofrimento tortura. E, como disse Santo Agostinho, 'inter faeces et urinam nascimur' (nascemos entre fezes e urina). Por tudo isso, estou fortemente inclinado a crer que o homem é um desequilíbrio, um quantum não 'programado', um desvio – um acaso, enfim. Talvez não passe mesmo de um mero câncer de pele da Terra. A idéia nem mesmo é nova, pois o já citado Nietzsche, no seu magnífico Assim falava Zaratustra, (De grandes acontecimentos) disse que 'A Terra tem uma pele e essa pele tem doenças. Uma dessas doenças, por exemplo, chama-se: homem'. Por todo o exposto, desconfio que eu e Nietzsche estamos certos... Será que estamos?"

10/6/2008
José Cícero - professor, escritor, pesquisador e poeta

"O Adeus Bendito do poeta Maldito

 

À memória do poeta José Alcides Pinto

 

E agora Quintana ?

O que faremos agora Baudelaire?

Com esta poesia insossa

Sobrevivente, cheia de mágoas.

Agora que a sós estamos,

Como morto-vivos

Solitariamente,

Vivenciando o drama humano poético

Agora que calou-se para sempre o  grito.

Agora que se foi para a metafísica

a ação, a concretudo do gesto

Do sacrossanto ser - o poeta maldito

que o Acaraú um dia  cedeu ao mundo

sob a ensignía-nome de José Alcides Pinto.

 

Partiu o estro

Como por ironia num verso frio.

Sangue derramado no negro betume

do asfalto da rua.

como uma estrofe

Do seu poema mais belo, obsceno, crítico

Serenos, lírico, ensandecido.

Estendido no meio do povo

Como um velho conhecido

Passeando, contando história

Aos que ainda têm ouvidos.

 

Que tola ironia!

Nosso poeta em choque

Não mais com a palavra brava, indomável.

Porém com uma motocicleta.

Morte fria. Antiestética, macabra, assassina.

Pacto celebrado desde o nascimento

Da poética alcidiana

Com o desconhecido;

Fantástico realismo

Tecnológico dos fatos.

Concretismo sentimento

sempre presente

como fogo ardente

na língua e na face

de José Alcides Pinto.

 

O que faremos agora Quintana?

Como ficaremos Dimas Macedo?

Agora que só nós restou

Toda a liturgia do pleno Caos

Poético-literário

Marcado pelo sangue

Ainda a escorrer no chão escuro do asfalto

em meio a multidão de curiosos

Em que nosso vate maldito

Escreveu no silêncio fatal

Do seu último instante

seu derradeiro verso.

 

Adeus maldito!

Até breve poeta

José Alcides Pinto.

Recomendações e lembranças

a Leminski, Garcia, Neruda, Vinícius

E todos os amigos da eterna poesia."

 

11/6/2008
Francimar Torres Maia - OAB/RS 21.132

"Arquivos Digitais de Livros. Levo ao conhecimento dos colegas migalheiros notícia de Projeto de lei de interesse de pessoas cegas. Já que transcrevo a notícia tal qual recebi, observo que a palavra 'Braille' no texto está grafada com letras minúsculas e com apenas um 'l', quando deve ser com maiúsculas e dois ‘ll’, já que refere-se ao francês Louis Braille.

'CCT do Senado (Brasil) aprova por unanimidade parecer ao projeto de lei para disponibilizar pela Internet arquivos digitais de livros

Os portadores de deficiência visual obtiveram uma vitória na quarta-feira (4/6/2008), na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática - CCT (clique aqui). Os senadores aprovaram, por unanimidade, parecer favorável do senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA) ao projeto de lei do senador Flávio Arns (PT-PR) que determina ao Poder Público disponibilizar na Internet portal com arquivos digitais de livros didáticos, científicos, técnicos e literários. Para evitar problemas com direitos autorais, a proposta, que altera a Lei de Acessibilidade (Lei 10.098/00 - clique aqui), prevê apenas a liberação de obras autorizadas pelos detentores dos respectivos direitos autorais e as que já se encontram em situação de domínio público. Além disso, também ficou determinado que, para a reprodução em braile, cada usuário terá direito somente a uma única cópia, e os arquivos deverão possibilitar ainda a conversão em áudio, mediante a utilização de sintetizador de voz, ou impressão no sistema braile. Durante a votação do projeto, Flávio Arns lembrou que há cerca de 2,5 milhões de pessoas no Brasil com algum tipo de deficiência visual. A grande maioria ainda [encontra-se] excluída do acesso aos avanços que a tecnologia da informação lhes pode prover, para se qualificarem profissionalmente ou simplesmente desfrutarem do saber cultural disponível - afirmou o autor do projeto. Ao apresentar seu parecer, Antonio Carlos Júnior explicou aos parlamentares que o projeto vai melhorar a qualidade de vida dos deficientes visuais, que, antes da Internet, para terem acesso a obras literárias, dependiam de edições em braile ou da leitura dos textos por outras pessoas. Hoje, existem programas que permitem ao cego utilizar os recursos de um computador sem a ajuda de outrem. Esses programas dispõem de sintetizador de voz capaz de ler textos na Internet, além de arquivos de texto, planilhas, correio eletrônico e todo conteúdo disponível na tela do computador. Eles lêem todos os comandos e rastreiam a imagem na tela, permitindo que se navegue por meio do teclado ou do mouse - explicou o senador pela Bahia. Os senadores Gim Argello (PTB/DF) e Virgínio de Carvalho (PSC/SE) elogiaram o projeto de lei, que, segundo explicou Flávio Arns, foi, originalmente, apresentado pela então senadora por Goiás Iris de Araujo. O projeto será ainda analisado pelas Comissões de Educação, Cultura e Esporte - CE (clique aqui) e De Direitos Humanos e Legislação Participativa - CDH (clique aqui), nesta última em decisão terminativa (clique aqui).

Fonte: Valéria Castanho / Agência Senado"

12/6/2008
Paulo R. Duarte Lima - advogado, OAB/CE 19.979 - Quixeramobim/CE

"Em 11 de junho de 1865, brasileiros lutaram e muitos deram a vida defendendo a 'Bandeira do Brasil' na célebre Batalha Naval do Riachuelo. Feito que ('revisionismos' históricos à parte e pensamentos divergentes os quais respeito, mas não concordo) mostra a importância da defesa 'da soberania nacional para os brasileiros legítimos que amam essa terra. Assim, pela passagem da data de 11 de Junho de 2008, cento e quarenta e três anos após aquele heróico e memorável evento, congratulo-me com todos os integrantes da Marinha do Brasil (civis e militares) por sua 'Data Magna'. Tendo na cabeça as perenes palavras de Rui Barbosa que, em 1906, já alertava a Nação que: 'Esquadras não se improvisam!', é que me solidarizo com as nossas Forças Armadas (FFAA), inclusive a Marinha, pois estão passando, desde o Governo Collor, mas especialmente no governo FHC, por momentos difíceis por falta de investimentos governamentais, compreensão de sua importância e recalques do passado. Isso se reflete de maneira negativa, seja no campo material (obsolescência logística, operativa e científica), ou no campo pessoal (saída desenfreada dos melhores quadros para outras profissões e carreiras que melhor remuneram e com muito menor devoção e a não existência de exigências específicas da vida militar). Adotar como profissão e carreira a vida militar (com suas especificidades) gera muitos sacrifícios, tanto aos componentes das FFAA (bem como de suas respectivas famílias) e muita devoção à Marinha e à Pátria Brasileira! Mensagem do Presidente Lula (o presidente que, verdade seja dita, mais se sensibilizou com a questão da defesa e das FFAA nas últimas décadas de governos) à nossa (sim, de todos nós) Marinha do Brasil, pode ser lida no link (clique aqui). Assim, em que pese as dificuldades da atual conjuntura, tenhamos esperança em futuro melhor, laborando com vigor no presente, lembrando a todos os marinheiros (as), fuzileiros (as) e servidores (as) civis da nossa Marinha de Guerra e a todos compatriotas, as célebres mensagens, enviadas pelo Almirante Barroso, por bandeiras içadas que sinalizavam em mastros de nossos navios: 'o Brasil espera que cada um cumpra o seu dever' e 'sustentar o fogo que a vitória é nossa'. Finalizando, com as gentis palavras finais do Presidente Lula em sua 'Mensagem À Marinha': '... Sejam felizes! Parabéns a Marinha! Viva o Brasil!'. Saudações humanísticas, patrióticas e cordiais,"

14/6/2008
Luiz Domingos de Luna

"Quem sabe ? Se cada ser humano tivesse a oportunidade de passear pelo os confins do universo gelado, os homens não poderiam se tornar humanos de verdade.

 

Passeio Cósmico

 

Luiz Domingos de Luna

 

Entre galáxias quentes

Quasares gigantes

Tudo tão distante

É tão diferente

 

Não tem gravidade

É uma queda de gênio

Não tem oxigênio

Estranha suavidade

 

O terror da matéria

Viva atrevida

Não tem vida

Do humano a miséria

 

Não tem cultura

Luz escuridão

Alma em aflição

É somente tortura

 

O medo grita

O silêncio calado

No mundo gelado

Sem terra e guarita

 

Há anos, ativo.

Vejo um ponto

Pare uma foto.

E ali que vivo

 

Um traço obscuro

Não parece uma bola

A câmera giratória

A terra procuro

 

Perdido no infinito

Leva-me de volta

De tanta viravolta

Sinto-me perdido

 

Que tal existência

Aonde vai me levar

Onde queres chegar

Só vejo a ausência

 

Nos confins um grito

Não sei decifrar

Mas vou escutar

E assim repito

 

Um barulho estranho

Parece um cano

A água derramar

Cadê gravidade

A tua humanidade

Para poder parar

 

Vejo-me girando

Eu mesmo falando

Onde vamos chegar

Tudo é mistério

Grande interrogação

É poder da matéria

Ou da criação ?"

 

Militar homossexual

10/6/2008
Paulo Roberto Iotti Vecchiatti - OAB/SP 242.668

"Sr. diretor, quero chamar a atenção para um fato que ganhou alguma notoriedade na mídia: a prisão de um militar homossexual no Programa SuperPop de terça-feira passada (programa este que fez uma matéria sobre o ocorrido na noite de ontem, 9/6), quando concedia uma entrevista com seu companheiro homoafetivo. Por notícias que acompanhei pela internet, havia um mandado de prisão contra ele e, como nós operadores do Direito sabemos, ordem judicial não se discute, se cumpre. Contudo, ao menos uma questão precisa ser muito bem explicada: o rapaz que foi preso alega que apresentou um laudo de um neurologista que comprovaria seu transtorno emocional, mas que o mesmo não foi aceito e que ele teria sido examinado por uma junta que incluía um ortopedista (?) e um ginecologista (!?). Ora, o que um ortopedista pode diagnosticar em um caso de transtorno emocional? E o que um ginecologista estava fazendo em um exame de um homem? Ademais, como o Ministro Nelson Jobim pode afirmar tão categoricamente que não teria havido discriminação (como fez semana passada) se ele mesmo disse que seria necessário apurar o caso concreto se enquadra ou não nas normas disciplinares do Exército – ora, se ele não sabe disso, então não tem como afirmar nem uma coisa nem outra... Outrossim, para que o verdadeiro show de pirotecnia, de exagero ímpar, na prisão do rapaz? Para que uma operação de guerra como aquela? Sinceramente, o Exército pediu para ser chamado de homofóbico neste ato (e não estou dizendo que foi), dada sua extrema ausência de tato para lidar com a situação... Reitero que a prisão, se pautada em um mandado de prisão anteriormente expedido, foi ao menos formalmente legal. Mas, realmente, há diversas questões que precisam ser bem explicadas pelo Exército, que não pode ter a soberba de achar que não teria que dar satisfações à sociedade sobre suas atitudes. A Ditadura acabou, felizmente não há mais (quero crer) a arrogância que fez com que os militares se intitulassem donos do Poder Constituinte Originário, como fizeram com o nefasto AI-1... Assim, aguardo o desenrolar do caso."

11/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Primeiro, tive uma surpresa, ao ver, na televisão, a história do sargento gay desertor. Na hora, pensei: 'Desertor? Será que tem gay desertor?' Achei que, de novo, estávamos diante daquela discussão sobre ex-gay. Mas, não, o tal sargento era desertor do Exército. Bem, assim entendido, desertor é o que abandona as fileiras. O CPM – Código Penal Militar, em seu artigo 187, prevê como delito, 'ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias'. Já o artigo 243 do mesmo Código, autoriza a prisão do desertor, mesmo sem mandato judicial. A deserção, como se diz, é o mais militar dos delitos, e qualquer pessoa que escolheu a carreira militar sabe, perfeitamente, que esse é o mais grave dos delitos militares. Os dois sargentos já viviam o que hoje se chama uma situação homoafetiva há mais de dez anos, inclusive convivendo juntos, coabitando, vivendo como marido e mulher (embora não obrigatoriamente casados). E, no Exército, cumpriam suas obrigações. É o que se sabe. Acontece que, de um tempo para cá, veio essa necessidade do que hoje se chama de 'visibilidade gay' que, em outras palavras, significa que não basta ser homossexual, conviver com outro homossexual, coabitar. É necessário chocar a sociedade, achincalhar as Forças Armadas. Daí, o sargento Laci, que pensa ser parecido com a falecida Cássia Eller, e acredita cantar como ela, resolveu sair por aí fazendo a Cássia Eller Cover, cantando a bem escolhida composição de Cazuza e Frejat, onde se pergunta, 'Quem sabe eu ainda sou uma garotinha?' recitando, grotescamente, com a farda de campanha, versinhos tais como:

'Quem sabe eu ainda sou uma garotinha

Esperando o ônibus

Da escola, sozinha...

Cansada com minhas

Meias três quartos

Rezando baixo

Pelos cantos

Por ser uma menina má...' 

Foi, sim, uma menina má, Laci, que com o uniforme do Exército, compareceu, histérica, a um programa de televisão, para declarar que o Exército brasileiro, como instituição, não era merecedor de confiança, e que, desertor que era, tinha medo de, preso, como manda o Código Militar, ser assassinado pelas Forças Armadas brasileiras. Um parêntese para comentar que minha irmã, quando jovem, cursava o Colégio Sacré Coeur de Marie, na rua Rússia, esquina com a av. Nove de Julho. Lá como em qualquer outro colégio em que uniformes eram adotados, havia a proibição – talvez haja, até hoje, não sei – para as meninas, de os usarem fora da instituição escolar, principalmente para freqüentar certos lugares, ou para namorar, o que, julgavam, ofendia a instituição. Antes de se instalar a permissividade na sociedade, as regras eram assim, regras que permaneceram em certas instituições, como nas Forças Armadas, por exemplo, que contam até mesmo com códigos e leis próprias. Do que se viu quanto à prisão do rapaz, inclusive no que foi exaustivamente repetido pelo mesmo canal de televisão, com elogios aos militares que efetuaram a prisão, com paciência de Jó e tato inesperado de quem cumpre um mandato até desnecessário, houve mesmo uma delicadeza extrema, seguindo o desertor – talvez um caso único na história militar – não no camburão que lá estava para isso, mas no carro particular do coronel, que lá compareceu à paisana, como um velho pai, cuidando de uma ovelha desgarrada. Nem o casal Nardoni, na delegacia ou no IML, acompanhados por seus advogados, foram tratados com tanta sensibilidade e delicadeza. Mas, vamos ponderar, ninguém obriga ninguém a permanecer em um ambiente em que o consideram hostil, no qual vige código de conduta que é preciso obedecer e não concorda. Nos Estados Unidos, talvez mais maleável que no Brasil, vige, desde Clinton, a regra do 'Não pergunte. Não diga.', em que as Forças Armadas não perguntam sobre as tendências ou orientação sexual dos que pretendem adentrar na mesma e, em contrapartida, esses 'não dizem', até porque, assuntos de foro íntimo, não dizem respeito a ninguém. Mas, não é o que aconteceu no caso dos dois sargentos, um dos quais conhecido, nas fileiras, como sargento Cássia Eller, coabitando, há dez anos, com um companheiro de farda, sem ser incomodado, significando com isso que as Forças Armadas cumpriram a sua parte, no que tocou a 'não perguntar', o que foi descumprido pela necessidade da 'militância', do escândalo, de 'dizer', de mostrar, de expor as Forças Armadas brasileiras como reduto gay no Brasil. A pirotecnia, se houve, não foi do Exército, mas do espalhafato, dos fricotes dos militantes que foram muito além do aceitável e do razoável, não porque são gays, como querem fazer parecer, mas porque são escancaradamente indisciplinados para fazer parte das Forças Armadas de qualquer parte do mundo. Regras de conduta existem em qualquer lugar, em qualquer ambiente de trabalho, em empresas, em repartições públicas e, principalmente, nas Forças Armadas. Laci e seu companheiro não querem, apenas, ser homossexuais, como muitos – talvez a minoria hoje – desejam ser heterossexuais, exercer seu amor no recesso de seu lar, como todos os casais. Eles querem mais, querem ser os gays DO Exército, os gays NO  Exército. Por isso, posaram para a revista Época, com uniforme militar: 'Eles são do Exército, eles são gays, eles são parceiros.'. E, não se satisfizeram. Tinham que pensar na banda – eu disse banda – e no sucesso da Cássia Eller rediviva, não na carreira militar, e lá se foram para o Superpop, sempre fardados. Laci até cantou de 'garotinha má' para Luciana Gimenez, em cadeia nacional... Fosse heterossexual, tivesse uma banda, fosse fardado ao programa do Jô, para se apresentar, enquanto desertor, para cantar como cover do Waldick Soriano, a bela 'Eu não sou cachorro não', daria no mesmo. Seria preso como desertor. Só que sem chiliques, fricotes ou faniquitos. Sem frescuras, enfim. Afinal, é possível ser homossexual no Exército? A resposta é sim. Outra pergunta: é possível ser militante gay no Exército? A resposta só pode ser negativa. Certamente a tropa, cuja causa é, especificamente a obediência a seu código disciplinar, não receberá nenhuma outra causa, nem mesmo a 'causa gay', por mais estardalhaço que se faça a respeito. Como disse Reinaldo Azevedo, gays ou não, o que eles não conseguiram ser é bons soldados."

12/6/2008
Paulo Roberto Iotti Vecchiatti - OAB/SP 242.668

"Não questiono que deserção seja crime militar, inclusive disse que a prisão foi, ao menos formalmente, legal, mas o motivo que ensejou a deserção: a aparentemente absurda recusa de um laudo neurológico e sua substituição por uma junta que não tinha competência técnica (neurológica) para o exame em questão. Bem, aplaudo o fato de Wilson Silveira finalmente enfrentar boa parte dos argumentos apresentados, verdadeiro progresso para alguém que sistematicamente se recusou a fazê-lo em debates comigo. Pena que não tenha enfrentado o argumento central: o do transtorno emocional do rapaz – que justifica o desespero dele no programa, tão escamoteado pelo migalheiro (absurdamente chamando o rapaz de 'histérica'...). Pena que nada falou, também, sobre o Exército ter simplesmente ignorado o laudo do neurologista apresentado pelo rapaz e tê-lo 'substituído' por o entendimento de uma junta formada por um ortopedista (?) e por um ginecologista (!?). O absurdo das colocações no sentido de que não bastaria ser homossexual ao contrário do que ocorreria com heterossexuais, mas seria necessário 'chocar' a sociedade, mostra apenas o simplismo da posição (como se um heterossexual precisasse se assumir, já que todos são presumidos heterossexuais até prova em contrário, e como se o que gays fizessem não fosse apenas o que héteros fazem: comentar sobre seus namorados da mesma forma que aqueles comentam sobre suas namoradas...), mas nada de se estranhar de alguém que já mostrou (em outro debate) completa falta de conhecimento da realidade que historicamente envolveu homossexuais ao dizer que estes sempre teriam sido 'bem integrados' à sociedade (não olhando nada além de seu universo pessoal, aparentemente) – as perseguições existentes, criminais até as Ordenações Filipinas e, após a descriminalização da homossexualidade, as perseguições que implicavam em internações em hospitais psiquiátricos o migalheiro ignora no que tange à história... Chegou ao cúmulo, aqui, de defender a nefasta 'Don’t ask, don’t tell' (não pergunte, não conte) do Exército estadunidense... (ignorou que Clinton queria a liberação total de homossexuais em igualdade com heterossexuais, mas entre a repressão absoluta que existia e a isonomia, criou esta regra...) Ignora que lá não é perseguido apenas o homossexual que 'conta' sua homossexualidade, mas aquele cuja homossexualidade é descoberta... Deve achar normalíssimo que nada ocorra quando um militar conte algo sobre sua namorada mas se reprima o militar que conte algo sobre seu namorado (um comentário que qualquer namorado faria, nada demais, evidentemente). Mas nada disso é importante para o migalheiro, ao que parece... Se, para ele, um homossexual viver sua vida da mesma forma que um heterossexual vive a sua (sem esconder que ama uma pessoa do mesmo sexo, como aquele não esconde que ama uma de outro sexo) configuraria 'choque' à sociedade, então terá comprovado que não sabe respeitar a isonomia neste caso... A entrevista serviu para mostrar que efetivamente existem gays no exército e que eles exercem suas funções com tanta competência quanto heterossexuais, o que é bom para acabar com o preconceito que diz o contrário... Voltando ao assunto, ignora o migalheiro o transtorno emocional do rapaz para qualificá-lo de 'histérica'... Agora achar que houve 'tato' na verdadeira operação de guerra realizada significa considerar que 'tato' seria apenas evitar uma invasão a armada a um programa de televisão para prender uma pessoa com uma patologia emocional... No mais, dizer que heterossexuais demonstrariam seu amor apenas do íntimo de seus lares demonstra nova ignorância, pois heterossexuais o fazem sempre que andam com suas namoradas/esposas nas ruas ou sobre elas comentam a amigos – é apenas isso que homossexuais querem, mas é isso que Wilson Silveira se recusa a ver, aparentemente se esforçando a fechar os olhos a isso para fazer suas generalizações de todo descabidas... Esclareço que não estou a justificar os shows aparentemente realizados pelo militar (mesmo porque isso não foi invocado para a prisão ou para alguma punição), apenas a questão de arbitrariamente (ao que parece) não terem aceito o laudo neurológico por ele apresentado e tê-lo substituído por outro de pessoas (também ao que parece) sem competência técnica (neurológica) necessária ao exame... Ah, já sei: o migalheiro vai me ironizar, dizendo que eu não admitiria nenhuma crítica a homossexuais, quando é mais do que evidente que eu rebato argumentos com argumentos, sem nenhuma repreensão arbitrária, mas uma contra-argumentação baseada em fatos e argumentos lógico-racionais... Fazer o que..."

12/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Para quem acha que o Exército Brasileiro deve satisfações à sociedade sobre suas atitudes, elas foram dadas pela Nota à Imprensa, abaixo reproduzida. Creio que o assunto está mais do que esclarecido. O mais, parece, não passa, como na peça de Willian Shakespeare, 'Much Ado About Nothing', ou Muito Barulho Por Nada. A lei vale para todos, e a lei dos militares, é claro, para todos os militares, ao menos para os que desejam prosseguir na carreira militar.

'NOTA À IMPRENSA

 

A propósito da matéria veiculada na penúltima edição do periódico “Época” e em programas de emissoras de televisão, bem como de declarações diversas veiculadas na mídia em geral, envolvendo militares do Exército, o Centro de Comunicação Social do Exército esclarece que o Sargento LACI MARINHO DE ARAUJO já responde a procedimentos judiciais, que estão na esfera da Justiça Militar da União, sendo que estava foragido pela prática de crime militar de deserção, previsto no Decreto-Lei 1001, de 21 de outubro de 1969, conforme consta dos respectivos autos, em poder da Justiça Militar, a quem compete a condução de todo o processo penal militar, na fase atual.


A prisão efetuada em 4 de junho é decorrente, tão-somente, do poder-dever da administração militar no cumprimento de suas atribuições de polícia judiciária e, ainda, dos mandados expedidos pela Justiça Militar. Portanto, não guarda qualquer relação com a situação declarada e assumida pelos próprios militares, situação esta foco de reportagens e de algumas declarações, tampouco com a presença dos mesmos no programa de televisão, que tornou público e sabida a localização do militar em questão.

 

Sobre essa situação específica, o Exército cumpre rigorosamente os instrumentos legais, agindo com impessoalidade e observando os direitos pétreos previstos na Constituição Federal, sem se descuidar dos princípios basilares da carreira das armas, enunciados no Estatuto dos Militares, dentre outras leis e respectivas regulamentações. A Lei 6880 / 80 – Estatuto dos Militares – trata das obrigações e dos deveres militares.


Já em 5 de junho, o Sargento DE ARAUJO foi transportado de São Paulo, local de sua prisão, para Brasília, sede de sua organização militar de origem, a fim de que seja dada continuidade aos procedimentos judiciais normais, fruto da prática do crime de deserção.

 

Na sua chegada a Brasília, o militar foi submetido a mais uma avaliação médica e, agora, encontra-se preso à disposição da Justiça Militar, conforme prevê a lei.


A respeito de alegações, que teriam sido ditas pelos militares sobre agressões, isto não tem fundamento. O Exército não compactua com este tipo de procedimento, primando pela preservação da integridade física daqueles que estão à disposição da Justiça Militar e sob sua guarda. A organização militar onde o referido desertor encontra-se preso vem cumprindo rigorosamente procedimentos formais previstos em legislação sobre funcionamento presidiário, tais como: visitas autorizadas pela Justiça Militar, visita e atendimento médico diário, dentre outros aspectos.


Cabe destacar que a Instituição sempre agiu dentro da lei e de suas regulamentações e normas decorrentes no sentido de fazer com que o Sargento DE ARAUJO se fizesse presente no seu local de trabalho normal ou que apresentasse à administração militar os possíveis laudos e exames médicos comprobatórios que justificassem, diante de autoridade competente, seu longo afastamento do serviço.

No entanto, verificou-se uma incompreensível relutância na apresentação de tais laudos e documentos técnicos, já que a alegada enfermidade poderia ser geradora, inclusive, para abertura de um processo de reforma por doença, com amparo do Estado.

Assim, trata-se de um assunto eminentemente da esfera penal militar e não de outras causas. Portanto, o caso encontra-se sob a apreciação da Justiça Militar.


Quanto ao Sargento FERNANDO ALCÂNTARA DE FIGUEIREDO, o militar deverá responder, administrativamente, pela sua ausência recente, como em qualquer outra organização, conforme regulamentos internos específicos, que no caso do Exército é o Regulamento Disciplinar do Exército (Decreto-Lei 4346, de 26 de agosto de 2002), além de outras transgressões, plenamente do conhecimento dos militares em questão.


O Exército trata de temas desta natureza com serenidade, sempre lastreado rigorosamente na legalidade e impessoalidade, com o cuidado de não ferir os direitos individuais e o respeito que a situação exige, apesar das condutas públicas demonstradas por iniciativa dos próprios militares'."

13/6/2008
Paulo Roberto Iotti Vecchiatti - OAB/SP 242.668

"Que o Exército deve prestar contas publicamente de suas atitudes em assuntos que não sejam de segurança nacional (como não é o do presente caso) é algo que, de tão evidente, não deveria ter que ser mencionado. De qualquer forma, esta nota oficial realmente explicita a posição do Exército, agradeço ao migalheiro por tê-la trazido – pelo menos deram a sua versão, agora é aguardar para ver se o rapaz tem provas de suas alegações. Realmente, a deserção foi uma atitude extrema, tomada pelo desespero do rapaz, segundo sua versão (de que o Exército não aceitou o laudo neurológico por ele apresentado). Creio que, se ele tivesse consultado um advogado, este teria lhe dito para entrar com uma ação para comprovar que ele fazia jus a esta 'reforma por doença', ao invés de simplesmente fugir. É o que eu teria recomendado, como advogado. Mas, se ele possui mesmo este transtorno emocional e isso ficar comprovado, a atitude desesperada de fuga (que ensejou a deserção) pode ser justificada – algo como a inexigibilidade de conduta diversa do Direito Penal comum (desconheço o Direito Penal Militar). Enfim, comprovado seu transtorno, ele ainda tem chance de ser inocentado do crime de deserção e, ainda, conseguir esta 'reforma por doença'. Ao menos em minha opinião".

 

13/6/2008
Paulo Roberto Iotti Vecchiatti - OAB/SP 242.668

"Sr. Diretor. Ontem (12/6/08), no programa 'Opinião Nacional' da TV Cultura, a emissora fez um debate de alta qualidade sobre o tratamento social à homossexualidade. Entre diversas colocações pertinentes, um fato chamou-me a atenção (não que tenha me surpreendido, por ser o enrustimento da maioria dos homossexuais algo notório) : foi informado que diversos homossexuais que mandaram e-mails com perguntas pediram para não serem identificados. Isso demonstra cabalmente que homossexuais ainda são fortemente discriminados pela sociedade, na medida em que, se não fossem, não teriam aquelas pessoas medo de se identificarem como homossexuais. Demonstra, ainda, a importância do Movimento Homossexual para a luta pelo reconhecimento de direitos e, acima de tudo, de respeito à pessoa homossexual enquanto homossexual. Muitos dizem que não entendem porque homossexuais 'teriam a necessidade' de se assumir, de se 'rotular'. Ocorre que heterossexuais não precisam fazê-lo, já que se presume a heterossexualidade da pessoa até prova em contrário. Homossexuais querem, tão-somente, poder se apresentar socialmente como homossexuais, da mesma forma que héteros se apresentam socialmente como heterossexuais – ou seja, sem esconder seus relacionamentos, mas apresentando-os da mesma forma que heterossexuais o fazem (comentando que estão namorando, saindo com seu namorado etc). Apenas isso. Mas, como bem dito no programa, o homossexual que se apresenta socialmente como homossexual costuma ser mais discriminado do que o homossexual dito 'discreto'... Ou seja, a discriminação social contra a homossexualidade ainda é tão forte que a maioria dos homossexuais ainda não se assume... Isso mostra o completo descabimento de críticas contra homossexuais assumidos : estes estão, tão-somente, vivendo suas vidas da mesma forma que heterossexuais assumem. Direitos iguais, nem mais, nem menos, já disse o tema de uma Parada do passado (2005, salvo engano)".

 

13/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Pensei ter sido claro, mesmo sem ter sido obrigado a voltar às Ordenações Filipinas (Muito barulho por nada). Um homossexual pode ser militar? Pode. Um militar pode ser homossexual? Pode. Um padre pode ser homossexual? Pode (até existem muitos). Um religioso pode ser homossexual? Pode (como temos visto por aí). Um funcionário público pode ser homossexual? Pode. Um homossexual é recusado se concorrer a um cargo de funcionário público? Não. Então, pode. Há homossexuais no esporte? Sim, então pode. E nas artes? Também, então, também pode. Em algum lugar não pode? Não. Então pode em todo lugar? Sim. No Judiciário? Sim. No Legislativo? Sim. E no Executivo? Também. Então, pode em todo lugar? Sim. Tem advogado homossexual? Sim. A OAB não discrimina? Não. Então pode? Pode. E médicos? E engenheiros? E arquitetos? E criminosos? Tem criminosos homossexuais? Puxa vida, tem até criminosos homossexuais. Quer dizer que tem homossexuais em todas as profissões? Freqüentando os mesmos lugares que os heterossexuais? E não trazem nenhum sinal distintivo nas mangas de suas roupas? Tem até locais específicos de sua preferência que podemos, nós os heterossexuais freqüentar? Então, o que as empresas esperam é que as regras de conduta empresarial sejam obedecidas em seus ambientes de trabalho? E as repartições públicas desejam ver seus funcionários atendendo o público deixando para depois do expediente a exposição de suas respectivas orientações sexuais, até porque isso não tem a ver e nem é da conta do público em geral. E o exército, assim como as forças armadas em geral, tem regras próprias rígidas e de todos conhecidas, que visam preparar as fileiras para sua função precípua, que é defender a pátria, não cabendo esperar, sejamos razoáveis, transformar a arma na 'Gaiola das Loucas', ridícula comédia que achincalha nossas já tão combalidas forças armadas, sucateadas a tal ponto que incapazes até de defender as fronteiras da nação. Será que alguém precisa disso?"

14/6/2008
Mateus Garcia Pereira

"A briga está boa, mas valem algumas considerações : 1. a junta militar é composta de três médicos, e para fins de exame de sanidade mental há de ter pelo menos um psiquiatra, que é profissional da área; 2. até onde sei, os laudos dos médicos do quadro administrativo (do Exército) gozam de presunção de veracidade, legitimidade, etc. (ou estou errado ?) 3. quanto aos exames apresentados perante a administração por médicos particulares, transtorno emocional é algo muito vago, recuso-me a comentar tais 'laudos' (se é que entenderam). 4. por que será que nesses dez anos de convivência ninguém os perturbou ? há homofobia realmente ? 5. pode alguém com problemas mentais fazer (com grande talento) tal imitação da cássia ? 6. não se está diante de mais um caso em que a Viúva vai ter de pagar eternas indenizações ?"

 

Operação Têmis

11/6/2008
Atila Sauner Posse

"Olá. Vi em alguns informativos jurídicos (não aqui) menção à operação Têmis, dizendo que entre os envolvidos estaria 'Nery Júnior'. Com receio de que se tratasse do renomado processualista Nelson Nery Júnior, consultei outras fontes e descobri tratar-se de 'Nery da Costa Júnior', o que me tranqüilizou. Com efeito, várias pessoas devem estar com esta dúvida, e sugiro que o Migalhas tome a dianteira de diferenciar o joio do trigo. Agradeço."

Políticos

10/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Já não bastavam as notícias – que aliás causam enorme indignação – acerca das benesses dos nossos nobres deputados, para agora sabermos, através dos jornais, que parte das passagens aéreas – sabem, aquelas a que eles têm direito, grátis? – são desviadas para serem revendidas a terceiros, por agências de turismo. Mais um reforçozinho para o suado ganha-pão de nossos legisladores. O caso, consta, está no STF, para apuração e conseqüente – conseqüente? – punição dos culpados. Conseqüente, pergunta-se, porque o mesmo assunto já foi analisado pela Corregedoria da Câmara, no ano passado, mas acabou arquivado pela Mesa Diretora que, no momento, estava toda lá, e não viajando. Espera-se que o mesmo não aconteça com o 'auxílio funeral', com deputados 'falecendo' várias vezes. Para os eleitores, de uma maneira geral, basta que os políticos morram uma vez só, desde que seja definitivamente."

Porandubas políticas

12/6/2008
Frederico A. Masson - escritório Carvalho & Furtado Advogados Associados

"A respeito de nota divulgada na seção Porandubas Políticas (12/6/08 – clique aqui), de responsabilidade do jornalista Gaudêncio Torquato, intitulada 'Marta e os Ministros Petistas' cabe apenas uma pergunta: Se apoio de Ministro é um antiético abuso de poder, como considera o autor da nota, apoio de Governador seria o quê? Aproveitando o ensejo, dedico o final desta migalha a pequenos conselhos ao jornalista Gaudêncio Torquato: 1 - Não deixe as simpatias (ou antipatias) a determinados políticos, partidos e candidatos ditarem os rumos de sua tão abalizada coluna. 2 - Pau que bate em Chico, também bate em Francisco, portanto, procure pautar suas críticas sob a bandeira da isenção. 3 - Não tente prever o futuro (principalmente em termos eleitorais), a clarividência é um dom muito difícil de ser confirmado na prática."

12/6/2008
Francisco Miranda Pinheiro Neto

"Prezado Guadêncio Torquato,

1. Adoro ler sua coluna, e estou falando da coluna eletrônica, do Migalhas, pois não sou quirolombalgista.

2. Não sou petista.

3. Não vou com a cara da Marta 'relaxa e goza' Suplicy.

4. Mas, mesmo assim, entretanto e, aí meu Deus, e portanto, não concordo com a sua alfinetada nela por que pediu ajuda aos ministros em sua campanha (Porandubas Políticas - 12/6/08 – clique aqui) ."

Porta giratória

11/6/2008
Mauro Cesar Alves dos Santos

"Infelizmente no Rio de Janeiro é prática comum da segurança bancária não ter o discernimento de quem oferece o perigo a instituição bancária ou não (Migalhas 1.914 - 10/6/08 - "Porta giratória" - clique aqui). A prática normal é travar a porta e mesmo depois de dispor de todos os seus pertencer o usuário do sistema bancário ainda é constrangido em frente a outras pessoas. As empresas de segurança deveriam investir mais em treinamento para que tais agentes não pensem que tem autoridade policial, que diga-se de passagem não a tem, em discernir se a pessoa oferece perigo ou não."

13/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Não obstante se avolumem as ações contra os bancos por esse motivo, nada muda, já que as indenizações pagas, de pequeno valor, não são suficientes para fazerem com que os bancos desistam de constranger seus clientes. Aliás, nada parece constranger os bancos, nem o crescente número de pessoas que, revoltadas por se verem 'travadas', à vista de todos, como se criminosos fossem, decidem se despir por completo, como represália. Até mesmo uma aposentada, de sessenta anos, em Sorocaba, ao ser barrada em uma porta giratória equipada com detector de metais, despiu-se, ficando só de calcinha e sutiã. Depois, vestiu-se e foi embora. Em São Paulo, na agência da Caixa Econômica da av. Berrini, um homem, também de 60 anos, irritado com a situação, tirou as calças após o alarme ter sido acionado pelos seguranças e a porta ter sido travada. Ainda na Caixa Econômica, desta vez na av. Paulista, um fotógrafo, depois de se desfazer do celular, das chaves, do cinto e, até da prótese dentária, tirou as calças, para provar que não estava armado. Mais radical foi o motoboy, também na Caixa Econômica, no centro de São Paulo, que começou a tirar a roupa e foi até a última peça, ficando inteiramente nú, sem que o dispositivo de segurança permitisse sua entrada. Agora, foi preso e responderá por crime contra os costumes."

Prezado BNDES

9/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Somos a Ong 'Célula Mater', recém inaugurada pela nossa família, inteiramente dedicada a resgatar os valores familiares e a importância da educação dos filhos como célula básica da criação da sociedade do futuro. Estamos, há tempo, procurando expandir nossas atividades, o que tem sido sobremaneira dificultado pela falta de uma sede, na qual possamos, pais e mães de uma mesma família, praticar, de fato, os ensinamentos a que nos propomos, com os menores a nosso cargo, que são os nossos filhos. Foi quando tomamos conhecimento, da leitura dos jornais, desse desagradável caso da Operação Santa Tereza, que envolveu uma outra Ong, nossa co-irmã, a Meu Guri, para qual uma nova modalidade de financiamento desse estimado banco foi fornecido: a do depósito a fundo perdido. Analisamos essa modalidade em nossa última reunião familiar – perdão – social, e concluímos que é a que mais se adapta aos nossos interesses e à consecução de nossos objetivos, principalmente pelo fato de não ter que pagar, já que o Banco considera, de cara, ter perdido o dinheiro e não pretender receber nada. Na reunião mencionada, houve um voto divergente, de nosso diretor-financeiro, meu cunhado Jair, que chamou a atenção exatamente para a encrenca que está dando para cima da Ong Meu Guri, mas foi voto vencido, pois a maioria concluiu que o problema não é exatamente com a Ong, mas com aquela história do dinheiro para as prefeituras, coisa muito maior. O que pretendemos é mixaria – perdão – algo de menor porte, para ser mais exato, R$ 2.328.776,20 (Dois milhões, trezentos e vinte e oito mil, setecentos e setenta e seis reais e vinte centavos) para a primeira etapa, a da compra do terreno e início das fundações. O terreno, como conta do projeto anexo, fica em São Paulo, nos Jardins, em local privilegiado e bastante valorizado, e a sede terá 10 andares, com um apartamento por andar, cada um com 4 dormitórios sendo 3 suítes, com 370m2 privativos, com arquitetura marcante, um empreendimento planejado em função de cada detalhe, com fitness, piscina com borda infinita, prainha, sauna com sala de descanso, lounge para festas, espaço gourmet, quadras poliesportivas, quadras de tênis, salas de jogos e muito mais, como mostram as plantas anexadas ao projeto. Os apartamentos contam com isolamento acústico, aspiração central e sistema biométrico de segurança em todos os andares, mais depósito no subsolo. Todos têm varanda com churrasqueira e já serão entregues com TV de plasma de 60’ na sala e de 42’ em todos os quartos. Neles, nossos diretores-instrutores, cuidadosamente escolhidos entre todos os membros de nossa família, poderão transmitir aos nossos guris, os ensinamentos práticos e orientações gerais acerca da importância da família como célula mater da sociedade, criando jovens sadios para serem os brasileiros de amanhã, nossos políticos do futuro. A continuação do projeto, ou seja, erguer as lajes, terminar o edifício e os acabamentos, até o 'habite-se', necessitará uma outra entrada de capital. Mas, como estará distante da primeira, ninguém vai desconfiar. Chamamos a atenção para um detalhe do projeto da sede: é que entre cada andar há a possibilidade de erguer mais uns metros de construção, de modo a resultar, no final, em mais dois andares, não previsto no projeto aprovado pela prefeitura. Depois de construído pode dar algum problema, mas o vereador G. J. B. T. A. M. (favor utilizar somente as iniciais para que ele não seja reconhecido), disse que tudo bem, que ele dá um jeito na hora, e isso vai valorizar mais ainda a sede. Afinal, estamos tratando com dinheiro público, e não se pode desperdiçar. Esses dois andares, como combinado, são para o pessoal daí, o M. T. B. O e G. H. B. T. A., mas não as coberturas, já destinadas para a nossa Diretoria. Por falar em desperdiçar, para a outra Ong, a nossa co-irmã, a 'Meu Guri', foi dado, a fundo perdido, R$ 1.328.000,00 e era só um guri. Seria mais conveniente – é só uma pergunta – alterar nossa razão social para 'Meus Guris', ou 'Nossos Guris' para, então, pedir a esse estimado banco, R$ 1.328.000,00 por guri? Se isso facilitar as coisas estamos à disposição. Como nossos guris – desculpem – nossos alunos estão em fase de crescimento, e necessitamos, urgentemente, de uma sede condigna, esperamos seja nosso pleito atendido.

 

P/ ONG Célula Mater

 

José da Silva

 

Maria da Silva

 

Pedro da Silva

 

Joana da Silva

 

João da Silva

 

Helena da Silva

 

Reginaldo da Silva (advogado)

Representando os demais integrantes da família Silva

 

P.S. 1 Para qualquer contato a partir desse momento, indicamos nosso amigo e colaborador José Palacios y Gimenez, telefone ...................... no Uruguai, que tratará dos detalhes da negociação e 'já está sabendo' do que foi tratado, inclusive da divisão. Ele está a par de tudo o que já foi combinado, inclusive dos cálculos P. G. Mas, para atender meu irmão, J. S., que é contador, melhor não usar e-mails e só orelhões para nosso contato no Uruguai, que é pessoa da confiança.

P.S. 2 Note que esse pedido foi escrito em papel reciclado e biodegradável, de modo que, após lido, pode ser levado ao vaso sanitário sem perigo de entupir. Os planos e projetos de construção não. São originais e só temos essas vias. Favor devolver ao portador."

Quarenta anos do assassinato de Mario Kosel Filho

12/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Quarenta anos do assassinato de Mario Kosel Filho

                                

'Mário Kosel Filho nasceu em 6 de julho de 1949, em São Paulo.  Era filho de Mário Kosel e Therezinha Vera Kosel. Tinha uma irmã, Suzana Kozel Varela, e um irmão, Sidney Kozel, com 14 anos de idade. Seu pai era gerente na Fiação Campo Belo, onde ele também trabalhava, antes de ingressar no Exército. À noite, freqüentava as aulas no Instituto de Educação Ênio Voss, no  Brooklin. Cursava o antigo colegial. Era muito prestativo, gostava de ajudar a todos, principalmente os mais necessitados. Tomava  parte do Grupo Juventude, Amor, Fraternidade, fundado pelo padre Silveira, da Paróquia Nossa Senhora da Aparecida, no bairro de Indianópolis, do qual faziam parte mais de 30 jovens. O símbolo do grupo, uma rosa e um violão foi idealizado por Mário Kozel, que era carinhosamente chamado de Kuka.

 

Aos 18 anos teve que deixar de freqüentar as aulas e de trabalhar para iniciar, nas fileiras do Exército, o serviço militar obrigatório. Foi designado para a 5ª  Companhia de Fuzileiros do segundo Batalhão, no 4º Regimento de Infantaria, Regimento Raposo Tavares, em Quitaúna. No quartel, a partir de 15 de janeiro de 1968, passou a ser o soldado nº 1.803. Soldado exemplar. Durante sua vida militar cumpriu o seu dever com o Exército e com o Brasil. 

 

Na madrugada fria e nublada do dia 26 de junho de 1968, no Quartel General do II Exército, o silêncio e a tranqüilidade eram visíveis. Oficiais, sargentos e soldados dormiam e descansavam. Nos seus postos, as sentinelas estavam atentas, zelando pela vida de seus companheiros e protegendo as instalações do QG, pois o período era conturbado. As guaritas estavam guarnecidas por jovens soldados que, aos 18 anos, cumpriam com o dever, prestando o serviço militar obrigatório. Todos pertenciam ao efetivo do 4º RI e se apresentaram nos primeiros dias de janeiro. Entre eles, Mario Kosel Filho. Tinham portanto seis meses de instrução e  de serviço nas fileiras do Exército. 

 

Durante a instrução, eram continuamente alertados a respeito da situação que o país atravessava. Sabiam que nessas ocasiões os quartéis são muito visados, como possíveis alvos para as ações terroristas. Além disso, todos foram alertados e souberam dos detalhes do assalto ao Hospital Militar, quatro dias antes, pois as vítimas eram seus colegas do  4º RI, unidade do Exercito onde servia Lamarca, que já pertencia à Vanguarda popular Revolucionária - VPR-, organização terrorista autora do assalto e uma das mais violentas. 

 

Quando o soldado Mário Kosel Filho e seus colegas assumiram o serviço de guarda no Quartel General do II Exército, hoje Comando Militar do Sudeste, no Ibirapuera, em São Paulo, foram instruídos quanto aos procedimentos em caso de um ataque às instalações do quartel. Todos estavam tensos e ansiosos. Mal sabiam que um grupo de dez terroristas, entre eles duas mulheres, rodavam em um pequeno caminhão, carregado com 50 quilos de dinamite, e mais três Fuscas, na direção do QG. Tinham a missão de causar vítimas e danos materiais ao Quartel General. Tinham por objetivo a propaganda da luta armada. Por medo e por covardia, não tiveram a coragem de atacá-lo de outro modo que não fosse por um ato de terror. 

 

Fanatizados, seguiam os ensinamentos de seu líder, Carlos Marighella que, no seu Minimanual dizia:

 

"O terrorismo é uma arma a que jamais o revolucionário pode renunciar."

 

"Ser assaltante ou terrorista é uma condição que enobrece qualquer homem honrado."

 

Às 4h30, a madrugada estava mais fria e com menos visibilidade. Nessa hora, uma sentinela atirou em uma caminhonete, que passava na Avenida Marechal Stênio Albuquerque Lima, nos fundos do QG, e tentava penetrar no quartel. Desgovernada, batera, ainda na rua, contra um poste. As sentinelas viram quando um homem saltou desse veículo em movimento e fugiu correndo. O soldado Edson Roberto Rufino disparou seis tiros contra o veículo.

 

Mario Kosel Filho, com seu desejo de ajudar o próximo, pensando que se tratava de um acidente de trânsito, saiu do seu posto com a intenção de socorrer algum provável ferido.

 

Ao se aproximar, uma violenta explosão provocou destruição e morte num raio de 300 metros.

 

Passados alguns minutos, quando a fumaça e a poeira se dissiparam, foi encontrado o corpo do soldado Kozel totalmente dilacerado.

 

O coronel Eldes de Souza Guedes, os soldados João Fernandes de Souza, Luiz Roberto Juliano, Edson Roberto Rufino, Henrique Chaicowski e Ricardo Charbeau ficaram muito feridos. Os danos no QG foram muito grandes.

 

Consumava-se mais um ato terrorista da Vanguarda Popular Revolucionária - VPR.

 

No atentado foram utilizados três automóveis Volkswagen Fusca e uma camionete. O atentado só não fez mais vítimas porque o carro-bomba não conseguiu penetrar no Quartel-General por ter batido em um poste.

 

O soldado Mário Kozel Filho morreu no cumprimento do dever. Em decreto de 15 de julho de 1968, foi admitido no grau de Cavaleiro da Ordem do Mérito Militar, no Quadro Ordinário do Corpo de Graduados Efetivos da Ordem Post-Morten, pelo Presidente da República na qualidade de Grão-Mestre da Ordem do Mérito Militar. Em conseqüência desse decreto, foi promovido post-morten à graduação de 3º Sargento.

 

Em sua homenagem, a avenida que passa em frente ao Comando Militar do Sudeste passou a ter o nome de Avenida Sargento Mário Kozel Filho.

 

Na Praça Sargento Mário Kozel Filho, gerações e gerações de soldados desfilarão e estarão sempre sendo lembradas do jovem e valente soldado que morreu defendendo aquele Quartel General de um ataque terrorista.

 

Participaram da ação os seguintes terroristas:

 

Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Diógenes José de Carvalho Oliveira, José Araújo Nóbrega, Osvaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra de Andrade, José Ronaldo Tavares de Lira e Silva, todos da VPR e Eduardo Collen Leite integrante da Resistência Democrática - REDE, outro grupo guerrilheiro.

 

Somente em 20 de agosto de 2003, por meio da lei federal nº 10.724, a família de Mário Kosel foi indenizada com uma pensão mensal de R$ 300,00 e depois aumentada para R$ 1.140,00, pela lei federal nº 11.257 de 27 de dezembro de 2005.

 

Em 2005, os deputados Elimar Máximo Damasceno e Jair Bolsonaro apresentaram um projeto de lei, na Câmara dos Deputados, que inscreve o sargento Mário Kozel Filho no Livro dos Heróis da Pátria. Este projeto continua esquecido em alguma gaveta daquela casa de representantes do povo.

 

O senhor Diógenes José Carvalho de Oliveira recebeu de atrasados R$ 400.337,73 e mais uma pensão mensal vitalícia, livre de imposto de renda, no valor de R$ 1627,72. Quem é Diógenes José Carvalho de Oliveira? Ninguém mais, ninguém menos que um dos 10 terroristas que mataram o soldado Mario Kosel Filho e destroçaram sua família e esse foi apenas um dos inúmeros crimes que ele, conhecido como "Diogenes do PT", cometeu.  Por todos os seus inúmeros crimes, a Comissão de Anistia e o Ministro da Justiça, Tarso Genro, resolveram premiá-lo com uma belíssima aposentadoria, livre de Imposto de Renda e com atrasados que lhe proporcionarão uma vida tranqüila, ao contrário dos familiares de suas vítimas.

 

Assim como Diógenes do PT, milhares de outros militantes também foram beneficiados com polpudas indenizações.  

 

Somente em 20 de agosto de 2003, por meio da lei federal nº 10.724, a família de Mário Kosel foi indenizada com uma pensão mensal de R$ 300,00 e depois aumentada para R$ 1.140,00, pela lei federal nº 11.257 de 27 de dezembro de 2005'."

Sessões Legislativas

10/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Há algum tempo, assisti, na TV Câmara, uma sessão, comandada pelo Deputado Michel Temer. Fiquei impressionado. Não só por aqueles deputados todos não prestando atenção em nada, todos em pé, nenhum nos seus lugares, como no intervalo de uma sala de aula de um colégio muito mal cuidado, em que os alunos fazem o que querem, sem qualquer disciplina, mas também pela leitura dos textos dos projetos a serem aprovados, como se o presidente da Casa fosse o locutor de uma corrida de cavalos, em que em alguns poucos minutos um dos garanhões atingiria a linha de chegada. A leitura era ininteligível e terminava com um sonoro 'Aprovado', sem que nenhum dos presentes tivesse entendido nada... ou aprovado coisa alguma. Quando assisti aquela cena, absolutamente surreal, pensei que era algo que somente ocorria na Câmara dos Deputados, em Brasília, conhecida por esse tipo de acontecimentos esquisitos. Mas, não, pelo filme abaixo, da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, pode-se ver que essa é a maneira utilizada por nossos 'legisladores' para aprovar as leis que somos obrigados a engolir. Aí está uma pequena amostra do 'trabalho' legislativo dos deputados do Rio de Janeiro. Mas, longe de mim acusar o legislativo carioca. É assim em todo o Brasil. É para isso que votamos. Clique aqui."

Sete Orelhas

9/6/2008
José Jerônimo Silva - escritório Galo, Silva & Najm Advogados - Ribeirão Preto/SP

"Mais uma de Ventania (Migalhas 1.910 - 4/6/08 - "Cortar orelhas, numa hora dessas"). Não bastasse o fazendeiro que cortava a orelha de seus desafetos, há ainda na bucólica Ventania, minha terra natal, a história dos dois cidadãos que eram muito amigos e que um dia, durante o show de uma cantora famosa, foram convidados a subir ao palco para dar um beijo no rosto dela que era o símbolo de beleza da época. Pois bem, o beijo seria simultâneo e os dois tinham de permanecer de olhos fechados, mas quando foram se aproximando ela tirou o rosto e eles se beijaram fazendo com que o público caísse em gargalhadas! Passado muito tempo, os dois envolveram-se em uma discussão por terras que foi parar na delegacia. O delegado, que era novo na cidade, querendo resolver logo a questão propôs que entrassem em um acordo ao que um dos dois se prontifica: 'É, Fulano, vamos deixar de briga, nóis sempre fomos amigos, até beijo na boca nóis já deu!' Vendo o delegado espantado e sem entender nada o outro retruca: 'Dá bola pra ele não, dotô, toca o processo, toca o processo!' Histórias de Ventania..."

STF

9/6/2008
Pedro Luís de Campos Vergueiro - advogado e procurador do Estado de São Paulo aposentado

"Noticiou o jornal 'O Globo' (do dia 5/6/08) que o Supremo Tribunal Federal recebe para exame e julgamento 'Quase um caso por dia contra parlamentares'. Isso é decorrência do instituto do foro privilegiado. Atingido esse patamar, tem-se que o STF tornou-se um verdadeiro 'tribunal de exceção'. De exceção porque não poucos parlamentares estão se afastando das regras que lhes prescrevem uma ilibada e idônea conduta na sua atuação e no trato das coisas públicas."

Súmula

13/6/2008
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Sr. diretor, tão logo eu enviei minha mensagem aos colegas, no mesmo instante em que enviei à Migalhas, recebi um telefonema de um deles dizendo-me que eu havia extrapolado, pois, no entendimento dele o STF poderia achar se sim ou se não era inconstitucional a lei. Poderia; disse-lhe eu; mas poderia vetá-la? Perguntei-lhe, então, se quando da Constituição poderia o STF achar algum artigo dela inconstitucional e impugná-lo legalmente: não me soube responder. Óbvio que não! É como digo, cada macaco em seu galho. O Judiciário pode achar inconstitucional uma lei, ou um artigo, se estiver contrária à Constituição promulgada pelo Congresso Não pode ele 'sponte sua' julgá-la, se não estiver programada a irregularidade, por um Poder naquele momento superior ao Judiciário; ai sim ele extrapolará, aliás o que se deu quando o Judiciário decidiu se a fidelidade era partidária: extrapolou! Tanto extrapolou, que o Dep. Regis de Oliveira (que foi Juiz; Promotor) protestou; e o protesto tem de ser julgado não pelo Judiciário; mas pelo Congresso, pois o Judiciário invadiu seara que não é sua. Tenho nestes anos todos convivido com intromissões indevidas do Judiciário, impondo interpretações anômalas, quer no civil, quer no criminal, quer no trabalho, prejudicando gregos e troianos. Há muito, a OAB deveria intrometer-se, criando órgãos, como sugeri, de juristas-hermeneutas - etimólogos, para sustentar protestos de advogados contra sentenças e acórdãos espúrios. Em meu livro, 'A Justiça Não Só tarda... Mas Também Falha', dissertei sobre um pretenso-jurista do passado, já falecido, que considerava um crime impossível como extorsão, e foi seguido por Juízes e Desembargadores do Rio de Janeiro, um absurdo,culminando em condenarem réus a 9 anos de prisão, um deles provadamente por psiquiatras, com problemas mentais de epilepsia condutopática, que cumpriu seis, em condições desumanas, vindo a falecer provavelmente disso. É preciso refrear esses ímpetos justicialistas, em que os que deveriam ser julgados psiquiatricamente são juízes, que cometem injustiças fundamentados ou movidos por psíquicos doentios. Atenciosamente,"

13/6/2008
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Sr. diretor. Essa eu não entendo: é preciso ter 8 ? Por que, se 6 (seis) valem mais que 5 (cinco)? Por que 2/3? (Migalhas 1.816 - 12/6/8 – "Nova Súmula Vinculante" - clique aqui). Aliás, o Congresso deu vaza a que o Judiciário anulasse a lei. Por que condicionada a lei complementar?  Quem prolata lei é o Congresso, não o Judiciário. Essa interpretação é absurda, deve ter sido inserida pelos Bancos ,para assegurar a agiotagem."

TRT

9/6/2008
Fernando Paulo da Silva Filho - advogado em SP

"Ao TRT-2ª região/SP. Prezados senhores, gostaria de tomar a liberdade de, tendo vivenciado algumas situações, propor duas sugestões para análise com eventual alteração de normas internas visando aprimorar os procedimentos desse E. Tribunal.

Primeira sugestão:

A questão aqui se refere ao artigo 5º da Consolidação das Normas da Corregedoria que assim dispõe:

'Art. 5º. O Agravo de Instrumento será processado em autos apartados, com formação de instrumento específico, exceto quando houver recurso de ambas as partes ou a sentença for de improcedência, devendo, nesses casos, ser processado nos autos principais (art. 173 do Regimento Interno).'

Pois bem. Da análise do referido artigo, presume-se que a determinação para processamento do agravo de instrumento nos autos principais em caso de improcedência da ação, se dá por presunção de que a reclamada não teria, como de fato normalmente não tem, matéria para executar provisoriamente a ação. Mas, s.m.j., há exceção não prevista no referido artigo, como tivemos a oportunidade de vivenciar recentemente. Atuando na condição de advogado da reclamada, o MM. Juízo da Vara, mandou processar o AI nos autos principais porque julgada improcedente a ação. Fundamentou tal decisão no artigo 5º acima referido. Ocorre que a r. sentença fixou multa por litigância de má-fé a favor da reclamada, motivo pelo qual esta pretendia iniciar a execução provisória nos autos principais para cobrança da multa a seu favor e, nesta linha, entendeu a reclamada que não se aplica o artigo 5º, pois existe matéria para execução provisória, equiparando-se à procedência em parte e não à improcedência, motivo pelo qual, embora o teor do artigo 5º pareça autorizar o processamento do agravo nos autos principais por conta da improcedência da ação, tal artigo deve ser confrontado com a realidade dos autos(existência de possibilidade de execução provisória) e a divergente norma superior, qual seja, ATO.GDGCJ.GP.Nº 162/2003 do C. TST, que não autoriza processamento de agravo nos autos principais. Neste compasso, como existe, ainda que em poucos casos, a possibilidade de as reclamadas executarem provisoriamente nos autos principais mesmo que julgada improcedente a ação, faço aqui a sugestão no sentido de que seja alterado o artigo 5º da Consolidação das Normas da Corregedoria para prever esta hipótese, podendo assim ter a seguinte redação:

'Art. 5º. O Agravo de Instrumento será processado em autos apartados, com formação de instrumento específico, exceto quando houver recurso de ambas as partes, a sentença for de improcedência, ou, ainda que improcedente a ação, não existir matéria passível de execução provisória por parte do réu, devendo, nesses casos, ser processado nos autos principais (art. 173 do Regimento Interno).'

Segunda sugestão:

Sempre se vê publicado edital desse E. Regional informando sobre alvarás judiciais emitidos cujos valores não foram soerguidos pelas partes. O que se sabe é que os cálculos de atualizações de valores feitos pelas Secretarias de Varas não são idênticos aos realizados pelo Banco do Brasil, em especial quanto a aplicação de juros(1% e 0.5% respectivamente). Tenho a impressão, e aqui é mesmo uma mera impressão de que várias contas abertas para depósitos judiciais acabam deixando resíduos por conta dessas diferentes formas de cálculos e não sei se o Banco do Brasil informa periodicamente a esse E. Regional a existência não de alvarás emitidos e não soerguidos como consta dos editais, mas de contas judiciais não movimentadas após alguns saques e que apresentam valores residuais. Ante a isto, minha sugestão é no sentido de que seja o Banco do Brasil instado a informar esse E. Regional se há contas judiciais com resíduos após as partes terem apresentado os alvarás judiciais para que sejam levantados tais resíduos por quem de direito. Esperando com estas sugestões, colaborar para o aprimoramento dos serviços nesse E. Regional, registro desde logo meus agradecimentos pela atenção. Atenciosamente,"

TST

10/6/2008
Paulo Américo de Andrade

"Estou preparando uma tese sobre o extremismo rigor com que juízes das mais diversas instâncias procuram pilosidades exoprocessuais para não decidir o mérito. Seria uma doença?"

11/6/2008
Aurelio Mendes de Oliveira Neto - escritório Aurelio Carlos De Oliveira

"A referida súmula parece-me uma afronta ao Direito Processual, pois mitiga, e muito, a instrumentalidade do processo, tornando-o em 'um fim em si mesmo' (Migalhas 1.914 - 10/6/08 - "TST" - clique aqui). Entendo ser formalismo em demasia, pois o valor impugnado pode prejudicar a parte - que por ventura- pode estar correta na lide, e ainda sim, ter que cumprir o conteúdo de uma decisão já proferida. Por onde anda o Princípio da Razoabilidade e da Proporcionalidade?"

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