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Desembargador Dagoberto Salles Cunha Camargo, falecido em dezembro de 2008, é homenageado pelo TJ/SP

Na abertura da sessão de ontem, 28/1, do Órgão Especial, o presidente em exercício do TJ/SP, desembargador Antonio Carlos Munhoz Soares, anunciou a homenagem da Corte ao desembargador Dagoberto Salles Cunha Camargo, falecido em dezembro de 2008.

Da Redação

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Atualizado às 09:21


Homenagem no TJ/SP

Desembargador Dagoberto Salles Cunha Camargo, falecido em dezembro de 2008, é homenageado pelo TJ/SP

Na abertura da sessão de ontem, 28/1, do Órgão Especial, o presidente em exercício do TJ/SP, desembargador Antonio Carlos Munhoz Soares, anunciou a homenagem da Corte ao desembargador Dagoberto Salles Cunha Camargo, falecido em dezembro de 2008.

"O Colendo Órgão Especial costuma designar, nessas ocasiões, um desembargador para prestar a homenagem em nome do Tribunal de Justiça. Quero registrar a presença da viúva do desembargador Dagoberto Salles Cunha Camargo, senhora Angela Gonzaga Cunha de Camargo; de sua cunhada, desembargadora Constança Gonzaga Junqueira de Mesquita; dos netos Lucas Amaral Cunha Camargo e Luiza Amaral Cunha Camargo; e dos colegas de turma do desembargador na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, doutores Antonio Tito Costa, Célio Debes e Orlando Calviani. Passo a palavra ao desembargador designado para essa homenagem, Ruy Pereira Camilo", concluiu o desembargador Munhoz Soares.

Leia abaixo a íntegra do discurso do corregedor-geral da Justiça, desembargador Ruy Pereira Camilo :

"Senhor presidente,

Por honrosa designação do nosso egrégio presidente, cumpre-me dizer breves palavras, em razão do passamento do querido amigo desembargador Dagoberto Salles Cunha Camargo.

Conheci o eminente magistrado quando fui promovido para o cargo de juiz auxiliar da Capital, Terceira Entrância, quando ele exercia o cargo de juiz de Direito substituto de 2ª Instância, daí surgindo uma grande amizade.

Assim, acompanhei o desenvolvimento de toda a sua carreira, estando presente em sua posse como juiz do Tribunal de Alçada Criminal, nos idos de 1972. Finalmente, em 1979 foi guindado ao cargo de desembargador deste Tribunal, onde permaneceu até agosto de 1995.

Foi ele magistrado sempre diligente e preocupado com a instituição da magistratura, como se pode verificar de suas inúmeras manifestações, felizmente registradas em nossa Revista de Jurisprudência.

Daí ter exercido funções relevantes, como membro efetivo da Comissão de Organização Judiciária, vice-diretor da Escola Paulista da Magistratura, membro da Comissão de Jurisprudência e Biblioteca do Tribunal de Justiça, sendo eleito pelos seus colegas vice-presidente do Tribunal de Justiça / Seção Criminal.

Como salientou o desembargador João Sabino Neto, em seu discurso quando de sua aposentadoria, 'as muitas virtudes que enriquecem a pessoa do juiz que nos deixou não cabem nos estreitos limites de um discurso, que o protocolo exige seja breve'.

Não se pode, todavia, olvidar que o 'Dagô' - como era conhecido pelos seus amigos -, sobressaiu-se entre seus pares pelo estudo e eficiência, destacando-se no Direito Penal - paixão de sua vida intelectual - no qual ficou evidente todo o seu talento, ao aplicar seus conhecimentos no rigoroso exame dos fatos e na generosa interpretação da lei penal.

Sem dúvida, Dagoberto Salles Cunha Camargo foi um magistrado que honrou a tradição de independência e honradez da magistratura paulista. Que descanse em paz".

Em seguida, o presidente em exercício, desembargador Antonio Carlos Munhoz Soares, suspendeu a sessão por cinco minutos para cumprimentos dos familiares e amigos do desembargador homenageado.

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