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CEF retomará negociação com engenheiros, arquitetos e advogados em greve

A direção da CEF retomará, hoje, 19/5, as negociações com advogados, engenheiros e arquitetos da instituição, interrompidas desde o início da greve das categorias, em 28/4. As partes atenderam ao apelo do ministro João Oreste Dalazen, vice-presidente do TST e instrutor do dissídio coletivo em que a CEF pede a declaração da abusividade da greve.

Da Redação

terça-feira, 19 de maio de 2009

Atualizado às 09:18


CEF retomará negociação com engenheiros, arquitetos e advogados em greve

A direção da CEF retomará hoje, 19/5, as negociações com advogados, engenheiros e arquitetos da instituição, interrompidas desde o início da greve das categorias, em 28/4. As partes atenderam ao apelo do ministro João Oreste Dalazen, vice-presidente do TST e instrutor do dissídio coletivo em que a CEF pede a declaração da abusividade da greve.

Na audiência realizada ontem, 18/5, no TST, ministro Dalazen informou que, na sexta-feira, recebeu separadamente representantes dos trabalhadores e da empresa e, a pedidos, antecipou a audiência, inicialmente marcada para amanhã, 20/5.

Lembrando que se trata de um dissídio complexo, devido a suas especificidades, o ministro formulou proposta de revisão da tabela salarial do plano de cargos e salários das carreiras profissionais mediante aplicação de reajuste em progressão geométrica decrescente, no percentual inicial de 31% sobre a primeira referência e de 10% na última, com efeito retroativo a janeiro de 2009, observada a compensação do reajuste linear de 4% concedido em maio. Isso resultaria num salário inicial de R$ 6.599, e final de R$ 9.117.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (CONTEC) afirmou que levará a proposta à consideração da categoria, mas o vice-presidente de Gestão de Pessoas da CEF, Édilo Ricardo Valadares, rejeitou-a, mantendo proposta de salário inicial de R$ 5.700 e final de R$ 8.621.

Caso complexo

No início da audiência, o ministro João Oreste Dalazen fez diversas considerações sobre alguns aspectos do dissídio, a fim de sensibilizar as partes para as vantagens de se chegar a um consenso. Lembrou que o momento de crise na economia mundial não é propício ao movimento de greve, e que o julgamento do dissídio pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do TST pode não ser satisfatório para os trabalhadores, devido às peculiaridades da questão.

"O tema é tipicamente de negociação coletiva", observou. À CEF, ressaltou a mobilização da categoria e os possíveis prejuízos que a manutenção da greve pode causar (afetando a fiscalização de obras do PAC e a perda de prazos judiciais, entre outros).

"Recomendo o bom senso", assinalou. "O momento é de começar a transigir e ceder, pois o dissídio é delicado e de alto risco para ambas as partes".

A audiência prosseguirá amanhã, às 15h. Caso não haja evolução nas negociações entre as partes, o ministro Dalazen passará à fase de instrução e deverá designar o relator do dissídio, que irá a julgamento pela SDC.

  • Processo Relacionado : DC-209140/2009-000-00-00.3 - clique aqui.

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