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Professor Goffredo ganha prêmio de Direitos Humanos da OAB/SP

Prêmio Franz de Castro Holzwarth

Da Redação

quarta-feira, 8 de dezembro de 2004

Atualizado às 08:18

 

Prêmio Franz de Castro Holzwarth

 

Professor Goffredo ganha prêmio de Direitos Humanos da OAB/SP

O professor Goffredo da Silva Telles Junior, 89 anos, professor titular e catedrático da Faculdade de Direito da USP e professor Emérito da mesma instituição de ensino, autor de importantes livros e um incansável defensor do Estado Democrático de Direito foi escolhido para receber o prêmio Franz de Castro Holzwarth de Direitos Humanos da OAB/SP - 2004, concedido pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem. A festa da premiação será no dia 20/12, às 19h, no salão nobre da Seccional.

 

"A destinação do prêmio Franz de Castro ao professor Goffredo se justifica pela sua luta em defesa das liberdades democráticas, que asseguram todos os demais direitos. A "Carta aos Brasileiros" que leu no pátio da Faculdade de Direito da USP, em agosto de 1977, em plena ditadura militar, constituiu um marco da abertura democrática do Brasil", afirma o presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D'Urso.

 

"Seu empenho na defesa de uma Assembléia Constituinte livre, autônoma e soberana é outro destaque na biografia do agraciado ao prêmio Franz de Castro deste ano", comenta Hédio Silva Júnior, coordenador da Comissão de Direito Humanos da OAB/SP.

 

O prêmio Franz de Castro Holzwarth foi criado no dia 8/12/1982 pela Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP, para laurear, anualmente, aqueles que se destacam na defesa dos direitos humanos. O nome Franz de Castro Holzwarth é uma homenagem ao advogado inscrito na Seccional Paulista da OAB em 14/7/1968, e que dedicou sua vida aos oprimidos, especialmente aos encarcerados.

 

No dia 14/2/1981, Franz de Castro, advogado militante na cidade de Jacareí, foi chamado à Delegacia de Polícia da cidade, durante uma rebelião de presos. Freqüentemente visitava os encarcerados, pois desenvolvia entre eles trabalho de evangelização. Como era respeitado pelos presos e funcionários do local, tornou-se mediador e fiador das negociações entre rebelados e autoridades e acompanhou os presos durante a fuga, como garantia de não repressão. Violando o acordo, a polícia metralhou o carro, no qual os rebelados deixavam o presídio, levando Franz de Castro como refém. O advogado e os fugitivos foram mortos. Pela sua coragem e dedicação, Franz de Castro Holzwarth tornou-se o símbolo de defensor dos direitos humanos da OAB/SP.

 

Já receberam o prêmio Franz de Castro de Direitos Humanos da OAB/SP:

  • José Gaspar Gonzaga Franceschini (1983);
  • José Carlos Dias (1984);
  • Heleno Fragoso (1985);
  • Padre Agostinho Duarte de Oliveira (1986);
  • Paulo César Fonteles de Lima (in memorian - 1987);
  • Ulisses Guimarães (1988);
  • Vanderlei Aparecido Borges (1989);
  • Fábio Konder Comparato (1990);
  • Maria Elilda dos Santos (1991);
  • Caco Barcelos (1992);
  • Herbert de Souza (Betinho - 1994);
  • Vicente Paulo da Silva (Vicentinho - 1995);
  • Dom Paulo Evaristo Arns (1996);
  • rabino Henry Sobel (1997)
  • Hélio Pereira Bicudo (1998);
  • André Franco Montoro (in memorian - 1999);
  • pe. Júlio Lancellotti (2000);
  • Dalmo de Abreu Dallari, Plínio de Arruda Sampaio e Ranulfo de Melo Freire (2001);
  • Kenarik Boujikian Felippe (2002);
  • Fermino Fecchio (2003).